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Onde a final da Champions League de 2022 foi ganha e perdida

A equipa de repórteres do UEFA.com junta-se aos treinadores e jogadores de Real Madrid e Liverpool para analisar os acontecimentos no Stade de France.

Thibaut Courtois, do Real Madrid, nega o golo a Mohamed Salah, do Liverpool, na final da UEFA Champions League
Thibaut Courtois, do Real Madrid, nega o golo a Mohamed Salah, do Liverpool, na final da UEFA Champions League Getty Images

Os repórteres do UEFA.com junto das duas equipas, Joe Walker e Matthew Howarth, analisaram onde a final foi ganha e perdida, ao mesmo tempo que apresentamos os pontos de vista dos jogadores e treinadores.

Como foi a final da Champions League

Onde os nossos repórteres pensam que a final foi decidida

Mohamed Salah com a sua medalha  de finalista vencida
Mohamed Salah com a sua medalha de finalista vencidaUEFA via Getty Images

Eficácia do Real Madrid
Como o Manchester City aprendeu da maneira mais difícil nas meias-finais, é preciso precisa aproveitar as oportunidades para ter qualquer oportunidade para ultrapassar esta equipa do Real Madrid. O Liverpool esteve perto do golo em várias ocasiões na final de Paris, mas nunca conseguiu bater Thibaut Courtois, cujas defesas aos remates de Sadio Mané e Mohamed Salah, em particular, foram fantásticas e cruciais. O Real Madrid, por outro lado, marcou na única ocasião de golo de que dispôs.

Frieza sob pressão
Esta foi a terceira final do Liverpool em cinco época, mas, no fim de tudo, o Real Madrid teve a preponderância em momentos-chave do jogo. A equipa de Jürgen Klopp pareceu ter acusado em demasia o golo de Vinícius Júnior e levou tempo a recompor-se, enquanto o Real Madrid mostrava o porquê de nunca ter perdido uma final da era da Champions League – tranquilidade e resiliência sob pressão, mas sempre ameaçador no contra-ataque. Os Reds poderiam ter empatado perto do fim, por Salah, mas o heroísmo de Courtois salvou mais uma vez a equipa.

Matthew Howarth, repórter do Liverpool

Federico Valverde deu trabalho a Andy Robertson
Federico Valverde deu trabalho a Andy RobertsonAFP via Getty Images

Discretos, mas incisivos
Foi uma noite para os heróis menos mediáticos do Real Madrid, que venceram todas as suas batalhas individuais. Vinícius Júnior fez o golo da vitória, mas é preciso também saudar Federico Valverde – a quem foi dada a tarefa de jogar como segundo lateral-direito ou como ala direito. O seu vigor incansável, força e carácter deram origem ao golo – mas não se esquivou às responsabilidades defensivas e foi, provavelmente, a principal razão pela qual Andy Robertson teve pouco impacto no jogo.

O mesmo se aplica a Dani Carvajal: o lateral de 30 anos travou de forma exímia o irrequieto Luis Díaz, protagonizando uma exibição segura que levou à saída do colombiano. Casemiro foi de uma solidez irrepreensível, travando todas as investidas do Liverpool no meio-campo e na parte final esteve em todos os lances e duelos, com os “reds” no assalto final à baliza espanhola.

Courtois salvador
E isto leva-nos a uma das melhores exibições individuais numa final da competição, a de Thibaut Courtois. O belga fez três defesas de nível mundial que – valha a verdade – eram quase impossíveis. Mané e Salah, em particular, vão deitar-se esta noite a pensar como poderia ter sido se na baliza do Real Madrid não estivesse ele.

Joseph Walker, repórter do Real Madrid

Onde os treinadores e os jogadores pensam que a final foi decidida

O treinador do Liverpool, Jürgen Klopp, confirta o capitão Virgil van Dijk após o fim do jogo
O treinador do Liverpool, Jürgen Klopp, confirta o capitão Virgil van Dijk após o fim do jogoGetty Images

Jürgen Klopp, treinador do Liverpool: "O problema é que quando se joga contra o Real Madrid e eles jogam com a defesa tão profunda, a ameaça do seu contra-ataque é imensa. Vi-nos a fazer muitas coisas boas, mas não foi suficiente. Aceitamos isso. Eles marcaram um golo e nós não – essa é a explicação mais fácil no mundo do futebol. É duro, mas há que respeitar isso, obviamente. Quando o guarda-redes é o Melhor em Campo, isso diz alguma coisa. O Courtois fez três defesas incríveis, mas eu claro que queria ter tido mais oportunidades como essa. No último terço, alguns dos cruzamentos que fizemos para a área de Courtois não fizeram muito sentido."

Carlo Ancelotti, treinador do Real Madrid: "Conseguimos algo que ninguém esperava de nós no início da temporada, e conseguimo-lo graças à nossa qualidade, empenho e história. Estava muito confiante à entrada para o encontro porque conheço a atitude dos meus jogadores, principalmente em partidas como esta. A confiança que tínhamos no jogo ajudou-nos a ganhá-lo. Não acho que tenhamos sido tão maus no início do jogo. Não queríamos que eles tivessem tanto a bola na frente, por isso baixámos um pouco as linhas. Era esse o plano que tínhamos preparado.”

Carlo Ancelotti no pódio com os jogadores do Real Madrid após o triunfo na final
Carlo Ancelotti no pódio com os jogadores do Real Madrid após o triunfo na finalGetty Images

"Este foi o título da Champions League mais difícil que já ganhei. A minha equipa foi obrigada a lutar contra o facto de ninguém acreditar que ela seria capaz de ganhar. Criámos uma boa atmosfera e merecemos vencer esta competição. Sofremos, mas nunca desistimos. O segredo foi não dar espaço aos três da frente do nosso adversário. Vencemos, merecidamente, contra uma grande equipa, que não perdeu muitos jogos esta temporada."

Andy Robertson, defesa do Liverpool: "Se formos honestos, reconhecemos que podíamos ter jogado um pouco melhor, especialmente na segunda parte. Não a começámos bem e eles dominaram mais esse momento do jogo. São uma equipa experiente e uma vez na frente, sabem como vencer finais, algo que voltaram a mostrar."

Thibaut Courtois, guarda-redes do Real Madrid: "Para ser honesto, não consigo acreditar na defesa que fiz àquele remate do Salah."