In the Zone: exibição total de Kane desequilibra Leverkusen
quinta-feira, 6 de março de 2025
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Ioan Lupescu e Rafa Benítez, observadores técnicos da UEFA, analisam o impacto de Harry Kane, avançado do Bayern, frente ao Leverkusen.
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Com poucas palavras, Ioan Lupescu destacou algo essencial sobre Harry Kane momentos após o final do jogo da UEFA Champions League entre Bayern e Leverkusen, na quarta-feira. "Tem sangue frio", disse Lupescu sobre um dos principais avançados-centro desta era, que "neste tipo de jogo é sempre influente".
Kane tinha acabado de bisar e ajudar o Bayern a ganhar uma vantagem de 3-0 neste duelo 100 por cento alemão nos oitavos-de-final. Pelo meio, o inglês chegou aos 31 golos pelo Bayern esta época, todas as competições incluídas, a sétima vez na sua carreira em que atinge a marca dos 30 golos.
Na análise que se segue, trazida pela FedEx, Lupescu e Rafa Benítez, Observadores Técnicos da UEFA, analisam os golos de Kane frente ao Leverkusen e destacam vários aspectos que sublinham a sua excelência contínua.
Ajudar a construir jogo...
O primeiro ponto a destacar no golo inaugural de Kane é como ajuda na construção da jogada. Como se vê no vídeo acima, segura a bola a meio-campo e depois solicita Michael Olise no flanco. "Mesmo sob pressão, ele quase nunca perde a bola", disse Lupescu sobre esta faceta do jogo de Kane.
Já Benítez refere que Kane sempre se destacou quando recua no terreno, para zonas entre-linhas, para combinar com os colegas. "Quando se joga com um falso Nº9 e extremos bem adiantados, eles podem ter espaço para explorar nas costas da defesa quando os centrais sobem para manter a marcação ao avançado. O Kane não se dá à marcação e assim está a contribuir para o jogo ofensivo", disse o espanhol.
…e depois finalizar jogadas
Centrando atenção no golo propriamente dito, ele resume-se ao "instinto matador de um grande atacante", segundo Lupescu. "Ele consegue prever o que pode acontecer, neste caso um cruzamento, e antecipa-se a [Nordi] Mukiele", continuou. O vídeo mostra essa acção em todo o seu esplendor, cabeceando para o poste mais distante.
Em declarações à TNT Sports, o avançado inglês, eleito Melhor em Campo, comentou o seu desempenho: "Estou sempre a dizer ao Mike [Olise] para colocar a bola na área que eu, seja como for, vou aparecer para finalizar. Foi o que aconteceu e não podia estar mais satisfeito".
Excelência de Kane nos penáltis
Mas não é só com a bola em movimento que Kane se distingue, como se viu no seu segundo golo, o seu 30º penálti convertido de forma consecutiva, entre clube e selecção, 21 deles ao serviço dos bávaros.
A técnica que emprega, travando ligeiramente a corrida antes de rematar a bola, fez lembrar os dois penáltis convertidos frente ao GNK Dinamo na Jornada 1. "Por vezes, agora espero que o guarda-redes dê um passo em frente e só depois remato, já que isso dificulta a sua acção para defender", comentou na altura. A este propósito, Benítez disse: "Ele não tira os olhos do guarda-redes e espera até ao último instante, forçando-o a agir primeiro, e para isso muito contribuir aquela ligeira suspensão do movimento antes do remate".
Lição importante: Harry imperial pelo ar
Para concluir esta análise sobre o impacto de Kane, voltemos ao excelente golo de cabeça, com Benítez a enumerar os principais aspectos a ter em conta. "Ele não espera pela bola; vai ao encontro dela, escapando à marcação. Isso é uma óptima movimentação e a finalização é digna de um ponta-de-lança de excelência".
Para os treinadores que trabalham com equipas jovens, vale a pena sublinhar estes três aspectos:
• Anticipação
• Movimentação
• Finalização
Finalmente, para mais informações sobre cruzamentos e a melhor forma dos avançados os abordarem, leia a opinião de Ole Gunnar Solskær.
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