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Jason Denayer: Lyon, ser capitão e influência de Vieira

Capitão de equipa no Lyon aos 24 anos, Jason Denayer fala da sua carreira.

Jason Denayer in action for Lyon
Jason Denayer in action for Lyon Getty Images

O UEFA.com está a mergulhar nos seus arquivos para levar até si uma série de entrevistas feita ao longo da presente temporada da UEFA Champions League.

Hoje é a vez do defesa-central do Lyon e da Bélgica, Jason Denayer, que falou connosco em Fevereiro passado sobre a mudança para França, tornar-se capitão de equipa aos 24 anos e a sua carreira até agora.

UEFA.com: Ingressou no Lyon aos 23 anos, relativamente jovem, depois de ter passado por Celtic, Sunderland, Galatasaray e Manchester City. Quando chegou ao Lyon sentiu que era o momento certo?

AFP via Getty Images

Jason Denayer: Sim, penso que sim porque consegui ganhar bastante experiência graças a ter jogador várias vezes emprestado. Não é fácil ir para um lugar novo sem saber se estará lá no ano seguinte. Desta forma não é possível fixar-mo-nos em nenhum sítio. Por isso, quando o Lyon demonstrou interesse em contratar-me, fiquei algo aliviado. Trouxe-me estabilidade e sabia que me podia concentrar totalmente no futebol. Acho que foi a hora certa para mim.

Na sua primeira temporada no Lyon marcou numa vitória por 2-0 num dérbi, frente ao Saint-Etienne, na Ligue 1. Isso é a melhor coisa que se pode fazer para conquistar os adeptos...

Foi perfeito para mim. Fiquei muito feliz por marcar o meu primeiro golo pelo Lyon. E fazer isso num jogo desses é e sempre será muito especial, por isso fiquei muito feliz.

É raro um jogador tão jovem chegar a capitão de equipa. Sente-se em casa no Lyon?

As pessoas acolheram-me muito bem e adaptei-me muito rapidamente. Senti-me confortável imediatamente e isso ajudou bastante as minhas exibições. Ser o capitão é uma recompensa para mim, sinto-me lisonjeado, mas preciso de continuar a trabalhar duro e a jogar bem.

Que tipo de capitão é?

Getty Images

Não quero mudar a minha personalidade, quero permanecer fiel a quem sou. Ser mais calado não me impede de falar com as pessoas. Existem maneiras diferentes de dizer as coisas, mas se tiver algo para dizer - seja bom ou mau - vou fazê-lo. Tudo o que faço é no melhor interesse da equipa.

A fase de grupos da UEFA Champions League desta época teve resultados diferentes: duas vitórias, dois empates e duas derrotas. O Lyon passou à tangente e, olhando para trás, como analisaria a fase de grupos?

Podíamos ter feito muito melhor, principalmente quando analisamos os jogos. Houve momentos em que poderíamos ter feito resultados melhores do que realmente conseguimos. Mas conseguimos passar, por isso não reclamamos.

Qual foi o jogo que o deixou mais arrependido e em que sentiu ter sido mesmo uma oportunidade perdida?

Resumo da 1ª jornada: Lyon 1-1 Zenit

Podíamos ter ganho ao Zenit em casa. E fora contra o Benfica também, podíamos ter conseguido outro resultado. No entanto, estas coisas acontecem. Temos de aprender com os nossos erros e tentar seguir em frente.

Foi muito jovem para o Manchester City. Como se sentiu ao chegar a um clube tão prestigioso?

Foi um pouco complicado no início, principalmente em termos de falar a língua, embora houvesse lá jogadores que falavam francês. Havia também outro jogador belga [Vincent Kompany], por isso foi muito fácil adaptar-me à nova vida. O principal problema era falar o idioma, mas tive aulas de inglês e foi tudo mais fácil. O meu pai estava comigo e ajudou-se bastante nesse período. Não foi fácil no começo, mas foi melhorando com o tempo.

Que influência teve o Patrick Vieira em si no Manchester City?

Getty Images

Como tinha vindo da formação, não trabalhávamos especialmente o nosso jogo táctico e, antes de ir para o Manchester City, nunca tinha jogado como defesa. Por isso ele teve uma enorme influência do ponto de vista táctico e deu-me também maior experiência. Foi muito importante para mim quando era mais jovem.

O Virgil van Dijk foi segundo na corrida à última Bola de Ouro, mas muitas pessoas pensam que merecia ter ganho. Qual é a sua opinião? É o tipo de jogador com o qual deseja aprender?

Eu joguei com Virgil no Celtic e ele tinha um enorme potencial - já podia ver-se que ia chegar longe. Ele merece o lugar em que está porque trabalhou muito para isso. É sempre bom ver os defesas concorrerem à Bola de Ouro porque dá-nos esperança de podermos alcançar o mesmo nível dos avançados.