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De que forma Guardiola deixou marca no Barcelona

Com Josep Guardiola a reencontrar-se com o Barcelona nas meias-finais da Champions League, o UEFA.com recorda o seu percurso recheado de troféus em Camp Nou.

Josep Guardiola com o troféu da UEFA Champions League após o triunfo em 2011
Josep Guardiola com o troféu da UEFA Champions League após o triunfo em 2011 ©Getty Images

Este artigo foi escrito em Abril de 2012 na sequência da decisão de Josep Guardiola em terminar a passagem de quatro anos como treinador do FC Barcelona. Guardiola prepara-se agora para voltar a Camp Nou pela primeira vez ao serviço do FC Bayern München nas meias-finais da UEFA Champions League.

O impacto do FC Barcelona ao longo das últimas quatro épocas foi tão grande que cada adepto do futebol terá uma imagem própria da equipa de Josep Guardiola nos últimos quatro anos.

A colocação de Lionel Messi a jogar como "falso avançado”, com o argentino de 24 anos a jogar muito adiantado no terreno e permitindo-lhe confundir os defesas e médios adversários com as suas movimentações imprevisíveis, gerou golos em série como raramente foi visto na história do futebol. Talvez seja esta a imagem escolhida por si.

O risco e a emoção de jogar habitualmente com apenas três defesas de forma a ter superioridade numérica no meio-campo e, desta forma, criar mais oportunidades de golo, e a opção mais recente de jogar habitualmente com quatro atacantes são momentos que jamais serão esquecidos por alguns românticos do futebol.

E não podemos esquecer os momentos altos de quatro anos muito produtivos. Roma presenciou em 2009 a uma final da UEFA Champions League marcada pela enorme coragem de uma equipa fustigada por lesões e castigos, mas que disputou todas as bolas com o Manchester United FC.
Esse triunfo permitiu ao Barcelona disputar e vencer o Mundial de Clubes, com Guardiola a não conseguir controlar as emoções após o triunfo no Abu Dhabi. Alguns dirão que foi o momento mais marcante do reinado do treinador de 41 anos.

Ou terá sido Wembley em 2011? Após o triunfo do Barcelona, por 3-1, sobre o Manchester United, antigos futebolistas, treinadores actuais e comentadores respeitados não hesitaram em afirmar que poderíamos estar perante a melhor equipa de todos os tempos.
A filosofia semelhante de Marcelo Bielsa permitiu ao Athletic Club atingir de forma emocionante as finais da Taça de Espanha e da UEFA Europa League. É a mesma escola de futebol. Parece que treinadores, observadores, pais, crianças, jogadores profissionais, todos os que amam o futebol, anseiam aprender e imitar a forma de jogar do Barça, ao estilo de Guardiola.

Apesar da conquista de 13 troféus importantes, para além do título da quarta divisão espanhola como treinador do Barcelona B, e ainda com a Taça de Espanha para disputar face à equipa de Bielsa, o legado mais impressionante poderá ter sido levar milhões de pessoas de todo o mundo a apaixonarem-se pelo futebol.

Todos os que amam estes desporto desejam que seja um "até já" e não um adeus. Raúl González, que teoricamente seria um dos maiores rivais de Guardiola após uma carreira quase totalmente dedicada à causa do Real Madrid CF, mas que na verdade é um amigo e um admirador, resumiu bem o que muitos pensam. "O futebol precisa de Pep Guardiola e de pessoas como ele". Bem pensado, descanse bem "señor" Guardiola e regresse em breve.

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