Atlético - Chelsea: retrospectiva, guia de forma, confrontos anteriores
sexta-feira, 8 de janeiro de 2021
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Atlético e Chelsea protagonizaram alguns duelos memoráveis nos últimos anos e renovam agora a rivalidade nos oitavos-de-final.
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Atlético e Chelsea protagonizaram alguns duelos memoráveis nos últimos anos e renovam agora a rivalidade nos oitavos-de-final da UEFA Champions League.
• Ambas as equipas têm sido presenças habituais nos oitavos-de-final nas últimas épocas; esta é a sexta vez que o Chelsea chega a esta fase nas derradeiras oito temporadas, mas não consegue ir mais longe desde 2013/14. Essa campanha terminou precisamente frente ao Atlético, presente pela sétima ocasião em oito anos nos oitavos-de-final da UEFA Champions League.
• O clube de Londres fez uma boa campanha esta época e terminou no primeiro lugar do Grupo E sem perder e à frente do Sevilha, rival do Atlético. Por sua vez, o Atlético igualou a sua maior derrota nas competições europeias na primeira jornada e, embora invicto desde então, venceu apenas dois dois seis jogos. O triunfo em Salzburgo, na sexta jornada, garantiu-lhe o segundo lugar no Grupo A atrás do campeão Bayern.
• O Chelsea trocou de treinador desde a fase de grupos, substituindo Frank Lampard por Thomas Tuchel no final de Janeiro.
• Esta primeira mão vai ter lugar na Arena Naţională, em Bucareste.
Confrontos anteriores
• Os sete confrontos anteriores entre os dois clubes aconteceram desde 2009 e nenhum deles leva vantagem, com duas vitórias e 11 golos marcados cada.
• Atlético e Chelsea enfrentaram-se na fase de grupos de 2017/18; os ingleses venceram por 2-1 em Espanha antes de empatarem 1-1 em Londres.
• As duas equipas tinham-se defrontado anteriormente nas meias-finais de 2013/14, quando o primeiro jogo em Espanha terminou sem golos.
• Na semana seguinte, em Stamford Bridge, o Chelsea de José Mourinho parecia bem encaminhado rumo à final quando Fernando Torres, que teve duas passagens pelo Atlético, colocou os espanhóis em vantagem aos 36 minutos. No entanto, Adrián López empatou um minuto antes do intervalo, antes de Diego Costa (60pen) – que se transferiu para o Chelsea três meses depois – e Arda Turan (72) darem a vitória aos visitantes.
• Estas equipas também se defrontaram na Supertaça Europeia de 2012, quando o "hat-trick" de Radamel Falcao, apontado na primeira parte, ajudou o Atlético a vencer por 4-1 no Mónaco e a conquistar o o segundo troféu em três anos. Gary Cahill marcou o golo do Chelsea após Miranda ter feito o 4-0 à passagem da hora de jogo.
• Os outros encontros entre ambas as formações aconteceram na fase de grupos da UEFA Champions League de 2009/10, quando o Chelsea somou quatro pontos contra os espanhóis e terminou no topo do Grupo D. O Atlético terminou em terceiro e transitou para a edição inaugural da UEFA Europa League, competição que acabou por vencer ao bater na final o Fulham, rival citadino do Chelsea.
• O Chelsea de Carlo Ancelotti venceu por 4-0 em Stamford Bridge, num jogo em que Salomon Kalou bisou (41, 52) antes de Frank Lampard fazer novo golo (69) e de Luis Perea (90+1) marcar de cabeça na própria baliza na sequência de um livre de Florent Malouda. A derrota motivou a saída do treinador do Atlético, Abel Resino, tendo Quique Sánchez Flores assumido o comando.
• O jogo em Espanha, duas semanas depois, terminou 2-2 e confirmou o apuramento do Chelsea, acabando ao mesmo tempo com as esperanças do Atlético. Sergio Agüero entrou para marcar (66, 90+1) e dar um ponto aos visitantes, apesar do bis de Didier Drogba (82, 88).
