Luís Figo, Rui Costa e Ronaldo recordam a Champions League

As antigas estrelas Luís Figo, Rui Costa e Ronaldo “Fenómeno” participaram neste sábado, véspera da final da UEFA Champions League, em Lisboa, numa iniciativa promovida pelo Banco Santander, um dos principais patrocinadores da prova, na qual assistiram, igualmente, jornalistas de todo o planeta através de videoconferência.

Resumimos em baixo o que de mais importante disse cada um sobre a competição, o futebol ofensivo dos finalistas Paris e Bayern e a grande partida que se espera neste domingo, na qual grande parte da atenção estará sobre o astro brasileiro Neymar.

Luís Figo, vencedor pelo Real Madrid em 2002

“Nasces e cresces a olhar para os teus ídolos e sonhas, um dia, poder chegar à final da maior competição de clubes do mundo. E quando isso acontece é um sonho tornado realidade porque é a competição que te dá mais prestígio no mundo. É uma competição que te permite ganhar outros troféus, neste caso o Mundial de Clubes e a Supertaça Europeia. É a competição mais vista no mundo e, por tudo isso, tem um significado especial e é o objetivo de qualquer profissional. Ao mesmo tempo é a competição mais difícil, porque é onde estão os melhores jogadores e equipas do mundo.”

[Formato de um só jogo] “Tem-se visto que as equipas não podem cometer erros, porque sabem que senão estás logo fora. E não se pode jogar tanto com o resultado. Isso faz com que os jogos sejam mais abertos desde o primeiro minuto.”

[Os jogadores do Paris] “Estão conscientes de que este ano podem fazer história. Vai ser uma autêntica final de Champions pela qualidade das duas equipas, pelo talento individual que têm e, logicamente, numa final tudo pode acontecer.”

Rui Costa, vencedor pelo Milan em 2003

“Temos de estar felizes pela final que vai acontecer. São duas equipas muito positivas, que procuram constantemente jogar ofensivamente e a expectativa é que haja muitos golos e muito espectáculo. São duas equipas muito poderosas na parte ofensiva, com excelentes talentos, com excelentes jogadores. E portanto, a indicação é essa e a expectativa é que seja um jogo com bastantes golos.”

“A ideia que passava é que [o Paris] é um clube de grandes jogadores, mas com falta de alguma componente de equipa e de grupo [de sentido colectivo], mas tive oportunidade de ver os jogos e surpreendeu-me a união e o respeito pelas posições que há de cada um. A componente colectiva de defender o trio de ataque surpreendeu-me bastante, atendendo ao que passava cá para fora. Foi assim que ganharam à Atalanta. Só uma equipa ligada a nível coletivo consegue chegar àquele resultado depois de estar a perder até ao último minuto.”

“Ganhar esta taça, é de facto, o culminar de uma vida a lutar por este troféu. Chegar aos 31 anos e levantar uma taça destas é algo que ainda hoje tenho dificuldade em explicar – a emoção e a concretização de um sonho que é lutar diariamente para poder chegar àquele dia. Eu tive essa felicidade logo na primeira vez que lá cheguei, ainda para mais numa final Milan-Juventus, duas equipas italianas – tinha ainda um sabor ainda mais especial do que apenas um jogo de Champions League.”

Ronaldo

“Infelizmente, [essa taça] é a única que falta na minha vitrina, mas também vivi momentos especiais, ainda que não a tenha ganho. Desfrutei, fiz muitos jogos, marquei muitos golos e a verdade é que é a melhor competição de clubes do mundo. Penso que vamos ver uma tremenda final.”

“Ele [Neymar] tem jogado muito bem nos últimos jogos, sobretudo nesta fase final em Portugal, e tem criado muitas oportunidades de golo. Talvez lhe tenha faltado alguma tranquilidade na hora de finalizar e penso que com um pouco mais de sorte e tranquilidade pode reencontrar-se com os golos.”