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Chygrynskiy inspirado com legado ucraniano

Dmytro Chygrynskiy admitiu sentir-se "um pouco nervoso", mas dez meses depois de Tymoshchuk ter erguido a Taça UEFA, o defesa do Shakhtar acredita que a sua equipa vai conseguir manter o troféu na Ucrânia.

Anatoliy Tymoshchuk exibe a Taça UEFA, em Donetsk, no passado mês de Julho
Anatoliy Tymoshchuk exibe a Taça UEFA, em Donetsk, no passado mês de Julho ©Getty Images

Dmytro Chygrynskiy admitiu sentir-se "um pouco nervoso", mas a pedra basilar da defesa do FC Shakhtar Donetsk está confiante que, dez meses depois de Anatoliy Tymoshchuk ter trazido o troféu da Taça UEFA até ao seu país natal, no seguimento da vitória do FC Zenit St. Petersburg, a formação treinada por Mircea Lucescu pode assegurar a permanência definitiva do ceptro no leste da Ucrânia.

Inspiração
"Faço isto do fundo do meu coração", disse Tymoshchuk, explicando a decisão de fazer uma digressão pela Ucrânia, no passado mês de Julho, carregando o pesado troféu. "Talvez muitos rapazes, que sonham com uma carreira de futebolista ou estão apenas a começar, possam dar uma vista de olhos num troféu europeu e comecem a trabalhar mais afincadamente". Dificilmente Tymoshchuk poderia imaginar que a sua viagem teria efeito tão imediato, já que no espaço de um ano o Shakhtar, clube onde Tymoshchuk esteve mais de uma década antes de se mudar para a Rússia em 2007, se prepara para enfrentar o Werder Bremen com o objectivo de se tornar a primeira equipa ucraniana a vencer uma competição europeia desde a independência do país, em 1991.

"Feito digno de registo"
Chygrynskiy falhou a visita de Tymoshchuk a Kiev, Donetsk e Lutsk, cidade-natal do médio, mas o sucesso do Zenit frente ao Rangers FC, em Manchester, não passou despercebido. "Foi do género: Fantástico, o Zenit conquistou a Taça UEFA!'", disse o defesa de 22 anos. "Parece incrível que uma equipa da antiga CEI [Comunidade de Estados Independentes], como o CSKA Moskva três anos antes, venceu a Taça UEFA. Parecia um feito enorme. E este ano podemos ser nós. Esta época trabalhámos muito e melhorámos nos pequenos detalhes também, por isso tudo o resto veio por acréscimo".

Progressos
"Temos vindo a trabalhar devagar mas de forma firme para este sucesso", continuou o internacional ucraniano. "Lucescu tem construído esta equipa ao longo de cinco anos e temos vindo a ganhar experiência época após época. Houve vezes em que a sorte não esteve do nosso lado, mas ganhámos confiança e apesar de sermos relativamente jovens, a nossa maturidade ajudou-nos a cometer poucos erros esta época". Isso, como é óbvio, permitiu aos "mineiros" alcançar a final de quarta-feira da Taça UEFA e apesar de o FC Dynamo Kyiv ter vencido a Taça dos Vencedores das Taças por duas vezes e a SuperTaça Europeia em 1975, o Shakhtar está a 90 minutos de conquistar o primeiro troféu europeu para a Ucrânia como nação independente.

Pressão
Apesar de apenas dois membros do plantel do Shakhtar terem experiência de disputar finais europeias – ele próprio e Andriy Pyatov fizeram parte do "onze" inicial da Ucrânia frente à Holanda na final do Campeonato da Europa Sub-21 de 2006, em Portugal, partida em que os ucranianos perderam por 3-0 –, Chygrynskiy admite sentir algum nervosismo: "A pressão vai ser maior que o habitual: as expectativas dos adeptos, a atenção crescente da comunicação social. Mas tudo isso passa para segundo plano quando se entra no relvado e ouvimos o apito inicial". A partir daí está nas suas mãos, pois 90 minutos apenas separam Chygrynskiy e companhia do seu momento de glória particular.

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