Guia de forma
Atlético
• Os “rojiblancos” reagiram à derrota inicial de 4-0 com o Bayern, que igualou o seu recorde negativo, com uma vitória em casa, por 3-2, sobre o Salzburgo. Empataram depois as três partidas seguintes, fora (1-1) e em casa (0-0), contra o Lokomotiv Moscovo e por 1-1 contra o Bayern, encerrando a sequência de 15 triunfos consecutivos do detentor do troféu, antes de se juntarem ao emblema Munique nos oitavos-de-final com uma vitória em Salzburgo, por 2-0, na sexta jornada.
• Terceiro classificado em Espanha em 2019/20, o Atlético está a disputar a 11ª campanha na UEFA Champions League e a oitava consecutiva; a equipa de Madrid está presente na fase a eliminar pela nona vez.
• Na época passada, a equipa de Diego Simeone terminou em segundo no seu grupo, com dez pontos, atrás da Juventus. O Atlético eliminou depois o campeão Liverpool em grande estilo nos oitavos-de-final (1-0 c, 3-2 ap), mas não conseguiu ultrapassar o Leipzig nos quartos-de-final, em Lisboa, onde perdeu por 2-1.
• O Atlético perdeu apenas sete dos últimos 37 jogos europeus (V21 E9), embora quatro dessas derrotas tenham ocorrido nas últimas 12 partidas.
• Essa derrota por 2-1 com o Chelsea, na segunda jornada de 2017/18, é a única do Atlético nos últimos 29 jogos europeus no seu próprio estádio (V22 E6).
• O Atlético seguiu em frente em cinco das suas sete eliminatórias dos oitavos-de-final. A vitória da primeira mão da época passada sobre o Liverpool aumentou a sua invencibilidade em casa na fase a eliminar da UEFA Champions League para 14 jogos (V9 E5); a última derrota aconteceu diante do Ajax, por 3-2, na segunda mão dos quartos-de-final de 1996/97 (desaire por 4-3 no total).
• O Atlético venceu nove das 11 eliminatórias a duas mãos frente a equipas inglesas, incluindo as últimas cinco; apenas foram eliminados por Derby County (Taça UEFA de 1974/75) e Bolton Wanderers (Taça UEFA de 2007/08).
• Em casa, o Atlético perdeu apenas uma vez em 14 visitas de clubes ingleses (V8 E5) – aquela derrota em 2017 frente ao Chelsea no primeiro jogo europeu disputado no Estádio Metropolitano.
• O clube de Madrid chegou pelo menos aos quartos-de-final em cinco das últimas sete participações na UEFA Champions League – todas sob o comando de Simeone.
• Os Rojiblancos atingiram duas finais da UEFA Champions League e três finais da UEFA Europa League nas últimas 11 temporadas.
Chelsea
• O Chelsea apurou-se sem problemas no Grupo E, tendo vencido os três jogos fora e perdido pontos apenas na primeira e na última jornada, em casa, com o Sevilha (0-0) e com o Krasnodar (1-1), respetivamente. O Rennes perdeu por 3-0 em Stamford Bridge, antes de o clube inglês somar o máximo de pontos nas visitas aos campos de Krasnodar (4-0), Rennes (2-1) e Sevilha (4-0); o último resultado garantiu o primeiro lugar no grupo e permitiu a Olivier Giroud tornar-se no primeiro jogador do Chelsea a marcar quatro golos num jogo da Taça dos Campeões – e, com 34 anos e 63 dias, ser o mais velho autor de um "hat-trick" na história da UEFA Champions League.
• Quarto classificado na Premier League em 2019/20, o Chelsea está presente pela 17ª vez na UEFA Champions League e pela terceira em quatro anos. A excepção aconteceu em 2018/19, época em que venceu a UEFA Europa League sob o comando de Maurizio Sarri.
• Na época passada, o Chelsea recuperou de uma derrota em casa diante do Valência na primeira jornada (0-1) e apurou-se como segundo classificado do Grupo H com 11 pontos, terminando atrás da equipa espanhola no confronto direto, antes de ser eliminado pelo futuro campeão Bayern nos oitavos-de-final (0-3 c, 1-4 f).
