Aspectos técnicos de discussão na UEFA Champions League
quarta-feira, 28 de junho de 2023
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O painel de Observadores Técnicos da UEFA analisou os principais números da época da UEFA Champions League.
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Os Observadores Técnicos da UEFA reuniram as suas principais conclusões da época da UEFA Champions League – entre as quais se incluem a importância de marcar primeiro e uma evolução contínua da posição de guarda-redes – antes da divulgação do relatório completo.
O primeiro golo conta
Marcar o primeiro golo na UEFA Champions League ajuda bastante a garantir um resultado positivo. Dos 117 jogos realizados em 2022/23 com um ou mais golos, a equipa que marcou primeiro conseguiu pelo menos empatar em 90% das vezes. E, em 88 partidas, quem marcou primeiro acabou mesmo por ganhar.
O observador Packie Bonner salientou que o primeiro golo teve uma importante componente psicológica: "Dá confiança à equipa e os jogadores ficam mais livres para fazer o seu jogo." Do ponto de vista dos adversários, pelo contrário, precisam frequentemente de ajustar o seu plano de jogo e podem tornar-se mais vulneráveis quando partem na busca do empate.
Guarda-redes
A evolução da posição de guarda-redes continua com André Onana, do Inter, menos guarda-redes do que médio-central, às vezes, de acordo com Roberto Martínez, reflectindo sobre o impressionante alcance de passe do camaronês. Os guarda-redes estão cada vez mais a assumir posições mais altas no campo, pois ajudam a construir jogo e Onana incorporou essa mudança na final – uma das cinco partidas na campanha do Inter em que completou 30 ou mais passes.
Um dos passes que fez na final resumiu o impacto que teve quando conduziu a bola para Lautaro Martínez no meio-campo adversário, levando atrás seis jogadores do City de modo a ajudar a criar uma oportunidade de golo para Romelu Lukaku.
Estatística-chave
André Onana completou 30 ou mais passes em cinco jogos
Alteração da táctica
Foi habitual ver os médios-defensivos caírem entre os defesas-centrais e os laterais entrando pelo meio-campo, e o tópico da fluidez ganhou uma nova variação graças à colocação que Pep Guardiola fez de John Stones como médio, com o defesa-central de raiz a posicionar-se ao lado de Rodri quando o City tinha a posse de bola e sua formação mudou para um 1-3-2-4-1.
O observador da UEFA, David Adams, reflectiu: "Há muito mais troca de posições e o objectivo é criar superioridade numérica na linha defensiva para construir jogo ou na linha média para se tentar colocar a bola no último terço."