Factos: Milan - Inter
quarta-feira, 3 de maio de 2023
Sumário do artigo
Encontros anteriores, guia de forma, ligações e curiosidades sobre este embate da primeira mão das meias-finais da UEFA Champions League.
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Pela terceira vez na história, a UEFA Champions League vai ter um dérbi de Milão numa eliminatória, com o Milan, sete vezes campeão europeu, a enfrentar o vizinho Inter, última equipa italiana a erguer o troféu, na primeira mão das meias-finais, em San Siro, estádio que as equipas partilham.
O Milan apurou-se nos dois anteriores embates europeus com o vizinho, um dos quais nesta mesma fase da prova, em 2002/03, época em que acabaria por conquistar o título.
O Inter está nas meias-finais pela primeira vez desde que conquistou o título europeu de clubes pela terceira na sua história, em 2009/10, enquanto o Milan chegou à sua primeira meia-final em 16 épocas – embora tenha um notável registo de apuramentos nas últimas nove presenças nesta fase.
Os Rossoneri vão disputar a segunda eliminatória seguida entre italianos, depois de terem eliminado o Nápoles nos quartos-de-final; quanto ao Inter, superou duas equipas portuguesas nesta fase a eliminar: Porto e Benfica.
Confrontos anteriores
Esta é então a terceira eliminatória entre as duas equipas na UEFA Champions League, com o Milan a ter vencido as duas anteriores, rumo a presenças na final.
Nas meias-finais de 2002/03, o Inter de Héctor Cúper empatou 0-0 na primeira mão, para a qual foi como equipa visitante. Depois, Andriy Shevchenko (45+1) abriu o marcador para o Milan na segunda mão. Obafemi Martins, aos 84 minutos, ainda empatou, mas o Inter não conseguiu marcar novamente e acabou eliminado devido aos golos fora.
O Milan, então treinado por Carlo Ancelotti, venceu depois outra equipa italiana, a Juventus, na final, em Old Trafford, levando a melhor no desempate por penáltis depois de um nulo ao fim de 120 minutos.
Shevchenko também marcou quando Milan e Inter se reencontraram nos palcos europeus, nos quartos-de-final de 2004/05, aumentando a contagem depois de Jaap Stam abrir o activo. Ainda treinado por Ancelotti, o Milan venceu assim 2-0 em casa na primeira mão frenta a um Inter orientado por Roberto Mancini. Na segunda mão foi decretada uma vitória por 3-0 do Milan na secretaria.
Os Rossoneri acabariam por perder a final dessa edição da prova na memorável final de Istambul contra o Liverpool.
Ao todo, contando os embates internos, as duas equipas enfrentaram-se em 219 partidas até à data, com 81 vitórias para o Inter – incluindo três nos quatro últimos encontros – e 71 do Milan; houve 67 empates.
Os embates desta época para a Serie A foram ganhos pela equipa que tinha o estatuto de anfitriã: Rafael Leão bisou na vitória por 3-2 do Milan a 3 de setembro. Depois, na segunda volta, Lautaro Martínez marcou para o Inter o único golo da partida, a 5 de Fevereiro.
A Inter também levou a melhor na última disputa a duas mãos entre os dois clubes, vencendo por 3-0 nas meias-finais da Taça de Itália da última temporada. Depois de um empate 0-0 fora, dois golos de Lautaro Martínez e um de Robin Gosens selaram o apuramento.
Essa foi a oitava eliminatória a duas mãos da Taça de Itália e a terceira ganha pelo Inter, contra cinco ganhas pelo Milan.
Esta é a 31ª eliminatória da UEFA Champions League entre clubes do mesmo país, sendo que os quartos-de-final do Milan frente ao Nápoles foram os primeiros desde que o Chelsea venceu o Manchester City por 1-0 na final de 2021.
O Milan disputou – e venceu – todas as quatro eliminatórias anteriores 100 por cento italianas da história da UEFA Champions League (duas ao Inter, uma à Juventus e outra ao Nápoles, já esta época).
Juntando todas as competições europeia de clubes, esta é a 17ª eliminatória totalmente italiana; antes do embate entre Milan e Nápoles desta época, a mais recente tinha sido entre Fiorentina e Roma, nos oitavos-de-final da UEFA Europa League 2014/15 (1-1 c, 3-0 f para os de Florença).
