In The Zone: Como Newcastle e Barcelona apostaram na velocidade e na movimentação dos extremos
sexta-feira, 19 de setembro de 2025
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O observador técnico da UEFA, Sir Gareth Southgate, analisa a forma como ambas as equipas utilizaram os seus jogadores mais abertos nas alas durante o encontro da primeira jornada.
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"A ameaça óbvia de ambas as equipas é a velocidade nas alas", disse o observador técnico da UEFA, Sir Gareth Southgate, durante o emocionante jogo da UEFA Champions League entre Newcastle United e Barcelona na noite de quinta-feira.
Para Southgate, foi uma partida que destacou acima de tudo a importância dos extremos rápidos no futebol de elite – um ponto que será explorado na análise que se segue, trazida pela FedEx.
Velocidade e intensidade do Newcastle
O desejo do treinador da casa, Eddie Howe, era "criar um ambiente difícil" para o Barcelona e para o seu "futebol de alta voltagem". E se o Newcastle aplicou uma intensidade impressionante nos seus esforços para ganhar a bola, especialmente no início, também demonstrou ser uma ameaça com a sua velocidade elevada, procurando atacar os espaços usando os extremos.
Anthony Elanga, em particular, foi uma ameaça para o Barcelona na direita, e os seus cruzamentos levaram a duas boas oportunidades de golo na primeira parte - uma para Harvey Barnes (mostrada abaixo), outra para Anthony Gordon.
"Para o Newcastle, a chave foram as situações rápidas de contra-ataque do bloco médio/baixo, o que deu espaço para o Elanga explorar as costas da linha defensiva do Barcelona, deixando-o em várias situações de um para um", explicou Southgate.
O exemplo de Barnes ilustra a importância da boa movimentação do extremo do lado contrário, atacando o segundo poste quando o cruzamento vem do outro lado. Foi essa a origem do golo tardio do Newcastle, marcado por Gordon, após vir do centro para a ala esquerda.
"A capacidade de chegar à área é crucial para um extremo", acrescentou Southgate. "Aparecer ao segundo poste permite ficar numa posição privilegiada para marcar vários golos por época."
Extremos do Barcelona brilham
Os extremos do Barcelona destacaram-se em St. James' Park, com Marcus Rashford a marcar dois golos, e o vídeo acima fornece dois exemplos.
No primeiro clipe, Raphinha aparece a encontrar espaço na ala e a conduzir a bola já bem dentro do meio-campo do Newcastle. Isto permitiu ao Barcelona organizar os seus ataques bem lá à frente e num desses lances Rashford cabeceou para o golo inaugural.
"Extremos que entram para o centro da área costumam ser um grande problema para os defesas, uma vez que os laterais podem não ter a certeza até onde devem ir com eles", salienta Southgate, que destacou ainda o as trocas por parte do Barcelona – como se viu no segundo clipe, com o passe cruzado de Rashford para Raphinha. "Muitas vezes, para o Barcelona, a solução para sair da pressão foi variar o flanco, deixando Raphinha ou Rashford em posições de um para um nas alas."
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"A velocidade e a capacidade de ultrapassar os adversários no um para um, seja por dentro ou por fora, parecem estar a ressurgir e a ser cruciais nas equipas de topo. Acredito que a capacidade de dominar esse um para um se esteja a tornar se cada vez mais importante também para os defesas. Muitas equipas de topo jogam homem a homem na defesa, subindo para pressionar alto, o que faz com que a velocidade seja um atributo importante também para os defesores."
O Observador Técnico da UEFA, Sir Gareth Southgate, foi um defesa e médio que disputou 57 jogos pela selecção principal da Inglaterra. Southgate deixou de jogar e passou a treinar no Middlesbrough em 2006, depois treinou a selecção inglesa sub-21 antes de assumir a selecção principal em 2016. Levou a sua selecção às meias-finais do Mundial de 2018 e à final dos EUROs 2020 e 2024.