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In the Zone: análise aos desempenhos no Chelsea 1-0 Zenit

A vitória do Chelsea sobre o Zenit, por 1-0, é o primeiro jogo da nossa nova série "In the Zone": o painel do Observador Técnico da UEFA analisa os pequenos detalhes.

In the Zone: Chelsea analysis

O painel do Observador Técnico da UEFA analisa a vitória do Chelsea no Grupo H, por 1-0, em casa, frente ao Zenit, na primeira jornada, num encontro que marcou um início bem-sucedido na defesa do título da UEFA Champions League por parte da equipa de Thomas Tuchel.

No entanto, não foi de todo um passeio noturno de início do Outono no oeste de Londres, apesar do bom arranque do Chelsea na Premier League de 2021/22, prova na qual é um dos líderes. Os ingleses enfrentaram uma equipa do Zenit rápida e forte fisicamente, cuja compacta configuração defensiva frustrou inicialmente os talentos criativos do Chelsea; um adversário com uma mentalidade vitoriosa nascida do seu contínuo domínio na Rússia.

Golos

In the Zone: análise ao Chelsea

1-0: Romelu Lukaku (69)
O golo da vitória, apontado por Lukaku, surgiu depois de a bola ter sido enviada duas vezes consecutivas do flanco esquerdo do campeão europeu para a direita. A sequência de passes culminou com Jorginho a fazer a bola circular de volta para César Azpilicueta; com a defesa do Zenit forçada a baixar, e com Mason Mount e Hakim Ziyech fixando dois defesas, o capitão dos Blues teve tempo para fazer um cruzamento que Lukaku, fugindo ao defesa-central do Zenit, Dmitrii Chistiakov, cabeceou com êxito.

Melhor em Campo

Romelu Lukaku (Chelsea)
O momento crucial do jogo envolveu três homens-chave do lado dos Blues. Tal não deveria ser nenhuma surpresa, dados o esforço já conhecido de Azpilicueta em levar a melhor sobre os oponentes na fase de construção; a inteligência de Jorginho em criar espaço e em circular a bola; e as corridas ameaçadoras de Lukaku e o trabalho de ligação.

O vencedor da votação para o Melhor em Campo da UEFA Champions League nesta magra vitória em Stamford Bridge foi o autor do único golo e o homem do momento, Lukaku.

Este foi o quarto golo do belga de 28 anos desde a sua recente transferência recorde no clube para o Chelsea e, no entanto, no geral, até foi um jogo difícil, com poucas oportunidades de golo para o nº9. Mas quando ela apareceu realmente, Lukaku não perdoou.

Destaques

Resumo: Chelsea 1-0 Zenit

Quer no seu modelo inicial de 3-4-2-1 ou depois de Mount ter jogado como segundo homem no centro do ataque após o intervalo, uma constante do Chelsea foi a rápida mudança de jogo para Azpilicueta (e até certo ponto também para Rüdiger).

No entanto, o Zenit nunca constituiu uma tarefa fácil e Andreas Christensen – o homem do meio na defesa a três do Chelsea – teve de assumir a liderança na prevenção de contra-ataques, defendendo alto contra os avançados contrários, nomeadamente Sardar Azmoun. Jorginho também foi preponderante ao longo do jogo, controlando o equilíbrio defensivo e ofensivo da sua equipa.

O irrequieto Azmoun era o jogador que o líder da primeira divisão russa procurava quando atacava. Juntamente com Malcom e Claudinho, o iraniano fez parte das rápidas transições do Zenit para o ataque da bem organizada equipa de Sergei Semak; os seus 3-para-3 trouxeram momentos promissores, embora uma melhor tomada de decisão pudesse ter rendido mais dividendos.

Houve certamente espaços para o Zenit explorar, mas no geral a equipa da casa dominou e de forma merecida.

Tácticas das equipas

Chelsea empurrou Mount para o lado de Lukaku após o intervalo
Chelsea empurrou Mount para o lado de Lukaku após o intervalo

Na análise final, a alteração ao intervalo feita pelo Chelsea permitiu que ganhasse força após um período inicial em que os campeões continentais estiveram, em grande parte, algo contidos.

E recompensou o ajuste táctico feito pelo técnico Tuchel após o intervalo. O Chelsea estava a encontrar dificuldades para ultrapassar os cinco defensores do campeão russo, contando com os defesas-centrais mais abertos, Azpilicueta e Rüdiger, para intensificar e criar supremacia, bem como com a largura de jogo proporcionada por Reece James e Marcos Alonso.

Na segunda parte, contudo, Mount juntou-se à frente do ataque para jogar ao lado de Lukaku, lutando contra o tridente central-defensivo do Zenit. Esta ligeira alteração para 3-4-1-2 deixou a equipa de Semak mais vulnerável porque, até então, os seus defesas-centrais estavam algo confortáveis quando tinham de lidar com jogadores entre as linhas.

Em seguida, o ímpeto do Chelsea aumentou e o uso dos londrinos da capacidade de Azpilicueta para vencer a pressão rendeu finalmente frutos com o cruzamento do espanhol para o único golo da partida.

O sistema do Zenit assemelhou-se a um 5-3-2
O sistema do Zenit assemelhou-se a um 5-3-2

O sistema dos visitantes assemelhou-se ao 5-3-2, com os laterais a marcarem presença contra os seus homólogos do Chelsea e os defesas-centrais mais abertos, Wilmar Barrios e Yaroslav Rakits'kyy, a defenderem Mount e Ziyech. No entanto, ao defender mais fundo ou para tentar o contra-ataque, o avançado Daler Kuzyaev voltava ao meio-campo para fazer de convidado num sistema de 5-4-1.

Normalmente, o Zenit recorreu aos laterais direito e esquerdo Aleksei Sutormin e Douglas Santos esperançado em dar amplitude ofensiva ao seu jogo; médio mais central, Wendel pouco se moveu – o que colocou a responsabilidade criativa em Azmoun e nos companheiros Malcom e Claudinho. O habilidoso Malcom foi excelente em escapar de situações difíceis e igualmente eficaz na transição.

Análise dos treinadores

Thomas Tuchel, treinador do Chelsea: "Não foi frustrante. Foi duro jogar contra um adversário muito forte. Tivemos de trabalhar arduamente. Sentimos algumas dificuldades para criar oportunidades e rematarmos à baliza na primeira parte. Na segunda metade foi um pouco mais fácil encontrar espaço e rematar. Penso que foi uma vitória merecida e conquistada com muito esforço. Demorámos algum tempo para cansá-los, mas gostei do que vi."

Sergei Semak, treinador do Zenit: "O Chelsea foi a melhor equipa e mereceu ganhar. No geral fizemos um bom jogo, especialmente do ponto de vista defensivo. Foi um encontro duro para nós, com o Chelsea a ter mais posse de bola e a fazer uso dela de uma forma mais eficaz. No entanto, o resultado final podia ter sido diferente. Tivemos uma excelente oportunidade na recta final e não a concretizámos."

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