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Brilho do Bayern demasiado forte para o Arsenal

Carlo Ancelotti pode advogar um tipo de futebol diferente do seu antecessor, Josep Guardiola, mas o Bayern München continua dominador quando lhe dão espaço para mostrar aquilo de que é capaz.

Thomas Müller felicitado pelos colegas após apontar o quinto do Bayern
Thomas Müller felicitado pelos colegas após apontar o quinto do Bayern ©Getty Images

Os resultados continuam a aparecer, mas as diferenças entre o Bayern de Josep Guardiola e o de Carlo Ancelotti são claras há já algum tempo. Percebe-se que o domínio intenso deu lugar a um nível de controlo mais passivo.

Na UEFA Champions League, porém, a a distância entre os estilos dos dois treinadores não tem sido tão evidente. A demolidora vitória por 5-1 sobre o Arsenal constituiu o 16º triunfo caseiro consecutivo da turma bávara na competição, numa série que se estende pelas eras de ambos os técnicos. Seja quem for que esteja ao leme, a jogar em casa o Bayern é sempre o mesmo na Europa: de rédea solta, é temível e poucos o podem parar.

Carlo Ancelotti com Thomas Müller
Carlo Ancelotti com Thomas Müller©AFP/Getty Images

Olhando para trás, é verdade que o Atlético Madrid escapou da Fußball Arena München com uma derrota por meros 2-1 – e garantiu a passagem à final da temporada passada graças aos golos fora. Mas isso parece, cada vez mais, um feito digno de figurar nos anais da história. A turma de Diego Simeone conseguiu manter-se viva apesar da sufocante pressão de que foi alvo nessa noite; e, claro, contou com uma exibição sublime por parte do seu guarda-redes, Jan Oblak, decisivo no carimbar do passaporte dos madrilenos para a final de Milão.

Parece que o Atleti é, talvez, a única equipa do futebol actual capaz de travar a maré ofensiva do Bayern quando joga em casa, ainda que no limite. O Arsenal, e o seu guarda-redes que muito trabalho teve, Ospina, podem até encontrar algumas semelhanças com o que os "rojiblancos" passaram em Munique, apesar de terem estado longe de se aguentar da mesma forma.

O que mais deve frustrar os adversários que visitam o Bayern é que até têm as suas oportunidades. Tal como Antoine Griezmann surpreendeu a defesa bávara, em Maio último, com o remate certeiro que acabou por ditar a diferença nessas meias-finais, Alexis Sánchez também conseguiu recolocar o Arsenal na discussão do jogo com o golo do empate, ao ser mais acutilante na reacção ao penalty falhado do que uma série de defesas da casa.

Os jogadores do Bayern festejam a 16ª vitória caseira consecutiva na UEFA Champions League
Os jogadores do Bayern festejam a 16ª vitória caseira consecutiva na UEFA Champions League©AFP/Getty Images

Contudo, acaba sempre por haver um período em que surge uma interminável vaga de ataques por parte do Bayern, como ocorreu esta quarta-feira no início da segunda parte, num período que se tornou ainda mais complicado para o Arsenal com a saída, por lesão, de Laurent Koscielny.

As opções, no Bayern, são imensas. Se Philipp Lahm avança imparável pelo corredor direito, ou Thiago Alcântara irrompe pelo centro, sobram David Alaba na esquerda, e Arturo Vidal no meio, que podem até dar-se ao luxo de ficar mais recatados.

O Bayern pode atacar por qualquer lado. Frente ao Arsenal, com os londrinos já de rastos, ainda houve tempo para Thomas Müller saltar do banco e marcar, também ele, um golo. Chega a parecer cruel. Já muitas equipas passaram por isso.

E muitas outras passarão, certamente. Mesmo após a mudança de treinador, esta foi a prova de que a personalidade do Bayern – pelo menos na UEFA Champions League – permanece intacta: uma equipa dominadora, irresistível, que entretém e que só sabe jogar de uma forma. Ao ataque. Para quem vê de fora, é um prazer.

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