Real Madrid revigorado

O regresso de Ronaldo e o desejo de colocar um ponto final na crise instalada, na última semana, no Santiago Bernabéu, revigoraram o Real Madrid CF, que bateu o AS Monaco FC, por 4-2, dando, assim, um passo importante em direcção às meias-finais.

Reviravolta
Os madrilenos começaram a perder, mas, com uma segunda parte muito forte, deram a volta ao marcador, chegando ao 4-1. Morientes reduziu a desvantagem e devolveu alguma esperança ao Mónaco na eliminatória.

Figo e Morientes
Raúl Bravo substituiu Roberto Carlos no lado esquerdo, à semelhança do que aconteceu em Munique na ronda anterior, mas a opção correu mal a Queiroz, que se viu obrigado a substituir o lateral, lesionado, aos 28 minutos. Luís Figo foi um dos melhores jogadores em campo, tendo criado muitos desequilíbrios na intermediária francesa, coroando a sua exibição com um golo. No Mónaco, destaque para o regresso de Morientes a Madrid, que cumpriu o prometido, marcado um golo à sua antiga equipa.

Entrada decisiva
O Real entrou melhor em campo, galvanizado pelo seu público e, aos dez minutos, criou a primeira grande oportunidade de perigo. Zidane tirou um excelente cruzamento da esquerda e Raúl, na área, cabeceou fazendo a bola a passar por cima da baliza de Roma.

Cautelas defensivas
Mas foi o Mónaco que esteve mais perto do golo. Giuly, numa jogada rápida de contra-ataque, passou por Helguera e Casillas e, com a baliza pela frente, rematou fraco, permitindo que Míchel Salgado salvasse em cima da linha de golo. Os monegascos mostravam, assim, que não queriam apenas defender o empate, obrigando o Real Madrid a cautelas defensivas.

Silêncio no Bernabéu
E, apesar de ser o Real Madrid quem mais atacava, tendo estado perto de inaugurar o marcador por duas vezes, numa das quais por Ronaldo, após um grande cruzamento de Figo, foi o Mónaco quem se adiantou no marcador, silenciando o Bernabéu. Em mais uma jogada de contra-ataque, a defesa madrilena não conseguiu aliviar a bola e esta caiu nos pés de Sébastien Squillaci que marcou, à boca da baliza, dando vantagem à equipa do principado ao intervalo.

Igualdade
A segunda parte começou com o golo da igualdade. David Beckham apontou um pontapé de canto da esquerda e Helguera apareceu no meio da defesa a cabecear para o fundo da redes. Um golo que repôs alguma justiça no marcador e galvanizou a equipa da casa, que partiu à procura da vantagem, conseguindo que o seu meio-campo se impusesse através de grandes jogadas de Luís Figo, um dos mais inconformados.

Sempre Figo
Figo que esteve na origem do segundo golo e apontou o terceiro. Aos 70 minutos, Zidane recebeu um passe do lado esquerdo e serviu o português, que rematou forte, com Roma a sacudir a bola com os punhos para a frente. O número cinco limitou-se a recargar, fazendo a bola entrar entre o poste e o guardião italiano.

Domínio madrileno
O Real dominava agora completamente remetendo o Mónaco à sua defesa. Em mais uma jogada de ataque, Ronaldo trocou as voltas a Squillaci que, na tentativa de desarme, acertou nas pernas do brasileiro. Lubos Michel apontou para a marca de grande penalidade. Flavio Roma adivinhou os intentos de Figo e defendeu o remate do português com uma palmada. Todavia, não conseguiu evitar a recarga vitoriosa do português, que marcou de cabeça.

Marcador fernético
Mas o marcador não parou. Aos 81 minutos, foi a vez de Ronaldo marcar. O dianteiro brasileiro recebeu um passe a rasgar de Zidane e, já dentro da área, rematou rasteiro e cruzado de pé esquerdo, ao poste mais distante da baliza de Roma. Antes do apito final, o Mónaco reduziu. Morientes marcou à sua antiga equipa, num excelente cabeceamento, após um cruzamento de Plašil.