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Como o Bayern recuperou frente à Juventus

Jordan Maciel fala sobre a vitória por 4-2 do Bayern frente à Juventus, e aponta cinco motivos para a equipa de Josep Guardiola ter operado a reviravolta.

Thomas Müller festeja com os adeptos do Bayern
Thomas Müller festeja com os adeptos do Bayern ©AFP/Getty Images

Acreditar foi fundamental
Perder em casa simplesmente não é uma opção para o Bayern – especialmente na UEFA Champions League – como demonstrou na emocionante vitória por 4-2 sobre a Juventus, após prolongamento. Mas ao intervalo na Fußball Arena München, Josep Guardiola e a sua equipa pareciam à beira de uma saída madrugadora, e surpreendente, da competição.

"Noventa e nove por cento das pessoas teriam pensado [ao intervalo] que não seríamos capazes de recuperar", disse Robert Lewandowski. "Mas somos o Bayern, nunca podemos pensar que um jogo está fora do nosso alcance." Tal como a Juventus na primeira mão, o campeão alemão não ia desistir sem dar luta.

Foi Lewandowski que recolocou o Bayern no caminho dos quartos-de-final, aos 73 minutos, antes de Thomas Müller empatar à beira do fim e levar o jogo para prolongamento. "Acreditámos sempre", disse Müller. "É preciso continuar a tentar e as coisas acabam por resultar, como se viu esta noite."

Resumo: Veja a incrível recuperação do Bayern

Bayern não está imune a erros
A maior preocupação para Guardiola será a facilidade com que a Juventus conseguiu penetrar na sua defesa. "Disse antes do jogo que não se podem cometer erros frente a uma equipa como a Juve", disse o capitão Philipp Lahm. "Simplesmente cometemos demasiados e fomos castigados por isso."

Para além do raro deslize entre David Alaba e Manuel Neuer, que originou o golo inaugural, marcado por Paul Pogba aos cinco minutos, por vezes o Bayern foi muito displicente na saída de bola e facilmente pressionado quando a Juventus atacava. Caso Álvaro Morata, que ultrapassou vários adversários no lance do 2-0, na sequência de um desses erros, tivesse aproveitado uma das oportunidades de que dispôs na segunda parte, a eliminatória teria ficado sentenciada antes de o golo de Lewandowski reavivar as esperanças dos bávaros.

Alterações na hora certa fazem a diferença
Guardiola cometeu o erro pré-jogo de assumir que a Juventus ia remeter-se à defesa e "esperar por uma oportunidade para marcar". Ao invés, a equipa de Massimiliano Allegri entrou a todo o gás e empurrou o Bayern para o seu meio-campo, conseguindo uma vantagem madrugadora.

A equipa da casa teve dificuldades para lidar com o estilo pressionante e agressivo da Juventus na primeira parte, mas à medida que o campeão italiano começou a recuar na esperança de fechar a partida, Guardiola efectuou importantes alterações tácticas, que fizeram toda a diferença.

"Pedi-lhes para jogarem mais encostados aos flancos, com [Franck] Ribéry e [Douglas] Costa", disse o treinador do Bayern. Uma táctica que se revelou proveitosa, com os golos de Lewandowski e Müller a surgirem depois de cruzamentos largos.

Kingsley Coman – o herói improvável
A entrada de Coman na etapa complementar, frente à equipa que o emprestou, foi o ponto de viragem para o campeão alemão - a sua velocidade, energia e cruzamentos perigosos causaram problemas imediatos à defesa da Juventus. O francês fez a assistência vital para o empate de Müller, em tempo de compensação, antes de percorrer meio campo e rematar em arco para o quarto tento do Bayern.

Contratado este Verão, conta com cinco assistências na prova, liderando essa estatística particular com Alexis Sánchez e Neymar, para além de contabilizar dois golos. Com apenas 19 anos, está a provar ser um dos jovens talentos europeus mais promissores, dando boa conta de si num plantel recheado de avançados de classe mundial.

Garantia de golos em Munique
Apesar dos melhores esforços dos "bianconeri" para travarem a máquina goleadora do Bayern, Lewandowski, Müller e companhia prosseguiram a excepcional série do campeão alemão esta época, de marcar pelo menos quatro golos em casa na UEFA Champions League, apesar de esta vez ter precisado de prolongamento.

"Marcámos quatro golos a uma equipa italiana e finalista da época passada", afirmou um orgulhoso Guardiola após o apito final. Podem ter sido necessários 73 minutos para quebrar a resistência da Juventus, mas este resultado frente a uma das melhores equipas europeias a defender vai aumentar a confiança do Bayern para os quartos-de-final – pelo menos no jogo caseiro.

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