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O percurso de Ángel Di María até ao estrelato

Jogador do Paris Saint-Germain olha para os principais momentos da sua carreira até à data.

Ángel Di María festeja um golo pelo Paris Saint-Germain
Ángel Di María festeja um golo pelo Paris Saint-Germain Getty Images

Ángel Di María é a mais recente figura do futebol europeu a olhar para o passado e a recordar alguns dos pontos mais altos da sua carreira até ao momento. Em conversa com o UEFA.com, eu Outubro do último ano, recordou as suas origens, na Argentina, alguns dos seus momentos mais memoráveis e falou das ambições no Paris Saint-Germain.

Como foi crescer e tornar-se futebolista na Argentina?

Foi complicado. Conseguir jogar futebol ao mais alto nível na Argentina é difícil. Muitas vezes não há dinheiro sequer para chegar aos treinos. Muitos jogadores acabam por desistir por causa disso.

Não conseguem ir para os treinos ou não conseguem comprar chuteiras. É duro. Por isso, quando se tem uma oportunidade, há que conseguir tirar o máximo proveito dela. Há muitos exemplos de sucesso, mas há muitos mais que não conseguem singrar.

Um mural com a imagem de Ángel Di María na sua cidade natal, Rosário
Um mural com a imagem de Ángel Di María na sua cidade natal, Rosário AFP via Getty Images

Foi também por isso que foi importante a sua ida para o Benfica?

O Benfica foi extremamente importante para mim e para a minha família. Foi um grande passo depois de apenas um ano e meio a jogar ao mais alto nível no Rosario Central. Penso que vir para a Europa, e para um clube da dimensão do Benfica, era exactamente o que eu precisava. Foi como que a minha primeira casa e ajudou-me a ter uma mentalidade ganhadora e a ser quem sou hoje.

E aquele golo que marcou "de letra" pelo Benfica contra o AEK de Atenas, em 2009. Foi um golo com muito à imagem do futebol argentino?

Sim, digamos que foi um golo à imagem do futebol sul-americano. É algo que se vê muito nos jogadores sul-americanos, mais do que nos outros. A verdade é que aquele foi o único golo "de letra" que marquei até hoje. E, honestamente, não é nada fácil! Foi muito bom, porque foi marcado contra uma bela equipa e pelo Benfica, a minha primeira equipa no futebol europeu.

É verdade que preferiu rematar assim por se sentir bem mais confortável a rematar com o pé esquerdo do que com o direito?

Sim. Quando posso escolher entre utilizar o pé direito ou o esquerdo, prefiro improvisar e tentar usar mesmo o esquerdo.

Já em 2011, pelo Real Madrid, contra o Tottenham, marcou mais um grande golo, mas desta feita com um remate de longe. É algo que treine especificamente, ou foi um atributo que sempre possuiu?

Foi também um grande golo, e foi importante porque foi na Champions League. Penso que em todos os clubes por onde passei treinei e aperfeiçoei o meu remate de longe, tentando melhorar a precisão e outros aspectos. E, com o passar dos anos, a confiança foi crescendo, por isso comecei a marcar mais golos desse género. Espero que assim continue.

Como cresceu enquanto jogador em Madrid?

O Real Madrid foi mais outro passo extremamente importante para mim. Depois de estar num clube como o Benfica, foi mais um grane passo em frente, embora na altura muitos duvidassem de mim, porque não tinha estado no meu melhor no Mundial de 2010. Diziam que não tinha feito o suficiente para justificar que um clube como o Real gastasse tanto dinheiro em mim, mas José Mourinho acreditou em mim e, época após época, penso que mostrei que tinha qualidade para jogar no Real Madrid.

Como foi vencer a Champions League?

Conquistar a Champions League foi algo de único. É um troféu diferente de qualquer outro. Não tive a felicidade de conquistar o Campeonato do Mundo pela Argentina – fiquei perto – mas penso que a Champions League é muito especial. É uma competição muito complicada de vencer. Já joguei por grandes clubes, disputando-a ano após ano, e todas as épocas constato o quanto é difícil vencê-la. Ganhar "La Décima", algo que o Real Madrid há muito desejava, foi ainda mais especial, não só para mim, mas para todos.

Popperfoto via Getty Images

Agora está no Paris Saint-Germain. Qual a ambição do clube?

Ambicionamos ganhar tudo. Desde o dia em que cheguei, percebi que o Paris sonha vencer todas as competições. Do primeiro ao último jogo, este clube quer sempre ganhar. Quer estar no topo de todas as provas.

É um clube com uma ambição enorme. Por isso, para vir para este clube e para se jogar aqui tem de se partilhar a mesma ambição. Eu estou habituado a ganhar títulos desde que aqui cheguei. Tive a possibilidade de jogar em todas as competições e a única que ainda não ganhámos foi a Champions League. Espero que a consigamos vencer também antes de eu partir.

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