O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

Thomas Tuchel sobre o Chelsea e a final contra o Manchester City

"No futebol, podemos encurtar distâncias em 90 minutos", diz o treinador do Chelsea sobre a árdua tarefa de frustrar os intentos de Josep Guardiola.

Thomas Tuchel fez maravilhas em poucos meses à frente do Chelsea
Thomas Tuchel fez maravilhas em poucos meses à frente do Chelsea Getty Images

Finalista vencido na época passada como treinador do Paris, Thomas Tuchel chegou à final da UEFA Champions League pela segunda temporada consecutiva com o Chelsea em alta desde que assumiu o comando, em Janeiro.

O técnico de 47 anos já defrontou o Manchester City, de Josep Guardiola, por duas vezes desde que se mudou para Londres e venceu os dois jogos, mas, como disse ao UEFA.com, não sente qualquer vantagem no facto, numa altura em que a sua equipa procura ser campeã da Europa pela segunda vez.

Veja todos os golos do Chelsea até agora

"Quando somos crianças, sonhamos com estes jogos e é como ver a lua - ela está tão, tão longe. Assim que estamos nele, estamos apenas nele, e é o seu trabalho, e não podemos voltar a sentir o mesmo de quando era um rapazinho, mesmo que tente, o que talvez até seja uma coisa boa, porque não ficamos demasiado entusiasmados. Por isso, é um pouco triste, mas não há espaço para queixas."

"Esta competição é a que assisti na TV quando era mais novo, e tenho muitas lembranças de todas as equipas alemãs que participaram. Quando saímos pela primeira vez e ouvimos a música da Champions League, é qualquer coisa... Não há palavras que possam descrever isso. Sinto-me muito, muito grato por ter esta vida e por constantemente ser capaz de experimentar este sentimento."

Josep Guardiola e Thomas Tuchel defrontaram-se várias vezes
Josep Guardiola e Thomas Tuchel defrontaram-se várias vezesManchester City FC via Getty Ima

“É inacreditável [estar na final pela segunda época seguida por um clube diferente]. Se alguém me tivesse contado no Natal, não tenho a certeza se teria acreditado ou rido disso. Quando terminamos uma temporada e sabemos há mais uma semana pela frente em que só estamos nós e a outra equipa preparando-se para uma grande final na Champions League, isso, honestamente, é um grande presente: eu sei."

“Foi difícil deixar a minha família em Paris, por causa do Brexit e da COVID-19, e vir para aqui sozinho, mas também foi uma abordagem muito simples à minha vida [pessoal] e da minha vida profissional como treinador. Era treinar, estar num quarto de hotel, ter as minhas duas malas e mergulhar neste clube na tentativa de fazer melhor com a equipa."

“Fiquei muito impressionado, desde o primeiro momento, com a intensidade, a atitude e como defendemos. Este é um ponto importante. O grupo joga como um grupo que tem algo a provar e quer muito provar que é forte."

"Podemos não ter defrontado exactamente a mesma equipa do City que vamos enfrentar na final, mas, ainda assim, conseguimos vencer [duas vezes desde que assumi o comando]. Será que temos uma grande vantagem? Não, absolutamente não, e sabemos bem que este jogo da final começa do zero. Guardiola não pode ter a certeza de que já defrontou esta nossa equipa, a que vai jogar na final. É o mesmo para nós, mas sabemos muito bem que vai começar do zero e precisamos de mais outra exibição de alto nível."

"É sempre muito difícil jogar contra as equipas de Guardiola. Defrontei a equipa dele [do Bayern] e agora contra o Man. City. Assisti a jogos do Barcelona dele para aprender sobre futebol: como se pode defender e atacar. Ele construiu máquinas vencedoras e é isso que tem feito também agora aqui em Inglaterra."

"Não hesito em dizer que o Man. City e o Bayern têm sido a referência na Europa esta época e na anterior. Estamos a tentar diminuir a diferença e a coisa boa é que, no futebol, podemos encurtar distâncias em 90 minutos. Isso é absolutamente possível e é isso que pretendemos fazer na final."