O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

Arsenal aguenta firme

Arsenal FC 0-0 Real Madrid CF (total: 1-0)
O golo apontado por Thierry Henry, há duas semanas, acabou por resolver a eliminatória.

O Arsenal FC garantiu, pela terceira vez, um lugar nos quartos-de-final da UEFA Champions League, ao passar num imenso teste às suas credenciais diante do Real Madrid CF, no intenso mas pouco espectacular duelo de Highbury Park, que terminou empatado a zero.

Golo de Henry
O resultado rendeu aos "gunners" a vitória na eliminatória, graças ao golo conseguido no Santiago Bernabéu pelo capitão Thierry Henry, no jogo da primeira mão. Para o Real Madrid, pelo contrário, o nulo confirmou a eliminação e, possivelmente, o final de uma era para algumas das suas estrelas, mas apenas depois de terem deixado tudo em campo, num esforço inglório para salvar a reputação.

Espanhóis decididos
A chuva forte deu lugar a apenas alguns chuviscos no momento em que se iniciou a partida e o Real protagonizou um arranque intenso, conservando a posse de bola e expressando, a toda a largura do terreno, o seu futebol de ataque. Os visitantes apresentaram oito jogadores com 28 ou mais anos de idade, pormenor que contrasta com o facto de os anfitriões apenas apresentarem três. No entanto, esta experiência revelou-se crucial nos primeiros minutos, período em que os londrinos tiveram grandes dificuldades para manter a posse de bola.

Grande oportunidade
O Real Madrid, colocando, a espaços, todo o seu poderio técnico sobre o tapete verde de Highbury, comandou a batalha do meio-campo, mas enfrentou dificuldades para penetrar na muralha defensiva contrária e criar oportunidades, mesmo com Ronaldo de regresso à titularidade, fazendo dupla de ataque com Raúl González, num desenho 4x4x2. O Arsenal organizou-se em 4x5x1 e recolheu-se no seu meio-campo para suster o ímpeto "merengue". Ronaldo desfrutou de uma oportunidade soberana logo aos três minutos, após centro de Thomas Gravesen para o poste mais distante, mas o cabeceamento do internacional "canarinho" saiu para o solo e Jens Lehmann defendeu. Pouco depois, Roberto Carlos socorreu-se da sua poderosa meia-distância, disparando perto do alvo.

Jogada espectacular
À passagem dos dez minutos, numa das espectaculares jogadas de envolvimento características do Real, Raúl assistiu Ronaldo de calcanhar e só um corte, em última instância, do seu compatriota Gilberto, impediu o astro brasileiro de facturar. Visivelmente confiante por ter sobrevivido ao assalto inicial dos espanhóis, o Arsenal passou a conservar a posse de bola e a colocar problemas à defesa adversária. Quando Guti recebeu o cartão amarelo, à passagem dos 16 minutos, por falta sobre Emmanuel Eboué, Thierry Henry, na cobrança do livre, colocou o esférico no interior da área e Philippe Senderos cabeceou com muito perigo, solto de marcação e em posição privilegiada.

Oportunidade de Reyes
Empolgado com esta primeira ameaça, o Arsenal também conseguiu alguns movimentos envolventes e os dois espanhóis da equipa, Cesc Fabregas e José Antonio Reyes, viram dois remates ser desviados. A melhor ocasião dos "gunners" na etapa inicial surgiu aos 42 minutos, quando a persistência e habilidade de Henry lhe permitiu tirar Sergio Ramos do caminho da bola e ludibriar Míchel Salgado, antes de colocar o esférico à disposição de Reyes, que atirou à barra, bem dentro da grande área.

Lehmann destaca-se
A etapa complementar começou a um ritmo alucinante, primeiro com uma investida do Real Madrid, que mereceu resposta imediata do Arsenal. Os "merengues" quase empatavam a eliminatória aos 60 minutos: Roberto Carlos centrou, Beckham, de cabeça, desmarcou Raúl e o avançado desferiu um remate de pé direito que acertou no poste direito da baliza de Lehmann. O guarda-redes - que tinha ficado sem reacção sete minutos antes, na sequência de um livre de Beckham que beijou as malhas superiores da sua baliza - ficou fora do lance, mas recuperou e, com a mão direita, deu uma palmada na bola, desviando a recarga de Raúl.

Batalha nos bancos
Começou, então, a batalha dos bancos, com várias substituições - uma para o Arsenal e duas para os visitantes -, mas as atenções viraram-se para Henry. Após uma série de dribles sinuosos, o francês ganhou, em duas ocasiões, espaço para visar a baliza, à entrada da grande área. No primeiro disparo, Iker Casillas estirou-se e desviou para canto, enquanto o segundo passou ligeiramente ao lado. O Real continuou a dominar a posse de bola e, na outra área, Beckham criou lances de muito perigo, com recurso aos seus centros teleguiados, mas Ronaldo nunca conseguiu superiorizar-se à defesa contrária e o Arsenal manteve-se unido, consumando o apuramento.

Seleccionados para si