In The Zone: como as movimentações do Paris confundiram o Inter
domingo, 1 de junho de 2025
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O Grupo de Observadores Técnicos da UEFA destaca a fluidez impressionante do jogo do Paris Saint-Germain na vitória frente ao Inter na final da Champions League.
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Houve muito para aplaudir na exibição sensacional do Paris Saint-Germain na final da UEFA Champions League, em Munique – e, para o Grupo de Observadores Técnicos da UEFA, o ponto de partida foi a sua excelente fluidez de movimentos.
As rotações posicionais da equipa de Paris causaram sérias dificuldades ao Inter, como é realçado na análise que se segue à sua vitória recorde por 5-0, levada até si pela FedEx.
Como disse o Observador Técnico da UEFA, Ioan Lupescu: "Temos de destacar a rotação posicional dos jogadores do Paris – os alas, os avançados e também Achraf Hakimi, que por vezes aparecia como avançado. Havia muita mobilidade em comparação com o Inter, que era mais rígido na abordagem."
Mobilidade impressionante do Paris devasta o Inter
O vídeo acima mostra os três primeiros golos do Paris e o primeiro golo reforça o ponto de Lupescu ao mostrar o lateral-direito Hakimi perfeitamente posicionado como avançado-centro para concretizar o cruzamento de Désiré Doué.
Esta fluidez tem sido uma constante nas exibições do Paris esta temporada, atraindo a atenção do Grupo de Observadores Técnicos da UEFA mais do que uma vez – como, por exemplo, nesta análise à sua vitória na meia-final frente ao Arsenal.
Como disse Doué, o Melhor em Campo: "Penso que parte da nossa força enquanto equipa é termos muitos jogadores versáteis que podem jogar em diferentes posições. Esta noite comecei pela direita e, como viram, mexemo-nos bastante durante a partida."
"A forma como coordenam os seus movimentos cria essa fluidez com a bola", acrescentou o observador técnico da UEFA, Jan Peder Jalland, que explicou que "todas as rotações e trocas de posições fizeram com que o Inter tivesse dificuldade em saber quem estava a pressionar quem no seu sistema de marcação mais individual".
Se o Inter teve dificuldades em pressionar, o Paris – que começou o jogo com a equipa titular mais jovem de sempre numa final da UEFA Champions League neste século (idade média: 25 anos e 96 dias) – foi "excecional" na intensidade da pressão, de acordo com o treinador Luis Enrique.
Destaque para a forma como o avançado Ousmane Dembélé "pressionou [Yann] Sommer e [Francesco] Acerbi e todos os outros defesas com uma intensidade enorme, o que os impediu de pensar". O resultado, como reconheceu o treinador do Inter, Simone Inzaghi, foi que o Paris foi mais rápido sobre a bola. "Eles pressionaram-nos nas segundas bolas e chegaram lá primeiro", disse.
Para o Paris, a recompensa foi o seu primeiro título europeu numa noite em que fizeram história, tornando-se o 24º vencedor do troféu e com uma margem de vitória recorde em finais da Taça dos Campeões Europeus/Liga dos Campeões.