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Ederson: "Jogo com o Nápoles será como uma final"

Antes da sexta jornada da UEFA Champions League, o guardião Ederson fala com o UEFA.com sobre uma "final" com o Nápoles, o desempenho do Benfica na prova sob o comando de Rui Vitória e a importância dos adeptos.

Após a sua estreia na competição a época passada, Ederson tem sido o titular do Benfica nesta edição da UEFA Champions League
Após a sua estreia na competição a época passada, Ederson tem sido o titular do Benfica nesta edição da UEFA Champions League ©Getty Images

Antes da sexta jornada da UEFA Champions League, o guardião Ederson fala sobre uma "final" com o Nápoles, o desempenho do Benfica na prova sob o comando de Rui Vitória e como os adeptos têm ajudado ao sucesso.

Entre outros assuntos abordados em conversa com o UEFA.com, o jovem brasileiro também falou do início da sua carreira e como é trabalhar com Júlio César, seu ídolo quando era mais novo.

Infância e primeiros tempos no futebol
Tenho boas recordações de brincar nas ruas do meu bairro. Fazíamos balizas com os chinelos e depois era três para três. Estavam sempre prontos outros três para entrar e os jogos eram muito disputados. Ao decidir ser jogador profissional, passei por muitos sacrifícios. Ia para a escola de manhã e depois tinha treino à tarde. Às vezes nem tinha tempo para almoçar. Foi um período difícil, com tudo a acontecer depressa, por isso não aproveitei muito a infância para brincar. Ainda assim, penso que os sacrifícios valeram a pena.

Júlio César, de ídolo a colega
Ele é uma referência. Quando ganhou a Champions League, em 2010, não existiam muitos guarda-redes brasileiros a actuar ao mais alto nível na Europa. Penso que ele foi dos únicos a atingir esse patamar. Tinha 16 anos e recordo-me da meia-final frente ao Barcelona. Lembro-me da magnífica defesa que ele fez a um remate do Messi. Acredito que o título começou ali para ele. Juntamente com o Paulo Lopes, têm sido fundamentais no meu crescimento e desenvolvimento. Aprendo bastante com eles, são muito importantes para a minha evolução. Cada dia tento evoluir mais e sempre olhando para os dois, que têm muita experiência e tentam passar-ma, o que é muito importante. 

Disputar a UEFA Champions League
Costumava acompanhar pela TV e sempre sonhei jogar na Champions League. Foi o cumprir de um objectivo. Fiquei muito feliz na estreia, tanto que até guardei a camisola e não a troquei com um adversário. Por incrível que pareça, não estava ansioso pelo meu primeiro jogo. Foram momentos tranquilos antes de entrar em campo.

Papel de Rui Vitória e campanha no torneio.
Tem sido uma evolução muito positiva sob o comando do treinador. A equipa cresce a cada dia que passa. Uma coisa que fica clara com Rui Vitória é que todos os jogadores são importantes para o grupo. Passa-nos confiança, sabendo que mesmo os que estão no banco podem entrar a qualquer momento e resolver o jogo. Isso é muito importante porque os jogadores sentem-se motivados para treinar e para jogar. Tem sido importante para o nosso crescimento. A boa campanha que estamos a protagonizar nesta competição é fruto do nosso crescimento, e penso que podemos crescer ainda mais.

Recepção ao Nápoles e lições de Istambul
O jogo da sexta jornada vai ser como uma final para nós. Queremos passar a os oitavos-de-final e só a vitória interessa para dependermos apenas de nós. O empate com o Beşiktaş teve aspectos negativos e positivos. São coisas que acontecem no futebol. O jogo só termina quando árbitro apita pela última vez e infelizmente estávamos a vencer por 3-0 e terminámos com um empate. Mas isso vai servir de lição para o futuro.  

Ambiente no Estádio da Luz
O ambiente no nosso estádio é sempre incrível, tanto nos jogos das competições europeias como nos das provas nacionais. Os adeptos apoiam-nos sempre e têm sido fundamentais para o nosso sucesso, assumindo-se como um autêntico 12º jogador. Mesmo quando perdemos incentivam-nos. Recordo-me de um jogo em que estávamos a perder e todos nos apoiaram de pé. Foi um motivo de muito orgulho para toda a equipa.   

Planos para o futuro
Não estou verdadeiramente a pensar no futuro e em objectivos a longo-prazo. Prefiro concentrar-me no presente. Mas recordo-me que, quando saí do Benfica, estabeleci como objectivo regressar. Consegui e por isso agora quero apenas dar o máximo por este clube. O resto logo se verá.