• O registo do Chelsea nos oitavos-de-final é V8 D6; o clube de Londres perdeu os últimos quatro confronto nesta fase.
• A derrota em Munique, na segunda mão dos oitavos-de-final da época passada, é a única do Chelsea em 14 jogos fora nas competições europeias (V10 E3).
• Apesar das quatro vitórias esta época, os "Blues" venceram apenas cinco dos últimos 11 desafios na UEFA Champions League (E4 D2).
• Campeão europeu em 2012 e vice-campeão quatro anos antes, o Chelsea venceu por 12 vezes o seu grupo na UEFA Champions League, mas foi segundo classificado em cada uma das duas participações anteriores à desta temporada.
• A derrota em casa na época passada com o Valência foi um dos quatro desaires dos "blues" nos últimos 26 jogos frente a adversários espanhóis, em casa e fora (V8 E14). O Chelsea empatou 2-2 em Valência na época passada e a vitória em Sevilha, na quinta jornada, fez com que tenha apenas uma derrota fora diante de clubes da Liga nas últimas 13 partidas (V4 E8).
• No entanto, o triunfo em Sevilha foi apenas o segundo do Chelsea nos últimos 12 jogos frente a clubes da Liga, em casa e fora (E6 D4); a outra vitória é aquela em 2017 no terreno do Atlético.
• O Chelsea disputou 11 eliminatórias a duas mãos frente a clubes espanhóis (V4 D7), mais recentemente nos oitavos-de-final da UEFA Champions League 2017/18, quando perdeu por 3-0 em Barcelona, na segunda mão, saindo de cena com um 4-1 no total.
• O emblema de Londres venceu apenas dois dos 11 jogos fora a eliminar ante equipas espanholas nas competições da UEFA (E4 D5).
• O Chelsea já jogou duas vezes na Arena Naţională, ambas frente ao Steaua Bucareste – uma derrota por 1-0 na primeira mão dos oitavos-de-final da UEFA Europa League 2012/13 e um triunfo por 4-0 na fase de grupos da UEFA Champions League, na temporada seguinte. O seu único outro jogo na Roménia é um empate a zero em Cluj-Napoca, frente ao CFR Cluj, na fase de grupos da UEFA Champions League 2008/09.
• Os "blues" ganharam apenas um de quatro jogos frente a equipas espanholas em terreno neutro. Foi frente ao Real Madrid, por 2-1, em jogo de repetição da final da Taça dos Clubes Vencedores de Taças de 1971, em Atenas, após empate a um golo dois dias antes. Perdeu a SuperTaça Europeia da UEFA frente a Real Madrid (1998, 0-1) e Atlético (2012), jogos realizados no Mónaco.
Ligações e curiosidades
• Jogaram em Inglaterra:
Kieran Trippier (Manchester City 1999–2012, Barnsley 2010, 2010/11 empréstimo, Burnley 2011–15, Tottenham 2015–19)
Stefan Savić (Manchester City 2011–12)
Lucas Torreira (Arsenal 2018–20)
• Jogaram em Espanha:
Kepa (Athletic 2014–18, Ponferradina 2015 empréstimo, Valladolid 2015/16 loan)
César Azpilicueta (Osasuna 2001–10)
Marcos Alonso (Real Madrid 1999–2010)
Mateo Kovačić (Real Madrid 2015–18)
Willy Caballero (Elche 2004–11, Málaga 2011–14)
• Jogaram juntos:
Stefan Savić e Marcos Alonso (Fiorentina 2013–15)
• Colegas de selecção:
Kieran Trippier e Reece James, Ben Chilwell, Callum Hudson-Odoi, Mason Mount, Tammy Abraham (Inglaterra)
Šime Vrsaljko e Mateo Kovačić (Croácia)
Koke, Saúl Ñíguez, Marcos Llorente, Mario Hermoso, Vitolo e Kepa, Marcos Alonso (Espanha)
Thomas Lemar e Kurt Zouma, N'Golo Kanté, Olivier Giroud (França)
Renan Lodi, Felipe e Thiago Silva (Brasil)