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Estreia memorável

Apesar da derrota frente ao Inter de Milão, os adeptos e jogadores do Artmedia abandonaram o Estádio Tehelné Pole de cabeça bem erguida.

Forte apoio
O FC Artmedia Bratislava viu-se obrigado a abandonar o seu pequeno estádio situado junto às margens do Danúbio, em Petrzalka, para medir forças com o FC Internazionale Milano. A equipa trouxe consigo os seus adeptos e ainda contou com o apoio de todos os apaixonados do futebol de Bratislava, que se uniram para apoiar o Artmedia numa noite muito especial. Os principais clubes da cidade, o ŠK Slovan Bratislava e o AŠK Inter Bratislava, atravessam tempos difíceis, o que faz com que seja o Artmedia a ditar a lei na capital eslovaca.

Difícil tarefa
O clube até mudou o nome de forma a reforçar o seu estatuto de campeão da Eslováquia, algo que nunca tinha acontecido até aí. O emblema pode chamar-se Bratislava nos dias que correm, mas os cânticos dos adeptos não deixam dúvidas: "Petrzalka, Petrzalka, Petrzalka", gritavam antes do início da partida. Ora, Petrzalka é um vasto labirinto de blocos de apartamentos ao velho estilo soviético, muito diferente da pitoresca cidade antiga de Bratislava situada na outra margem do rio. O contraste é enorme, mas o mesmo acontece entre a Superliga eslovaca e a Liga dos Campeões.

A força das claques
Os adeptos deram a sua ajuda para que ficasse bem evidente tal situação. À medida que os jogadores entravam em campo, um grupo situado atrás de uma baliza levantava nove cartazes com o desenho do troféu da prova, sendo que cada um deles continha uma letra. Ao juntá-los, criavam a palavra Petrzalka. Atrás da outra baliza, um grupo de adeptos mostrava cartazes pretos e brancos alternados, formando as listras da zebra correspondentes ao equipamento da equipa da casa.

Atmosfera eléctrica
Um arrepiante sistema sonoro e um DJ fizeram elevar os decibéis, mas tal ambiente foi quase como que engolido pela loucura da multidão quando se começou a ouvir o hino da Liga dos Campeões em Bratislava, pela primeira vez. Os "flashes" das máquinas fotográficas invadiram o estádio à medida que o pano gigante, com o logótipo da prova, foi exibido no centro do relvado.

De volta à realidade
O público foi ao rubro quando se deu o pontapé de saída e novamente quando Juraj Cobej socou a bola proveniente de um cruzamento de Luís Figo. Os assobios fizeram-se ouvir de forma crescente quando Adriano preparou a marcação de um livre que acabou por morrer na barreira. Aos 15 minutos, os adeptos do Artmedia relaxaram, começando a fazer a "onda" mexicana. A realidade veio ao de cima quando Adriano serviu Júlio Cruz para o golo do Inter. O silêncio antecedeu um coro de incentivo: "Petrzalka, Petrzalka, Petrzalka".

Sonhar até ao fim
Juan Sebastián Verón foi expulso na fase inicial da segunda parte, o que galvanizou a assistência. Alguns insistiram que um milagre acontece apenas uma vez em cada ano. O Artmedia já usou o seu ao vencer o Celtic FC por 5-0 na segunda pré-eliminatória da prova. Agora, contudo, havia uma hipótese de voltar ao jogo e eles cantavam: "My Chceme Gol", ou "queremos um golo". E tal desejo até esteve prestes a concretizar-se. Lukáš Hartig cabeceou ao lado, antes de Juraj Halenár ver o seu remate defendido por Júlio Cesar.

Nova experiência
Os poucos adeptos do Inter apenas se fizeram ouvir um pouco antes do apito final, mas foram logo de seguida silenciados pelos adeptos eslovacos, que se levantaram e aplaudiram a sua equipa. "Jogar aqui a contar para a liga eslovaca e para esta competição é completamente diferente", afirmou o médio do Artmedia, Aleš Urbánek, ao uefa.com. "Ver este estádio cheio beneficia a nossa equipa".

Adeptos satisfeitos
Por essa altura já os adeptos abandonavam o estádio, deixando Chumbawamba a falar por eles no sistema sonoro: "Eu fui derrubado, mas irei levantar-me, pois nunca me vão derrotar". Os adeptos do Artmedia não podiam ter dito melhor.

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