Oficial da Champions League Resultados em directo e Fantasy
Obtenha
O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

In The Zone: como Achraf Hakimi inspirou o Paris no triunfo ante o Arsenal

O observador técnico da UEFA, Aitor Karanka, explica como Achraf Hakimi provou ser um dos jogadores mais impressionantes do Paris na vitória sobre o Arsenal na meia-final da UEFA Champions League.

Achraf Hakimi foi o Melhor em Campo no jogo da segunda mão do Paris, frente ao Arsenal
Achraf Hakimi foi o Melhor em Campo no jogo da segunda mão do Paris, frente ao Arsenal Getty Images

Pela segunda vez esta época na UEFA Champions League, o Paris Saint-Germain teve menos posse de bola do que os seus adversários na noite de quarta-feira. No entanto, a sua excelência nas transições foi crucial na vitória por 2-1 no segundo jogo da meia-final contra o Arsenal.

O Grupo de Observadores Técnicos da UEFA já destacou a ameaça do contra-ataque da equipa de Luis Enrique e a análise seguinte, trazida pela FedEx, oferece mais exemplos e sublinha o impacto do Melhor em Campo, Achraf Hakimi.

FedEx Performance Zone

Transições ofensivas do Paris decisivas

Na sua avaliação posterior, Luis Enrique descreveu este como um "jogo diferente" para a sua equipa. Só no Bayern, em Novembro, os seus pupilos tiveram menos contacto com a bola (42%). Além disso, nos seus sete jogos anteriores no Parc des Princes, registaram pelo menos 60% de posse de bola.

O observador técnico da UEFA, Aitor Karanka, observou que a vitória no primeiro jogo em Londres foi um factor decisivo, como disse: "Pode ver-se que parte do plano era saber que o Arsenal viria com tudo e que estariam bem organizados defensivamente e saberiam o que fazer nos momentos em que recuperassem.

O Arsenal atacou com intensidade desde o início e esteve muito bem nas bolas paradas. A responsabilidade de correr riscos era deles, mas quando se tem jogadores na frente com a velocidade dos elementos do Paris e a qualidade que têm no meio-campo, isso significa que, quando tiveram a hipótese de fazer uma transição, muitas vezes criaram perigo."

Como tudo aconteceu
In The Zone: a ameaça de Hakimi

O vídeo acima começa com uma transição na primeira parte que ilustra a velocidade dos anfitriões no contra-ataque e rende uma oportunidade a Bradley Barcola. O primeiro aspecto a considerar é a forma como os jogadores da frente do Paris pressionam, começando com Désiré Doué na esquerda e continuando com Barcola e Khvicha Kvaratskhelia a fecharem Myles Lewis-Skelly, limitando as suas opções e provocando passes errados.

Fabián Ruiz tem então a visão, a clarividência e a capacidade para executar um passe de primeira para Kvaratskhelia. Na perspectiva do Arsenal, porém, veja-se a excelente recuperação de Declan Rice, a correr para negar o golo a Barcola.

O impacto de Hakimi

Hakimi é o foco do segundo clipe, que mostra o golo que marcou para fazer o 2-0 após a arrancada de Kvaratskhelia. Esta é uma equipa do Paris com uma vantagem de dois golos no total neste momento, mas aqui está o seu lateral-direito a juntar-se ao ataque, a lutar pela bola dentro do "D" e depois a produzir uma finalização fantástica, apesar das camisolas vermelhas à sua volta.

Para além do seu terceiro golo nesta campanha europeia, Hakimi foi o segundo jogador em campo com mais desarmes (cinco) e foi o jogador do Paris com mais progressões com bola (11).

Achraf Hakimi brilhou pelo Paris
Achraf Hakimi brilhou pelo ParisAFP via Getty Images

"É uma parte importante das transições com a sua potência e velocidade", acrescentou Karanka, sublinhando que Hakimi conseguiu mais progressões de alta intensidade do que qualquer outro jogador em campo (1,2 km). Vemos um exemplo no terceiro clipe, quando avança de longe, abrindo espaço para Kvaratskhelia, que corta para dentro antes de combinar com Ruiz para criar uma chance para Ousmane Dembélé.

Reflexões de Karanka: as transições ofensivas

Que lições pode um treinador aprender com as transições de alta velocidade de Paris? A primeira, segundo Karanka, é a necessidade de velocidade. "Nas transições, a velocidade é fundamental e vemos jogadores cada vez mais rápidos e mais potentes", disse. "Se olharmos para o Paris, não são apenas os avançados — têm um jogador muito poderoso no meio-campo, como Fabián Ruiz, João Neves é muito rápido e, especialmente, os laterais Nuno Mendes e Hakimi são realmente rápidos."

Outro factor fundamental é a organização, explica Karanka: "Se não estiver bem organizado defensivamente, é difícil recuperar a bola e, por isso, é necessário trabalhar a sua organização defensiva para poder reconquistá-la. Na fase defensiva, os seus jogadores de ataque precisam de estar preparados para que, assim que a bola for recuperada, consigam reagir imediatamente."

"Portanto, isto é algo a salientar quando se trabalha com jogadores jovens: eles precisam de estar atentos e alerta. Por último, não se trata apenas dos jogadores de ataque – é preciso convencer todos os seus jogadores de que têm um papel a desempenhar, e Hakimi é um óptimo exemplo disso."