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Épico Liverpool é campeão europeu

AC Milan 3-3 Liverpool FC (2-3 g.p)
O Liverpool recuperou de uma desvantagem pesada e levou a melhor nos penalties.

O Liverpool FC conquistou o seu quinto título de campeão europeu (sucedendo, assim, ao FC Porto) ao vencer o AC Milan, por 3-2, no desempate por grandes penalidades, (com 3-3 após o prolongamento e depois de ter chegado ao intervalo a perder por 3-0). Esta foi uma das mais espectaculares finais de sempre da UEFA Champions League, realizada no Estádio Olímpico Atatürk, na cidade turca de Istambul e este triunfo possibilitou ao técnico espanhol dos “reds”, Rafael Benítez, conquistar duas competições de clubes da UEFA consecutivas, depois de, na temporada passada, ter vencido a Taça UEFA pelo Valencia CF.

Maldini bate novo recorde
Paolo Maldini, que já fazia parte da história da Liga dos Campeões ao participar na sua sétima final da mais importante competição de clubes da UEFA (apenas ultrapassado pelas lendas do Real Madrid CF, Francisco Gento e Alfredo Di Stéfano) e na qual procurava o quinto triunfo, surgiu na área inglesa liberto de marcação, a desviar um livre cobrado por Andrea Pirlo no lado direito, após falta de Djimi Traoré sobre Kaká, tornando-se no mais velho jogador de sempre a marcar em finais da Taça dos Clubes Campeões Europeus e Liga dos Campeões.

Hyypiä responde
Os ingleses pareceram, num primeiro instante, pouco afectados pelo golpe de Maldini, uma vez que, apenas três minutos volvidos, Sami Hyypiä, que marcara nos quartos-de-final frente à Juventus FC, teve um cabeceamento defendido por Dida, após passe longo do capitão Steven Gerrard. Todavia, viria a ser a única verdadeira ocasião de perigo dos "reds" no primeiro tempo, uma vez que, a partir desse momento, o Milan não mais deixou de controlar os acontecimentos até ao intervalo.

Luis García salva golo
Aos 14 minutos, Hernán Crespo, que bateu Filippo Inzaghi e Jon Dahl Tomasson na corrida pela vaga no ataque milanês ao lado do incontestado Andriy Shevchenko, deixou o aviso para o que haveria de fazer a seguir. O dianteiro argentino cedido pelo Chelsea FC aos "rossoneri" surgiu ao poste mais próximo a cabecear para a baliza do polaco Jerzy Dudek, o qual se viu substituído sobre a linha de golo pela cabeça de Luis García. Entretanto, os planos de Rafael Benítez, se já estavam complicados em virtude do tento madrugador de Maldini, ficaram ainda mais comprometidos aos 22 minutos, quando se viu obrigado a render o australiano Harry Kewell, que actuava no apoio ao único ponta-de-lança, Milan Baroš, pelo checo Vladimir Šmicer devido a lesão do ex-extremo do Leeds United AFC.

Tento anulado a Shevchenko
O checo, no entanto, entrou mal na partida, tendo demorado até ao intervalo para encontrar o espaço certo e quem aproveitou o desacerto posicional foi o Milan, que, até ao intervalo, apontou dois tentos, não sem que antes Shevchenko visse um golo anulado por fora-de-jogo, após acorrer a uma desmarcação de Crespo. Em seguida, Baroš efectuou um remate de longa distância que saiu ligeiramente sobre a trave. Aos 33 e 36 minutos, Luis García dispôs de ocasiões para visar a baliza de Dida, tentando um golo como o que apontou à Juventus, eleito pelos utilizadores do uefa.com como o melhor da competição.

Crespo aumenta a contagem…
E eis que, na sequência, o Milan chegou a uma vantagem de três golos. Após um lance em que os jogadores do Liverpool reclamaram grande penalidade por alegada mão na bola de Alessandro Nesta em disputa com Luis García, o Milan partiu rapidamente para o contra-ataque, com Kaká a descobrir Shevchenko desmarcado no lado direito. O ucraniano, também podendo visar a baliza de Dudek, optou pela assistência para a zona frontal, onde apareceu Crespo a encostar para o fundo da baliza, quando faltavam seis minutos para o intervalo.

… e bisa antes do intervalo
Ainda antes do descanso, Kaká voltou a ser determinante, desmarcando, com um passe efectuado ainda antes do meio-campo, Crespo e ao qual Jamie Carragher não conseguiu chegar. O argentino, com Dudek à sua mercê, desviou a bola para o fundo das redes com um toque em habilidade.

Liverpool marca dois em dois minutos
Quem julgava que o Milan havia sentenciado o encontro, viria a enganar-se redondamente, uma vez que, com segunda parte, veio uma impressionante reacção, culminada com a recuperação da desvantagem no quarto-de-hora posterior ao reatamento, apontando três golos em somente seis minutos. Aos 54 minutos, Riise cruzou do lado esquerdo para a cabeça de Gerrard, que bateu Stam nas alturas, cabeceando junto ao poste mais distante, sem possibilidade de defesa para Dida. Ainda não refeitos da surpresa, os milaneses viriam, na jogada seguinte, dois minutos depois, a sofrer novo golo, desta feita, mercê de uma excelente circulação de bola na zona frontal, concluída com um forte remate de fora da área de Šmicer, a passe de Dietmar Hamann, que entrara ao intervalo.

Xabi Alonso empata o jogo
Quatro minutos volvidos e ainda em estado de choque pelos dois golos sofridos no espaço de 120 segundos, os milaneses concederam, por intermédio de Gattuso, uma grande penalidade, por empurrão a Gerrard. Xabi Alonso ainda proporcionou uma grande defesa a Dida, mas o brasileiro não conseguiu, depois, evitar a recarga vitoriosa do médio espanhol.

Traoré nega golo a Shevchenko
Até ao final do tempo regulamentar, menção somente para uma defesa de Dida, a negar o golo a Riise e Dudek a fazer o mesmo a Shevchenko (na transformação de um livre directo), o qual quase marcaria aos 70 minutos, não tivesse Traoré afastado a bola sobre a linha de golo. Já sob o apito para final do tempo regulamentar, Kaká quase deu a vitória ao Milan, mas o seu remate saiu perto do poste.

Dudek leva decisão para os ‘penalties’...
No prolongamento - com Tomasson, Serginho e Cissé em campo desde os 85 minutos - assistiu-se a um futebol mais cauteloso das duas equipas, com o Milan a exercer maior domínio na primeira parte. O treinador do Milan, Carlo Ancelotti, apostou, nos últimos dez minutos, em Rui Costa para, embora descaído para o lado direito, apoiar os dianteiros, tentando evitar o desempate por grandes penalidades, mas a entrada do português não surtiu o efeito desejado, pese embora Shevchenko tenha, aos 117 minutos, desperdiçado duas oportunidades consecutivas, ambas miraculosamente defendidas por Dudek, que assim levou a decisão para as grandes penalidades.

... e torna-se no grande herói
No desempate por grandes penalidades, foi Dudek, ao contrário do 'especialista' Dida, quem, desta feita, mais brilhou, detendo as tentativas de Pirlo e Shevchenko, depois de Serginho ter rematado por cima logo na primeira ocasião. Pelos novos campeões europeus, marcaram Hamann, Cissé e Šmicer. Quanto a Shevchenko, que, há duas épocas, dera, da marca dos 11 metros, o triunfo ao Milan sobre a Juventus, desta vez, tentou a conversão com alguma displicência, permitindo a defesa de Dudek.

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