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Relatório Técnico da UEFA Champions League: O cenário após a regra dos golos fora

A análise dos Observadores Técnicos da UEFA da época 2021/22 da UEFA Champions League analisa os números de quando e como os golos foram marcados e pondera o que mudou após a abolição da regra dos golos fora.

Dárwin Núñez ajudou o Benfica até aos quartos-de-final na época passada
Dárwin Núñez ajudou o Benfica até aos quartos-de-final na época passada Getty Images

Os Observadores Técnicos da UEFA presentes em todos os jogos da UEFA Champions League 2021/22 partilharam as suas análises sobre as tendências crescentes da competição no Relatório Técnico anual.

O UEFA.com foca-se em como o fim da regra dos golos fora de casa pode ter afectado o jogo.

Leia o Relatório Técnico na íntegra (em inglês)

Se a final da Champions League de Maio passado foi a terceira consecutiva decidida com um único golo - a sequência mais longa desde 1978-83 - não faltaram golos no início da competição.

Como atesta o recém-publicado Relatório Técnico da Champions League, os 380 golos marcados na última temporada representaram o terceiro maior total desde que o actual formato de 125 jogos da competição foi estabelecido em 2003/04. Apenas em 2017/18 (401) e 2019/20 (386) foram marcados mais golos.

Quanto à equipa mais prolífica, o Bayern Munique, foi a mais produtiva pelo terceiro ano consecutivo, com 31 golos marcados a uma média de 3,1 por jogo. A seguir ficou o Ajax (2,75), com 22 golos em oito jogos.

Além das estatísticas, o relatório 2021/22 oferece uma análise de como e quando os golos foram marcados – deixamos aqui alguns destaques.

Quando foram marcados os golos... 

Pela primeira vez desde 2018, o período mais produtivo para marcar foi entre os 61 e os 75 minutos. Dito isto, a reta final dos jogos foi altamente significativa, como sempre: 23% dos golos foram apontados entre os 76 minutos e o final do segundo tempo, incluindo os descontos. Esta parcela inclui os 25 golos marcados nesse período – acima dos 18 da temporada anterior.

...e quando é aconselhável marcar

Só para sublinhar a importância dos golos tardios, dez das 21 vitórias na fase a eliminar foram alcançadas com um golo a partir dos 70 minutos. Ao mesmo tempo, a evidência de toda a temporada é que vale a pena marcar primeiro, já que a equipa que fez isso conseguiu pelo menos um empate em 88% das 117 partidas que tiveram um golo ou mais em 2021 /22. A formação que marcou primeiro venceu em 72% dessas ocasiões.

Sem a regra dos golos fora

Por fim, 2012/22 foi a primeira época sem a regra dos golos fora em mais de 50 anos e o relatório da UEFA oferece uma reflexão do painel de Observadores Técnicos sobre o impacto desta mudança.

Diz: "Só o tempo dirá qual o impacto a longo prazo, mas a impressão imediata, para citar Frank de Boer, é que os jogos da primeira mão em 2021/22 foram 'mais atraentes' como consequência das equipas da casa já não estarem tão preocupadas com o custo de sofrer um golo."

Os jogos foram "mais abertos", para citar novamente o relatório, e as eliminatórias mantiveram um padrão visto em seis das nove temporadas anteriores à pandemia (2010-19) com mais golos no segundo jogo do que no primeiro, de acordo com o relatório.

De todos os confrontos a eliminar na última época, apenas a meia-final entre Manchester City e Real Madrid teria sido decidida pela regra dos golos fora de casa, caso ainda estivesse em vigor.

Leia o Relatório Técnico na íntegra (em inglês)

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