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Fernandinho em entrevista exclusiva

O brasileiro comentou a sua chegada à Europa, a forma de trabalhar de Guardiola e os confrontos sempre especiais com o Shakhtar.

Fernandinho em acção na Champions League com a camisola do Manchester City
Fernandinho em acção na Champions League com a camisola do Manchester City ©Getty Images

Chegou à Europa em 2005, para representar o Shakhtar Donetsk, e hoje é uma das referências do Manchester City de Pep Guardiola, assumindo-se como um dos capitães de equipa. O internacional brasileiro conversou com o UEFA.com sobre a sua chegada ao futebol europeu, as várias posições que já ocupou no terreno de jogo, bem como a forma de trabalhar do treinador espanhol dos "citizens". Confira os principais tópicos abordados pelo atleta de 34 anos, numa altura em que a sua equipa está muito perto do apuramento para a fase a eliminar da UEFA Champions League.

A transferência para o Shakhtar Donetsk em 2005

Fernandinho durante um treino do City
Fernandinho durante um treino do City©Getty Images

Quando cheguei ao Shakhtar, notei diferenças em relação ao Brasil e ao clube que representava, o Atlético Paranaense. O Atlético jogava num estilo diferente do da Europa. Os jogadores tinham muita liberdade em campo e, quando cheguei ao Shakhtar e comecei a treinar percebi que tinha que respeitar um pouco mais as posições em campo. O treinador exigia disciplina em relação à nossa posição. Assim, acabei por ocupar uma posição no meio-campo.

A mudança para o Manchester City

Sim, vim para o City jogar na mesma posição, no meio-campo. Fui contratado em 2013 para desempenhar a mesma função que desempenhei no Shakhtar. As oportunidades surgiram com naturalidade e, felizmente, pude contribuir actuando em várias posições, com Manuel Pellegrini e Pep Guardiola. Comecei como médio mais ofensivo, com dois jogadores atrás de mim, e mais tarde voltei a desempenhar o papel de trinco. Também joguei pelo lado direito algumas vezes. Após a chegada de Pep Guardiola a minha posição variou com mais frequência. As únicas posições em que não joguei com Pep Guardiola foram como avançado e guarda-redes [risos]. Foi uma experiência muito importante para mim porque abre um leque de opções diferente para o treinador, dependendo das circunstâncias do jogo.

O novo papel com Pep Guardiola

Resumo: Shakhtar 0-3 City

Bem, antes de jogar no sector defensivo com Guardiola joguei no meio-campo durante três temporadas. Não sei se ele tinha isso em mente desde o início, quando chegou aqui, ou se pensou nessa hipótese mais tarde. Mas o importante é que conversamos no ano passado, e ele perguntou-me se eu poderia ajudá-lo, e eu concordei. Disse que obviamente não seria um problema até porque ao longo da minha carreira sempre fui capaz de jogar em várias posições, e isso sempre foi útil para mim. Assim posso entender melhor cada posição, tentar obter uma compreensão mais profunda das características desejáveis para cada posição. Tem sido óptimo, estou a desfrutar de cada momento.

O embate especial com o Shakhtar

É muito bom poder enfrentar o meu antigo clube, especialmente em competições de alto nível como a UEFA Champions League. Fiz parte desse grande projecto do Shakhtar; um projecto que tinha acabado de começar quando assinei pelo clube. É muito gratificante poder enfrentá-los e rever alguns dos meus ex-colegas, jogadores com os quais compartilhei os mesmos sonhos e os mesmos desejos. Defrontar o Shakhtar é sempre difícil e, tal como o Manchester City, o Shakhtar é uma equipa que gosta de praticar um futebol positivo. Espero que o próximo jogo [na quinta jornada] seja isso mesmo, um espectáculo de bom futebol, com as duas equipas empenhadas em dar o máximo. Isso será benéfico para os adeptos e para todos os amantes de futebol.