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Bernardo Silva sobre o Benfica, trabalhar com Guardiola e a exigência na Champions League

O médio internacional português recorda os tempos no Benfica, analisa a experiência com Guardiola e a importância de uma competição como a Champions League.

Bernardo Silva durante o jogo com o Leipzig
Bernardo Silva durante o jogo com o Leipzig Getty Images

Bernardo Silva tornou-se numa das principais figuras do Manchester City por direito próprio, após um percurso ascendente, que passou pelo Mónaco após ter sido formado no Benfica.

O médio criativo, em conversa com o UEFA.com abordou a aprendizagem no clube do seu coração, a experiência que tem vivido com o treinador Pep Guardiola e a importância de uma competição como a UEFA Champions League.

Sobre o que significa o Benfica na sua vida

O Benfica é uma grande parte da minha vida. Cresci a ir aos jogos do Benfica com o meu pai e também com os meus amigos. Além disso, joguei no Benfica durante 12 anos, dos sete aos 19. É praticamente metade da minha vida. Quando eu saí, com 19 anos, quase 20, foi uma mudança muito difícil porque eu não estava a contar com isso.

Ainda assim, a mudança para o Mónaco acabou por ser benéfica. No fundo, o Benfica é uma parte importante da minha vida, não só como adepto, mas também, mais tarde, como jogador, o que me ajudou muito a crescer como jogador.

A influência de Chalana

Fernando Chalana teve uma influência positiva na carreira de Bernardo Silva
Fernando Chalana teve uma influência positiva na carreira de Bernardo SilvaIcon Sport via Getty Images

O Fernando Chalana entrou na minha vida como o meu treinador durante uma fase não muito positiva da minha carreira, já que não costumava ser opção. Se não me engano, tinha 15 ou 16 anos. Ele apareceu numa fase em que eu não estava a jogar muito. Quando somos crianças e não jogamos começamos a perder um pouco a confiança, começamos a pensar que não seremos capazes de alcançar o que deseja.

Ele acreditou muito em mim, logo ele que foi um dos melhores jogadores da história do futebol português e do Benfica, a ajudar-me da forma como me ajudou. Foi muito importante.

Depois do Mónaco trabalhar com Guardiola

É difícil e bom ao mesmo tempo trabalhar com ele, porque é um treinador muito exigente. Não deixa os jogadores repousarem. No Barcelona, Bayern de Munique e agora, no Manchester City, está habituado a vencer e, mesmo vencendo ano após ano, nunca desiste. Por isso, mesmo depois de uma temporada em que conquistamos vários títulos, é um treinador que exige sempre mais dos jogadores. Só pensa em vencer.

Tem sido uma experiência muito boa, principalmente no que toca ao nível de ambição desta equipa. Não é fácil, pois a qualidade do plantel é muito alta e a disputa por um lugar na equipa também é muito alta. Ter um treinador que nos leva sempre ao limite é, sem dúvida, muito importante.

A cumplicidade com Pep Guardiola
A cumplicidade com Pep GuardiolaManchester City FC via Getty Ima

A importância da Champions League

A final da época passada foi um duro golpe. Chegar à final e perder não foi fácil, mas são coisas do futebol. Os jogadores do City disputaram dezenas de finais; felizmente, ganhámos mais do que perdemos. O futebol continua.

Quando vencemos, no ano seguinte, estamos lá para ganhar novamente e, quando perdemos, no ano seguinte, estamos lá para tentar ganhar o que não conseguimos. Infelizmente, na Champions League ainda não alcançámos o que pretendíamos, que é vencer a competição.

Vencer esta competição significaria muito para o clube, já que é um troféu que nunca conquistou. Tem dominado claramente em Inglaterra e o título europeu é o que lhe falta, para os adeptos, para os jogadores e, claro, para todos os que trabalham no clube.

A experiência acumulada

A equipa está a ficar cada vez mais experiente, cada vez mais capaz nestas importantes fases, quando chega aos quartos-de-final ou meias-finais e à final, de dar uma boa resposta, porque estas competições são completamente diferentes da Premier League, de uma competição com 38 jogos.

São competições onde os pequenos detalhes fazem a diferença, um pequeno erro pode ditar a eliminação da competição. Precisamos de ser competentes, ter sempre muita concentração e, claro, um pouco de sorte também ajuda.

A presente época

O primeiro jogo foi contra o Leipzig; as equipas alemãs são fisicamente fortes e muito intensas. O Leipzig tem uma equipa muito ofensiva, que nos dá muito espaço mas também nos obriga a correr muito, em jogos sempre com muitas transições.

Resumo: Paris 2-0 Man. City

Felizmente conseguimos vencer em casa. É sempre bom começar com três pontos. Depois fomos a Paris e acho que jogámos melhor do que o Paris Saint-Germain, mas acabámos por perder o jogo diante de uma equipa que tem jogadores que a qualquer momento podem fazer a diferença. Penso que o resultado não reflectiu o que se passou em campo.

No último jogo contra o Brugge, uma equipa forte, que empatou com o PSG e venceu o Leipzig, conseguimos fazer um grande jogo e alcançar uma vitória convincente, que nos coloca numa boa posição para garantirmos a qualificação.

Os pequenos detalhes

É sempre bom ir a Paris e marcar presença nessas grandes noites europeias. Infelizmente não conseguimos vencer mas no ano passado, quando lá fomos, conseguimos triunfar.

São jogos que se decidem em pequenos detalhes: conseguimos ter mais posse de bola, mais oportunidades de golo, mas não aproveitámos. Do outro lado, foram mais eficazes e acabaram por conseguir a vitória.

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