Guia de forma
Milan
Esta é a 13ª presença do Milan em mais finais da Taça dos Campeões/UEFA Champions League: o seu registo é de 9 apuramentos e 3 eliminações.
Só Real Madrid (32), Bayern (20) e Barcelona (17) têm mais presenças em meias-finais.
Desde que a UEFA Champions League ganhou a sua actual designação, esta é a sétima presença do Milan em meias-finais, igualando o recorde da Juventus no que a formações italianas diz respeito.
O Milan levou a melhor em oito das últimas nove meias-finais da prova que disputou.
Na temporada passada, a equipa de Stefano Pioli terminou no último lugar do Grupo B, atrás de Liverpool, Atlético de Madrid e Porto, com quatro pontos somados, tendo a sua única vitória sido um triunfo por 1-0 em Madrid, na quinta jornada.
O Milan é o único conjunto italiano a ter vencido a UEFA Champions League mais do que uma vez desde que a prova adquiriu a sua actual designação, tendo triunfado em 1994, 2003 e 2007.
O Milan venceu na época transacta o seu primeiro título da Serie A desde 2010/11. Foi o 19º da história do clube.
Esta época, o Milan somou dez pontos no Grupo E para terminar três atrás do Chelsea – contra o qual perdeu por 3-0 em Stamford Bridge e por 2-0 em San Siro – conquistando o segundo lugar graças às vitórias por 4-0 em cada um dos últimos dois jogos, no terreno do Dinamo Zagreb e em casa frente ao Salzburgo.
Afastou de seguida o Tottenham nos oitavos-de-final, com o golo de Brahim Díaz aos sete minutos na primeira mão em San Siro a chegar para fazer a diferença. Depois, afastou o Nápoles com um total de 2-1 na soma das duas mãos: Ismaël Bennacer marcou o único golo da primeira mão, em Milão, e na segunda mão Olivier Giroud ampliou a vantagem dos milaneses na eliminatória antes de o Nápoles empatar o jogo à beira do fim.
O Milan esteve 596 minutos seguidos sem sofrer golos nesta Champions League antes de sofrer o golo do Nápoles, perto do fim da segunda mão dos quartos-de-final.
O Milan venceu apenas sete dos últimos 23 jogos da UEFA Champions League (E7 D9). Cinco dessas vitórias foram já esta época. Ganhou seis vitórias dos últimos 17 jogos em casa, da fase de grupos à final (E6 D5), e um dos últimos sete fora de portas (E3 D3).
Os Rossoneri venceram quatro dos últimos seis jogos em casa nas eliminatórias da UEFA Champions League (E1 D1), sofrendo apenas um golo. Venceram cinco de seus 11 jogos contra clubes italianos nas competições da UEFA, perdendo apenas um. Essa única derrota foi contra o Parma, na segunda mão da SuperTaça Europeia de 1994 (1-0 f, 0-2 c).
Essa é a única derrota do Milan em cinco eliminatórias a duas mãos contra equipas da Serie A nas provas europeias.
Inter
O registo do Inter em meias-finais da Taça dos Campeões/UEFA Champions League é de 5 apuramentos e 3 eliminações.
Apuraram-se em quatro das primeiras cinco meias-finais que disputaram, mas foram eliminados em duas das últimas três.
Esta é a 16ª participação dos nerazzurri na UEFA Champions League desde que a prova ganhou esta designação e a quinta consecutiva. Está pela 12ª vez na fase a eliminar.
A equipa de Simone Inzaghi pôs fim a uma série de três eliminações consecutivas na fase de grupos na época passada, ao terminar no segundo lugar do seu grupo, atrás do Real Madrid, chegando aos oitavos-de-final pela primeira vez desde 2011/12. Foi, depois, afastado nessa fase pelo Liverpool. Perdeu 2-0 em casa na primeira mão e ganhou 1-0 na segunda, em Inglaterra.
A campanha do Inter no Grupo C desta temporada começou e terminou com derrotas por 2-0 contra o Bayern, mas pelo meio não somou qualquer derrota, obtendo dez pontos, fruto de uma vitória e um empate com o Barcelona (1-0 c, 3-3 f) e de duas vitórias sobre o Viktoria Plzeň.
