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Carlo Ancelotti, treinador do Real Madrid, fala do seu legado na UEFA Champions League e de defrontar o Dortmund na final

"Senti as maiores emoções nesta competição", diz Carlo Ancelotti ao UEFA.com, numa altura em que tenta conquistar o feito sem precedentes de conquistar a quinta Taça dos Campeões como treinador.

Carlo Ancelotti procura a quinta vitória como treinador na UEFA Champions League
Carlo Ancelotti procura a quinta vitória como treinador na UEFA Champions League Getty Images

Não há muitas figuras mais associadas à glória na UEFA Champions League do que Carlo Ancelotti. O italiano venceu a competição quatro vezes, mais do que qualquer outro treinador, e tem a oportunidade de juntar uma sétima medalha de vencedor à sua colecção, que inclui duas dos tempos de jogador, quando a sua equipa do Real Madrid defrontar o Dortmund na final, no Estádio de Wembley, a 1 de Junho.

Preparativos para a final

Em declarações ao UEFA.com, o técnico de 64 anos faz uma retrospectiva do que alcançou até agora e explica o que o Real Madrid espera do quarto adversário da época proveniente da Bundesliga, em Londres.

Sobre a época do Real Madrid

O principal atributo que a equipa tem demonstrado este ano é uma atitude coesa, bem como a concentração e o trabalho de equipa. Apesar de algumas dificuldades no início, foi uma excelente época e a união e o profissionalismo do grupo permitiram-nos ultrapassar todos os desafios.

Existe um equilíbrio entre os jogadores mais velhos, que dão o exemplo, e os mais jovens, que têm uma qualidade extremamente elevada. Isto permitiu ao clube passar por esta fase de transição, na qual ainda nos encontramos.

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Sobre as suas estrelas experientes

O Nacho cresceu aqui. Passou pela equipa de juniores, por isso viveu essa época. Nem sempre foi titular, mas todos os anos foi conseguindo construir a sua identidade um pouco mais até chegar a capitão. É um grande exemplo de concentração e profissionalismo.

Toni Kroos continua a ser uma força poderosa, tal como Luka Modrić. Continuam a ser jogadores cruciais na equipa, embora, desde que entraram os mais jovens, talvez dependamos um pouco menos deles agora. O que importa é a sua qualidade e não a quantidade, e ambos fizeram uma excelente época.

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Sobre o desafio que representa o Dortmund

Em primeiro lugar, merecem estar na final porque fizeram grandes exibições nas rondas anteriores, derrotando equipas muito fortes como o Atlético de Madrid e o Paris. É uma equipa muito sólida e unida, com grandes jogadores. A sua exibição defensiva contra o Paris surpreendeu-me.

Estamos muito contentes por disputar mais uma final. Os nervos vão aparecer, mas o nosso objectivo é deixá-los aparecer o mais tarde possível. Temos de aproveitar este momento, este grande jogo, o jogo mais bonito do ano, e também o mais bonito de se viver.

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Sobre a Champions League

Senti as maiores emoções nesta competição – as minhas maiores emoções positivas e também as minhas maiores emoções negativas. Não posso esquecer a final [de 1984] que perdemos contra o Liverpool quando eu estava na Roma, nem a outra final que perdemos contra o Liverpool em 2005 [como treinador do Milan]. Mas também há muitas lembranças positivas. A paixão certamente prevalece, e é isso que me faz continuar.

Sobre a sua evolução como treinador

É muito importante continuar a aprender porque a vida muda e o futebol muda, pelo que é crucial mantermo-nos actualizados. A relação com os colegas e a troca de ideias com eles também é muito importante. Se eu propusesse o que fazia há 20 anos como treinador, toda a gente me tomaria por parvo, porque as coisas mudam, os métodos e os treinos mudam, por isso é preciso estar a par dos tempos.

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