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Análise de desempenho na Champions League: o poder da pressão do Liverpool

O observador técnico da UEFA, Rafa Benítez, ficou impressionado com a intensidade e a concentração da pressão do Liverpool em San Siro.

 Cody Gakpo e Dominik Szoboszlai festejam o  primeiro golo do Liverpool em Milão
Cody Gakpo e Dominik Szoboszlai festejam o primeiro golo do Liverpool em Milão Getty Images

Na vitória sobre o Milan em San Siro, esta semana, o Liverpool fez uma exibição notável tanto pela intensidade sem bola como pela qualidade do trabalho com ela.

Com isso, os observadores técnicos da UEFA ficaram impressionados com os seus passes de penetração e, sem ela, com a agressividade evidenciada na pressão.

Performance: a movimentação do Liverpool

Para começar com a sua abordagem à posse de bola, este vídeo mostra a excelente movimentação dos jogadores para áreas de recepção, como quando Luis Díaz se desloca habilmente para dentro para receber o passe. Da mesma forma, vemos Ryan Gravenberch encontrar Dominik Szoboszlai no espaço entre as linhas e o gráfico abaixo destaca a proeminência do húngaro em entrar em posições de ataque para a recepção.

Este gráfico das recepções em linha dos jogadores do Liverpool no meio-campo do Milan mostra que Szoboszlai – que, com oito, teve o dobro do número de recepções do jogador que se lhe seguiu – esteve especialmente activo para chegar aos passes no último terço.

Para mudar o foco para o jogo do Liverpool sem ser em posse de bola, Rafa Benítez, antigo treinador dos Reds e observador da UEFA no jogo de terça-feira, identificou não só a intensidade da pressão, mas também a forma como esta era concentrada.

E explicou: "O Liverpool teve uma ideia clara de pressionar alto desde o início, desde os pontapés-de-baliza do Milan e até mesmo em jogo aberto. Estavam muito bem organizados na forma como procuravam empurrar o adversário para uma determinada zona e depois pressioná-lo aí. Viram isso como uma oportunidade para recuperar a bola e atacar a partir daí".

Performance: a pressão do Liverpool

Neste primeiro exemplo, vemos o Liverpool a pressionar após um pontapé de baliza do Milan, com três jogadores posicionados no centro. Um deles, Diogo Jota, pressiona o guarda-redes Mike Maignan na tentativa de o obrigar a colocar a bola na esquerda. Embora o Milan consiga colocar a bola no lado oposto, aí encontra Cody Gakpo a fechar rapidamente, destacando-se a sua capacidade de antecipar a acção que ia ser feita e responder de forma rápida.

Neste segundo vídeo, Maignan coloca a bola na esquerda, para Strahinja Pavlović, mas com Mohamed Salah e Trent Alexander-Arnold a pressionarem esse flanco, faz um passe ainda mais longo, na direcção de Rafael Leão. Como mostra o vídeo, para se posicionar dessa forma naquela zona do terreno, o Liverpool estava preparado para deixar Ibrahima Konaté em duelo directo com o avançado do Milan.

Por fim, este mapa que mostra a pressão no meio-campo adversário sublinha a dimensão do trabalho do Liverpool pela direita no último terço. Foram feitas seis pressões no quadrado direito do topo do campo, mas apenas uma no lado oposto. Em suma, como disse Benítez, foi uma pressão muito direccionada, realizada com um objectivo claro e que garantiu uma noite desconfortável para os anfitriões.