Liverpool cumpre missão

Pela terceira vez em quatro encontros da UEFA Champions League este ano, Chelsea FC e Liverpool FC empataram a zero, resultado que garantiu ao campeão europeu em título o primeiro lugar do Grupo G. O Chelsea, de José Mourinho, teve de contentar-se com o segundo posto.

Defesa de betão
Tal como na meia-final da última edição da Champions League, o encontro desta terça-feira ficou marcado por uma intensa pressão do Chelsea face a uma bem organizada defesa do Liverpool. Jamie Carragher e Sami Hyypiä foram autênticos pilares do último reduto dos "reds", muito embora José Mourinho possa lamentar as três claras oportunidades de golo desperdiçadas pela sua equipa no início da segunda parte. Com este nulo, Liverpool e Chelsea seguem para os oitavos-de-final tendo sofrido apenas um golo na fase de grupos.

Poucas mudanças
Com o apuramento garantido, pensava-se que os dois técnicos iam prescindir de algumas das suas principais figuras, mas a verdade é que isso não aconteceu. O treinador do Liverpool procedeu a apenas duas alterações em relação à equipa que carimbou o passaporte para a fase seguinte da prova na última jornada: Djimi Traoré foi o defesa-esquerdo escolhido, enquanto Luis García, que marcou o golo que desempatou as equipas na época passada, regressou ao onze no lugar de Fernando Morientes.

Início intenso
Por seu lado e sem poder contar com os lesionados Hernán Crespo e Joe Cole, José Mourinho promoveu três alterações, deixando Asier Del Horno no banco e apostando nos regressos de Paulo Ferreira, Didier Drogba e Arjen Robben ao "onze". O facto de estar tudo decidido no Grupo G não tirou emoção nem intensidade ao encontro, que começou com muita velocidade.

Oportunidade de Gerrard
A defesa do Liverpool dava sinais de confiança, mas Luis García quase deitou tudo por terra quando perdeu a bola à entrada da sua área, com o remate de Frank Lampard a proporcionar uma boa defesa a José Manuel Reina. Os campeões europeus responderam através de Steven Gerrard, mas o remate do capitão inglês saiu ao lado da baliza do Chelsea.

Defesa de Čech
Os lances de perigo surgiam normalmente de erros individuais, como aconteceu quando Robben falhou um passe valendo a intervenção de John Terry para evitar o golo de Luis García. O Chelsea tinha mais tempo de posse de bola, mas o Liverpool criou uma das melhores situações do encontro, aos 31 minutos: Gerrard, que actuou descaído sobre o flanco direito, flectiu para o meio e serviu John Arne Riise, mas o remate do norueguês foi bem defendido por Petr Čech.

Oportunidades perdidas
José Mourinho trocou Paulo Ferreira por Del Horno ao intervalo, enquanto a primeira substituição do Liverpool aconteceu aos 60 minutos, com Riise a dar o seu lugar a Harry Kewell. Mas ainda antes desta troca, o Chelsea teve duas excelentes oportunidades para se colocar em vantagem, mas Michael Essien e Robben não conseguiram acertar no alvo.

Gudjohnsen ao lado
O passe longo de William Gallas foi amortecido pelo peito de Drogba na direcção de Robben, que, em corrida, falhou por muito pouco o remate. O extremo holandês voltou a estar em acção pouco depois, assistindo Eidur Gudjohnsen, mas o islandês também não conseguiu acertar na baliza do Liverpool. A equipa da casa continuou a pressionar, mas nunca conseguiu encontrar o caminho para o golo que lhe teria valido o primeiro lugar do grupo.