Análise à preparação de Portugal
segunda-feira, 7 junho 2021
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Analisamos alguns dos principais aspectos do empate entre Portugal e Espanha e aquilo que se pode esperar do amigável com Israel.
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Após o empate entre Portugal e Espanha, no arranque da preparação para o UEFA EURO 2020, analisamos alguns dos principais aspectos da partida e aquilo que se pode esperar do amigável com Israel, na quarta-feira.
Trio móvel no ataque
Já tinha sido assim nas campanhas após o EURO 2016, com excepção da qualificação para o Mundial 2018, e parece que para o EURO 2020 Fernando Santos vai voltar a apostar na fórmula de 2016, em que os homens mais avançados utilizados foram Ronaldo, Nani e Quaresma, nenhum deles ponta-de-lança de raiz. Agora a diferença é o facto de João Félix e Diogo Jota, candidatos a um lugar no “onze” ao lado de Bernardo Silva e Ronaldo, conhecerem bem as zonas a pisar na área, terem maior capacidade goleadora e também saberem movimentar-se junto às linhas.
E foi precisamente esta dupla, juntamente com Ronaldo, que começou de início frente à Espanha, um jogo de grau de dificuldade elevado, à semelhança do que serão aqueles frente a Alemanha e França. Veremos se diante de Israel, uma selecção de valia inferior, o seleccionador aposta em André Silva, ponta-de-lança que protagonizou uma excelente época na Alemanha, preparando um ataque diferente para o jogo inaugural do EURO, diante da Hungria, o adversário mais acessível no Grupo F.
Testar alternativas no centro da defesa
Com Rúben Dias ainda ausente, fruto da participação na final da Champions League, o mais do que provável titular foi substituído por José Fonte, um dos pilares do EURO 2016 e que, mesmo com a ascensão do jovem do Manchester City, se tem mantido opção regular. No entanto, e em virtude de a convocatória ter apenas três centrais, Fernando Santos aproveitou para testar alternativas.
Foi o que aconteceu na segunda parte com o recuo de Danilo para o eixo, ele que durante a primeira parte da época desempenhou várias vezes a função no Paris. O jogo com Israel pode ser mais um para testar alternativas, como por exemplo João Palhinha, autor de uma época 2020/21 notável como médio-defensivo, que já se colocou à disposição do técnico para jogar nesse lugar se este assim o entender.
Renato Sanches a afinar o motor
O jovem médio foi a surpresa em 2016, no seguimento de uma temporada de estreia notável no futebol sénior. As qualidades que o notabilizaram na altura continuam a ser o seu ponto-forte, como a capacidade de transportar jogo de forma veloz e romper para o ataque, sendo capaz de fazer transições defesa-ataque fulminantes.
Isso viu-se frente à Espanha, em que a “la roja” teve mais posse de bola mas foi o médio quem conseguiu lançar Portugal para o ataque algumas vezes. O jogador do Lille está com o moral em alta, após ter sido campeão francês, e pode voltar a ser um trunfo importante para a equipa das “quinas” graças às qualidades que o diferenciam dos restantes médios-centro convocados.