Inglaterra a um ponto do sucesso

A Inglaterra está numa posição cada vez mais privilegiada no Grupo G após uma vitória magra sobre o País de Gales, que deixa a selecção de Fabio Capello a necessitar apenas de um ponto na próxima visita ao Montenegro para selar a presença na fase final do UEFA EURO 2012.

Ashley Young marcou o seu terceiro golo em seis internacionalizações e encaminhou a Inglaterra para um triunfo que nunca pareceu estar em causa até que, a 14 minutos do final, o suplente galês Robert Earnshaw desperdiçou uma excelente oportunidade para empatar quando tinha toda a baliza à sua mercê.

Frank Lampard regressou ao meio-campo inglês, ocupando o lugar de Scott Parker, e o jogador do Chelsea FC tentou contrariar todos aqueles que dizem que, aos 33 anos, o médio já não devia ser presença regular no onze da selecção.

O jogo começou a um ritmo lento numa noite de chuva em Wembley e os adeptos pediam provas que a selecção inglesa está, de facto, a subir de produção, após o triunfo por 3-0 sobre a Bulgária.

O País de Gales passou grandes períodos no seu meio-campo, mas tentava não perder a oportunidade de espreitar o contra-ataque e até conseguiu deixar a defesa da casa em sentido. John Terry falhou o corte num lance aéreo e permitiu a Steve Morison seguir em direcção à baliza, mas, sem apoio nem ângulo, o remate do galês não criou verdadeiro perigo.

A resposta surgiu por Wayne Rooney, que falhou o "chapéu" por poucos centímetros, enquanto Young serviu Stewart Downing, que rematou ligeiramente por cima do alvo.

Mas a dupla voltou a estar em acção pouco depois e com os papéis invertidos teve mais sucesso. Downing fugiu a Joe Ledley e cruzou atrasado para Young que, com um remate rasteiro, fez o 1-0.

Os ingleses passaram, então, a ter mais espaço para jogar e Rooney ficou muito perto de chegar a um cruzamento perigoso de Young, cenário que se manteve até ao início da segunda parte, quando Young aqueceu as mãos ao guarda-redes galês Wayne Hennessey.

No outro extremo do terreno, apenas uma intervenção de classe de Gareth Barry impediu Aaron Ramsey de empatar, mas foi sempre a Inglaterra que esteve mais perto de fazer mexer o marcador. Barry serviu Lampard para um remate por cima, enquanto Gary Cahill fez o mesmo após Hennessey ter deixado escapar um cruzamento.

Um segundo golo teria ajudado a acalmar os nervos que se apoderaram de Wembley, já que foi o País de Gales quem terminou o jogo em alta e Earnshaw podia e devia ter feito melhor, após o livre de Ramsey. O empate foi, contudo, apenas uma miragem.