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Milan sem contemplações

AC Milan 4-1 FC Bayern München (total: 5-2)
Filippo Inzaghi bisou na goleada dos finalistas da época passada sobre o campeão alemão, em San Siro.

O AC Milan ligou o "modo de ataque" perante um público em delírio em San Siro e dizimou o FC Bayern München, carimbando a presença nos quartos-de-final da UEFA Champions League.

Capacidade ofensiva
Filippo Inzaghi marcou por duas vezes de cabeça no início de cada parte, tendo os outros jogadores do fantástico tridente ofensivo, Andriy Shevchenko e Kaká, também acertado no fundo das redes bávaras. O ucraniano subiu a sua marca na presente época para oito tentos e poderiam muito bem ter sido nove, não tivesse o actual capitão dos milaneses desperdiçado uma grande penalidade. O defesa francês, Valérien Ismaël, colocou o Bayern temporariamente de volta na luta pela eliminatória, mas, no final, os homens de Felix Magath não tiveram como contrariar o maior poderio ofensivo do Milan.

Inzaghi abre o activo
Os primeiros minutos deram uma ideia do que estava para vir. Bastian Schweinsteiger descobriu Roy Makaay com bastante espaço no meio-campo milanês, até que surgiu o georgiano Kakhaber Kaladze a desarmar o atacante holandês do Bayern. No lance seguinte, uma espectacular combinação entre Shevchenko e Kaká levou os bávaros a concederem uma série de pontapés de canto. A pressão cedo rendeu dividendos. Um mau alívio possibilitou a Serginho um cruzamento para a área do Bayern e tanto Shevchenko como Inzaghi podiam ter marcado – com efeito, os dois quase chocaram na ânsia de chegar primeiro à bola – tendo a honra cabido ao último, que cabeceou ao ângulo.

Falha de Shevchenko
Estavam guardados mais golos e outro podia ter surgido aos 24 minutos, após Ismaël ter derrubado Inzaghi na área, provocando uma grande penalidade pela segunda vez na eliminatória. Há duas semanas, Shevchenko convertera o castigo máximo, empatando a partida de Munique. Desta vez, rematou ao lado do poste esquerdo.

Ismaël traz esperança
Um minuto depois, o Milan voltou a atacar e, desta vez, Shevchenko festejou, ao desviar de cabeça um cruzamento de Jaap Stam, entre os centrais germânicos. Foram 25 minutos muito incaracterísticos dos campeões alemães, mas estes tiveram a oportunidade de relançar a eliminatória pouco depois, após uma entrada a destempo de Johan Vogel. Schweinsteiger cobrou o livre com precisão e violência, pelo que Dida não conseguiu melhor que evitar que a bola entrasse à primeira. Na recarga, Ismaël não perdoou.

Golpe decisivo
Makaay encontrara muitas dificuldades na batalha com os centrais contrários, pelo que foi rendido ao intervalo por José Paolo Guerrero. Contudo, com apenas dois minutos na segunda parte, mais um exemplo de insegurança defensiva do Bayern possibilitou o terceiro tento dos milaneses. O cruzamento de Serginho apanhou Bixente Lizarazu fora de posição e, na impossibilidade de um alívio de Ismael, a bola ficou à mercê de Inzaghi, cuja primeira tentativa de remate saiu para o ar. Mas o italiano insistiu e cabeceou a bola para as redes de Oliver Kahn.

Kaká marca quarto
O Bayern continuou bastante inseguro na defesa, tendo Willy Sagnol permitido a Shevchenko isolar-se. O capitão do Milan procurava bisar, mas tal como Clarence Seedorf, que, entretanto, acompanhou o lance, foi cercado por adversários e o lance gorou-se. Mas viria a ser apenas uma questão de tempo até à chegada do quarto tento dos "rossoneri". Aos 59 minutos, Shevchenko deu a Kaká a possibilidade de sentenciar o encontro, o que o brasileiro fez com categoria, somente com o intimidante Kahn pela frente. O internacional brasileiro foi rendido por Rui Costa a quatro minutos dos 90.