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Henry silencia Madrid

Real Madrid CF 0-1 Arsenal FC
Uma soberba jogada individual de Thierry Henry possibilitou ao Arsenal uma importantíssima vitória frente ao Real Madrid.

Uma soberba jogada individual de Thierry Henry, no início da segunda parte, deu ao Arsenal FC uma notável vitória por 1-0 no terreno do Real Madrid CF, resultado que deixa os londrinos bem posicionados para assegurar a passagem aos quartos-de-final da UEFA Champions League.

Brilhantismo de Henry
O dianteiro internacional francês rompeu por entre a defesa do Real Madrid apenas um minuto após o reatamento, aguentando três tentativas de desarme de defensores contrários antes de bater Iker Casillas com um remate rasteiro. O treinador do Arsenal, Arsène Wenger, dissera antes do jogo que para a sua equipa ter hipóteses de sucesso teria de, primeiro, defender como um todo e as suas palavras viriam a revelar-se proféticas para a jovem defesa dos "gunners" - onde o marfinense Kolo Abib Touré era o elemento mais velho, com 24 anos –, que resistiu com estoicismo à enorme pressão a que foi submetida.

Início rápido
A equipa da casa havia marcado nos primeiros dez minutos de cada um dos últimos três encontros, mas a primeira oportunidade do jogo desta terça-feira pertenceu aos visitantes ainda antes de estarem cumpridos 90 segundos. Henry, o único ponta-de-lança dos "gunners" em campo, lançou José Antonio Reyes no lado esquerdo e somente uma soberba defesa do também internacional Iker Casillas, com o seu braço esquerdo completamente esticado, impediu o espanhol de marcar na capital do seu país. A dupla de centrais composta por Sergio Ramos e Jonathan Woodgate, que não sofreu golos nos dez encontros em que actuaram juntos, voltou a ser surpreendida aos oito minutos por novo passe incisivo de Henry. Desta vez, foi Roberto Carlos a ser providencial, com um desarme a Fredrik Ljungberg nos últimos instantes.

Lesão de Woodgate
Foi então que o Real Madrid se viu obrigado a alterar a sua defesa, com Jonathan Woodgate a abandonar o terreno de jogo a coxear, queixando-se de uma dor numa coxa, tendo sido substituído por Álvaro Mejía. O último reduto dos "merengues" voltou a passar por apuros instantes volvidos, quando Reyes cruzou do flanco esquerdo para a área, onde descobriu Henry completamente desmarcado. Contudo, o francês cabeceou ao lado. O Real Madrid não estava a jogar como a equipa que marcara 18 golos nos últimos seis jogos para o campeonato, tendo encontrado muitas dificuldades para encetar jogadas de ataque na primeira meia-hora, uma vez que a jovem defesa do Arsenal não pareceu nada abalada pela importância do adversário, para além de ter contado com o apoio de um meio-campo povoado com cinco elementos.

Lehmann em acção
A primeira verdadeira ocasião dos madrilenos resultou de um erro defensivo do Arsenal, após David Beckham ter roubado a bola a Philippe Senderos e entrado de imediato em tabela com Ronaldo. Tal como Casillas no outro lado, Jens Lehmann estava atento e sacudiu o remate do capitão da selecção inglesa por cima da trave, após ter deixado os postes prematuramente. O guarda-redes do Arsenal foi depois testado por Robinho e Roberto Carlos, este último através de um dos seus célebres livres directos. Henry voltou a dispor de uma ocasião para marcar ainda antes do intervalo, mas após solicitação de Aleksandr Hleb, rematou fraco, para defesa de Casillas.

Excelente golo
Dois minutos após o reatamento, Henry deu razão ao ditado "à terceira é de vez". O francês recebeu um passe de Cesc Fabregas na linha de meio-campo e arrancou em direcção à baliza de Casillas. Henry resistiu às tentativas de desarme de Guti e de Mejía, antes de rematar de pé esquerdo, fora do alcance de Casillas, para o canto mais distante, pese embora a desesperada tentativa de Sergio Ramos sobre a linha de golo. O tento silenciou o Bernabéu e Ljungberg, por duas vezes, e, de novo, Henry estiveram perto de marcar. Só com 15 minutos na segunda parte é que os adeptos do Real Madrid voltaram a manifestar-se, com a entrada de Raúl.

Classe de Casillas
O regresso do jogador-talismã – que assim se tornou no primeiro a cumprir 100 partidas na UEFA Champions League – quase teve um efeito galvanizador na equipa. O próprio Raúl esteve perto de marcar na sequência de um livre de Beckham do lado esquerdo, mas o cabeceamento saiu por cima. Apesar de a sua equipa estar em desvantagem, foi mesmo Casillas quem acabou por ser o guarda-redes mais em acção nos instantes finais, ao negar golos a Ljungberg e aos suplentes Vassiriki Diaby e Robert Pires, apesar de Sergio Ramos ter estado perto de empatar a partida nos últimos segundos.

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