O clube de Milão ultrapassou depois o Porto nos oitavos-de-final, vencendo por 1-0 em Milão antes de segurar um nulo em Portugal, e voltou a eliminar uma equipa lusa nos quartos-de-final. Ganhou 2-0 em Lisboa frente ao Benfica antes de empatar 3-3 em Milão com as águias, num jogo em que vencia por 3-1 aos 86 minutos.
O Inter terminou no segundo lugar da Serie A em 2021/22, a dois pontos do Milan.
O Inter só ganhou seis os últimos 17 jogos que disputou fora na UEFA Champions League (E4 D7). Quatro dessas vitórias tiveram lugar nas duas últimas épocas.
O Inter não sofreu golos em seis dos seus últimos nove jogos na UEFA Champions League, incluindo os primeiros três desta fase a eliminar.
O Inter venceu quatro de seus 11 jogos contra clubes italianos nas competições da UEFA. Além dos dois embates com o Milan, disputou outras três eliminatórias a duas mãos, todas na Taça UEFA, e venceu todas. Eliminou a Atalanta nos quartos-de-final de 1990/91 (0-0 f, 2-0 c) e a Roma na final da mesma época (2-0 c, 0-1 f), superando também o Cagliari na temporada 1993/94, nas meias-finais (2-3 f, 3-0 c) a caminho da reconquista do troféu. Levou ainda a melhor sobre a Lazio, por 3-0, na final de 1998 da prova.
O registo do Inter em eliminatórias a duas mãos contra clubes italianos é, portanto, de 3 apuramentos e 2 eliminações, ambas derrotas contra o Milan.
Os Nerazzurri também venceram a Lázio por 3-0 na final da Taça UEFA de 1998, no Parc des Princes, em Paris.
Ligações e curiosidades
Pioli foi treinador do Inter de 8 de Novembro de 2016, quando substituiu Frank de Boer, a 9 de Maio de 2017. O seu reinado começou com um empate 2-2 contra o Milan, a 20 de Novembro de 2016. Sob as suas ordens o Inter venceu 12 das primeiras 16 partidas na Serie A, mas conseguiu apenas dois empates e cinco derrotas nos últimos sete jogos com Pioli no comando.
Hakan Çalhanoğlu foi jogador do Milan entre 2017 e 2021, ano em que ingressou no Inter a custo-zero. Marcou 32 golos em 172 partidas em todas as competições pelos Rossoneri.
Matteo Darmian, defesa do Inter, foi formado no Milan, tendo chegado ao clube em 2000. Estreou-se pela primeira equipa dos Rossoneri com apenas 16 anos, num jogo da Taça de Itália contra o Brescia, em 2006. Foi apenas um dos sete jogos que Darmian fez pelo Milan.
Pioli treinou o defesa do Inter Stefan de Vrij na Lazio entre 2014 e 2016.
O técnico do Inter, Inzaghi, substituiu Pioli na Lazio, inicialmente de forma interina, a 3 de Abril de 2016.
Jogaram juntos:
Simon Kjær e Joaquín Correa (Sevilha 2017/18)
Simon Kjær e Robin Gosens (Atalanta 2019/20)
Alessandro Florenzi e Edin Džeko (Roma 2015–20)
Alessandro Florenzi e Henrikh Mkhitaryan (Roma 2019/20)
Rade Krunić e Federico Dimarco (Empoli 2016/17)
Colegas nas selecções:
Sandro Tonali, Alessandro Florenzi e Francesco Acerbi, Nicolò Barella, Federico Dimarco, Danilo D'Ambrosio, Matteo Darmian, Alessandro Bastoni (Itália)
Divock Origi, Charles De Ketelaere, Alexis Saelemaekers e Romelu Lukaku (Bélgica)
Rade Krunić e Edin Džeko (Bósnia e Herzegovina)
Ante Rebić e Marcelo Brozović (Croácia)
Malick Thiaw e Robin Gosens (Alemanha)
Lautaro Martínez, do Inter, saltou do banco no prolongamento da final do Mundial 2022 pela Argentina contra a França, que contou com Theo Hernández e Olivier Giroud, do Milan.