Final da Champions League: Di María quer voltar a ser feliz em Lisboa
sexta-feira, 21 de agosto de 2020
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O avançado do Paris confessou ao UEFA.com que sonha com a conquista do segundo título europeu na capital portuguesa.
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Os nervos dos atletas estarão à flor da pele durante a final da UEFA Champions League de domingo, no Estádio do Sport Lisboa e Benfica, mas haverá um jogador que se vai sentir em casa. Ángel Di María, atacante do Paris Saint-Germain, passeou classe neste relvado durante as três épocas em que representou o Benfica, tendo regressado em 2014 para ajudar o Real Madrid a vencer a final da Champions League.
O internacional argentino, de 32 anos, foi o melhor em campo nesse duelo ante o Atlético e agora tem novo encontro marcado com o destino. Com três golos e seis assistências na caminhada do Paris até à final, será um elemento fundamental na tentativa do clube francês conquistar um inédito título europeu frente ao Bayern.
A hipótese de voltar a erguer o troféu em Lisboa
Seria muito especial, muito importante para mim e para a minha carreira. Tive uma sensação estranha quando mudaram o local dos jogos para Lisboa, pois fez-me recordar os bons momentos que vivi aqui durante três anos e como fui feliz em Lisboa durante esse período.
Depois, por poder chegar a uma final e fazer história com um clube como o Paris, que vai estar pela primeira vez na final, e também porque fui campeão europeu em 2014 com o Real Madrid neste estádio. Ter oportunidade de também jogar os quartos-de-final e as meias-finais no Estádio da Luz, para além da final, foi uma excelente combinação para mim: senti-me muito bem.
A evolução do Paris
Sempre fiz parte de uma equipa incrível, desde o momento em que aqui cheguei [em 2015]. Tivemos grupos excelentes de jogadores, mas às vezes as coisas não funcionam por um motivo ou por outro. Desta vez, não só eu, mas todos neste clube, podem dizer que se vive um excelente ambiente, que se sente uma energia positiva entre todas as pessoas que trabalham no clube, os jogadores, a equipa técnica, a equipa médica, toda a gente.
Tem havido um ambiente incrível desde o início a época e penso ser esse o segredo de tudo o que conquistámos: o campeonato, as duas taças [Taça de França e Taça da Liga], assim como a Supertaça no início da época. Estamos a um passo de terminar uma época incrível, mas é um passo difícil, porque o Bayern é um adversário muito forte. Tenho a certeza que será uma grande final.
O duelo com o Bayern
É um adversário forte, tem uma equipa muito bem organizada e penso que esta será a sua 11ª final da Taça dos Clubes Campeões Europeus. Não vai ser nada fácil. Eles têm jogadores muito experientes, jogadores que ganharam Campeonatos do Mundo, jogadores que estão habituados a estar a um nível muito elevado. Vamos tentar fazer o nosso melhor, como é habitual.
Sabemos que eles têm jogadores fantásticos e em excelente forma, mas nós também temos bons jogadores, o nosso sistema, a nossa forma de jogar e penso que temos um grupo que merece vencer a Champions League.
A importância do primeiro título europeu para o Paris
É um sentimento especial. Vi isso depois do triunfo na meia-final, com as imagens das pessoas em Paris: nos Campos Elísios, na Torre Eiffel, no Arco do Triunfo. Acho que é muito especial para todos os parisienses. É algo que o clube vem tentando alcançar há vários anos: estar na final da Champions League. Acho que chegou a hora.
Se dermos o primeiro título ao Paris, ficaremos na história do clube. Seríamos recordados para sempre no clube, pois seria o primeiro título europeu. Ajudei a ganhar o décimo título do Real Madrid, que o clube tentou durante muitos anos. Conquistar o décimo título foi algo incrível para o Real e a verdade é que passei a fazer parte da história do clube. Ganhar o primeiro título aqui seria inesquecível para mim, pois esse é o meu objectivo desde que aqui cheguei.