Árbitro da final pronto para a missão em Munique
quinta-feira, 29 de maio de 2025
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No sábado, o árbitro István Kovács completará o conjunto das finais das competições europeias de clubes quando dirigir o jogo em Munique.
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Este tem sido um ano em cheio para István Kovács.
Há 12 meses, o romeno estava a terminar uma impressionante época de clubes ao apitar o triunfo da Atalanta na UEFA Europa League em Dublin, antes de arbitrar dois jogos no EURO 2024.
Ao mesmo tempo, foi pai pela primeira vez e, apesar do impacto de uma vida familiar atarefada, teve outra excelente campanha em 2024/25, o que o levou a ser nomeado para a final da UEFA Champions League, no sábado, em Munique.
Kovács será o primeiro árbitro a dirigir a final das principais competições de clubes da UEFA, depois de ter apitado a final inaugural da Conference League, em 2022.
Será um momento de orgulho para o árbitro de 40 anos, antigo jogador do terceiro escalão do futebol da Roménia. Kovács fala sobre a nomeação, a sua abordagem aos jogos e o que significa para si a Champions League.
Qual foi a sensação quando recebeu a notícia da sua nomeação?
Foi fantástico receber a chamada do [responsável da arbitragem da UEFA] Roberto Rosetti. Foi um telefonema muito feliz, e é um sentimento avassalador, depois de tantos anos de trabalho árduo, ser premiado com o jogo da maior competição de clubes do mundo.
No início de cada época, sonha-se em arbitrar uma final, a Champions League é o maior objectivo que se pode alcançar e estou muito satisfeito, não só por mim, mas também pelos meus colegas.
Gostaria de agradecer à UEFA, ao Comité de Árbitros, à Federação Romena de Futebol e a todos os que nos ajudaram ao longo do caminho, em especial ao nosso presidente dos árbitros, Kyros Vassaras, que fez um trabalho fantástico nos últimos 11 anos, e ao meu mentor, István Szilágyi, que me acompanha desde que comecei a arbitrar.
Tem sido um ano muito especial para si...
Sim, a chegada do nosso filho, que tem agora dez meses, mudou realmente as nossas vidas de uma forma positiva. Como árbitros, viajamos muito, mas quando chego a casa tento passar todo o tempo com a família. Tenho sorte em poder fazer isso.
Quais as suas recordações preferidas da Champions League ao longo dos anos?
Uma foi em 1997, com o Borussia Dortmund, quando Lars Ricken foi substituído e, com o seu primeiro toque na bola, marcou um golo muito bonito a cerca de 35 metros. O segundo, para mim, foi em 1999, quando o Manchester United virou o resultado mesmo no fim.
Todas as segundas-feiras, costumava assistir a um programa chamado Euro Goals, uma hora de futebol europeu, e ansiava por poder fazer parte desta competição.
O facto de ter jogado futebol a um nível elevado ajuda-o como árbitro?
Fui médio e joguei na terceira divisão, nada mau, e penso que isso pode ajudar a compreender os sentimentos e as emoções dos jogadores. Consigo identificar-me um pouco com o que eles estão a passar em campo. Por vezes, também dá para perceber se um contacto físico foi intencional ou não.
Compreendo muito bem as tácticas e isso é também uma parte importante da nossa preparação. A UEFA fornece análises técnicas aos árbitros, e eu gosto de passar horas a analisá-las.
Claro que a condição física também é importante. O futebol de hoje é muito físico, muito dinâmico e exigente, com muitas transições rápidas, pelo que é importante estar em forma.
Como é a sua preparação no dia de um jogo?
Normalmente, não tomo o pequeno-almoço. Vou com a minha equipa dar uma pequena caminhada de cerca de uma hora, beber um chá e comer umas bolachas.
Por volta da uma hora, almoço, normalmente frango e massa com salada, e depois durmo durante uma a duas horas.
Três horas antes do jogo, levanto-me e ouço música, tomo um duche e faço a barba e depois estou pronto para ir para o estádio, completamente concentrado e pronto para o jogo.
Equipa de arbitragem da final da UEFA Champions League de 2025
Árbitro: István Kovács (Roménia)
Árbitros Assistentes: Mihai Marica e Ferencz Tunyogi (ambos da Roménia)
Quarto Árbitro: João Pedro Silva Pinheiro (Portugal)
Árbitro Assistente de Reserva: Bruno Miguel Alves Jesus (Portugal)
VAR: Dennis Johan Higler (Países Baixos)
Assistente VAR: Catalin Sorin Popa (Roménia)
Apoio VAR: Paulus van Boekel (Países Baixos)
Acha que podia ser árbitro de um jogo? Lançámos a nossa campanha “Be a Referee!” para inspirar os jovens de toda a Europa a assumirem essa função. A campanha faz parte de um programa mais vasto da UEFA para apoiar as federações-membro nas suas actividades de recrutamento de novos árbitros.