In the Zone: como as transições do Barcelona e a bravura da Atalanta foram recompensadas
quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
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O observador da UEFA, Cristian Chivu, analisa o emocionante empate 2-2 entre Barcelona e Atalanta na Jornada 8.
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"Adorei ouvir os nossos adeptos a celebrar", disse Gian Piero Gasperini, treinador da Atalanta, após o emocionante empate da sua equipa, frente ao Barcelona (2-2) na noite de quarta-feira. Contudo, não foram somente os adeptos da Atalanta que tiveram motivos para celebrar após um embate na Champions League que mostrou a qualidade ofensiva de ambas as equipas – um jogo marcado pela fluidez ofensiva, com os jogadores a alternarem posições, a combinarem de forma inteligente e a avançarem no terreno a um ritmo acelerado.
O jogo rápido e ofensivo foi predominante em ambas as equipas e esta análise trazida pela FedEx começa com um exemplo do Barcelona a fazer exactamente isso.
No primeiro clipe acima, vemos os jogadores do Barça a partirem de trás e depois com um lançamento de Wojciech Szczęsny para Lamine Yamal, que se deslocou para a direita. O jovem produziu uma maravilhosa jogada de improvisação – um toque de peito para Robert Lewandowski – e graças a esta combinação entre os dois, Yamal escapou, cortando por dentro do defensor enquanto avançou para o interior e quase libertando Raphinha, que terminou com uma excelente intervenção de Marten De Roon.
Há demasiados pormenores para admirar e Cristian Chivu, o observador da UEFA, aplaudiu o Barcelona por "tentar tirar partido das transições rápidas com a velocidade e qualidade de Yamal e Raphinha".
Embora esta sequência tenha sido na primeira parte, foi depois do intervalo que o Barcelona recorreu cada vez mais a ataques rápidos deste tipo, como observou o lateral Jules Koundé: "É uma equipa [a Atalanta] que pressiona muito bem e joga no um-contra-um e é por isso que é difícil encontrar espaço. Na segunda parte jogámos melhor, encontrámos mais soluções e adaptámo-nos."
Com a marcação individual em todo o campo, a Atalanta dificultou o controlo do ritmo do jogo pelo Barcelona até então e o treinador da casa, Hansi Flick, admitiu: "Na segunda parte, queríamos fazer as coisas um pouco diferentes, pelo que o primeiro golo foi assim."
O primeiro golo é mostrado no segundo clipe, que começa com o Barcelona a construir novamente a partir da defesa. Os princípios são os mesmos: uma bola para o lateral Alejandro Balde; o passe directo para Lewandowski; depois o seu toque rápido a desmarcar Raphinha. Por fim, após o primeiro cruzamento do brasileiro, Yamal – com a sua qualidade individual – fez o resto.
Em suma, trata-se de passes rápidos e de jogadores a atacar espaços e isso causou problemas à Atalanta, como reflectiu o capitão De Roon. "Na segunda parte, o Barcelona entrou forte – [foram] mais directos com os avançados", disse. "Com o espaço que deixámos atrás, estávamos com um pouco de dificuldade. Mas tentámos atacar nas costas da defesa e não baixámos a cabeça."
De facto, o terceiro e último clipe, mostrando a jogada da Atalanta antes do segundo golo do empate, capta muito do que foi impressionante na equipa visitante, que reagiu duas vezes para conquistar um ponto. Para citar Chivu mais uma vez: "A Atalanta mostrou coragem, sobrecarregando e criando superioridade em ambos os lados do campo, com movimentações atrás da linha defensiva dos laterais, médios e avançados."
Neste caso, é a corrida de Mario Pašalić que se revela decisiva. Como mostra o vídeo, o jogador envolve-se inicialmente após passe de Giorgio Scalvini antes de passar a bola a Juan Cuadrado na direita. Veja o movimento depois, quando Pašalić corre por trás e recebe o passe brilhante de De Roon para empatar. Com um jogo ofensivo deste calibre, o capitão da Atalanta esteve acertado ao concluir: "Penso que deve ter sido um jogo agradável de se ver."