O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

Gollini fala da Atalanta e do seu "destino" na Champions League

O guarda-redes italiano Pierluigi Gollini aborda a campanha da Atalanta e recorda as suas memórias na UEFA Champions League.

Pierluigi Gollini ajudou a Atalanta a chegar aos quartos-de-final
Pierluigi Gollini ajudou a Atalanta a chegar aos quartos-de-final Getty Images

O UEFA.com vai apresentar todas as sextas-feiras das próximas semanas uma série de entrevistas da UEFA Champions League.

Mergulhámos no nosso arquivo desta temporada e começamos com o guarda-redes Pierluigi Gollini, da surpreendente Atalanta.

UEFA.com: O que é que a cidade de Bérgamo e a Atalanta significam para si?

Pierluigi Gollini: Desde que cheguei aqui [em 2018] o impacto foi incrível. A equipa estava muito bem, foi exactamente no início desta fase em que temos estado nos últimos anos. Bérgamo ocupa um lugar especial no meu coração, mas também na minha vida, porque moro nesta cidade há três anos e meio e tenho muito em comum com os habitantes locais. É uma cidade muito bonita.

Resumo: Valência 3-4 Atalanta

Acho que o melhor que criámos aqui foi o relacionamento que existe no seio da equipa e neste grupo de jogadores. Embora nos últimos anos tenha havido muitos a entrar e a sair, há um grupo que está aqui há já algum tempo. Por isso, faço parte de uma grande família na Atalanta, mas também de uma cidade óptima e bonita.

É um vínculo especial então, quase único, entre os adeptos da Atalanta e a equipa e a cidade. É como um três em um: a equipa, os adeptos e a cidade, não?

Sim, exactamente. É isso mesmo. Foi por isso que disse anteriormente que gostamos muito do que criámos. É um vínculo único. Há muito carinho e sempre muito respeito. Para um jogador, é óptimo viver isso.

Vamos voltar ao início desta sua viagem. A vida de um desportista afasta-o de certas coisas durante a infância. Que memórias tem disso?

Sim, não é fácil. Fiz muitos sacrifícios quando era criança. Não pensava assim na altura porque, no fundo, o meu único desejo era ser jogador de futebol, ser o melhor que pudesse. Naquele tempo, quando meus amigos iam dançar, eu não tinha interesse em ir dançar. Hoje percebo que recusei muitas coisas, mas digo a mim mesmo que me saí bem. Mas claro que tinha muita vontade de chegar a este nível.

Resumo: Shakhtar 0-3 Atalanta

Esteve algum tempo nas camadas jovens do Manchester United. Fale-nos dessa experiência…

Moldou-me muito como homem e como jogador. Cresci muito de um ponto de vista humano porque descobri uma cultura completamente nova, diferente da minha, bem como uma nova língua. Enfrentei muitas dificuldades que um jovem enfrenta quando sai de casa. Foi uma experiência que fez muito por mim a nível humano e sempre que recordo sempre porque me ensinou coisas que, definitivamente, não teria aprendido em Itália.

Quando surgiu a oportunidade, não tive muitas dúvidas porque tinha o sonho de me ser jogador e o United é um dos melhores clubes do mundo, embora naquela época estivesse num nível diferente de outras equipas.

O Manchester United, naturalmente, está muito ligado à Champions League. Quais são as suas memórias da competição?

Kaká festeja após marcar ao Manchester United no primeiro jogo da Champions League que que Gollini viu como adepto
Kaká festeja após marcar ao Manchester United no primeiro jogo da Champions League que que Gollini viu como adepto

As minhas primeiras recordações são de ver os jogos em casa com meu pai. Lembro-me de ir com ele e os meus amigos assistir ao Milan 3-0 Manchester United, em San Siro [nas meias-finais de 2006/07]. O Milan fez um jogo incrível e foi esse o primeiro que vi ao vivo na Champions League. Mais tarde fui para o United e joguei na Champions League em San Siro – por isso deve ter sido o destino! É uma boa recordação.

A Atalanta fez uma fase de grupos incrível nesta época de estreia. Como é que conseguiu passar de quase eliminada a equipa qualificada daquela maneira?

Muitas pessoas davam-nos como eliminados após o segundo jogo [derrota por 2-1 contra o Shakhtar em San Siro]. Mas nós, por outro lado, nunca nos sentimos como se estivéssemos fora da corrida [pelo apuramento]. Penso que o empate contra o Manchester City [na quarta jornada] nos deu um enorme impulso. Conseguimos um ponto contra uma equipa com jogadores fenomenais e que normalmente marcam muitos golos.

Depois, é claro, os outros resultados trilharam o nosso caminho. Também temos muita confiança nas nossas capacidades, na nossa equipa e no nosso jogo. Todas estas coisas juntas ajudaram a alcançar o objectivo incrível de nos apurarmos na fase de grupos.

Esta entrevista foi conduzida pelo repórter do UEFA.com da Atalanta, Vieri Capretta, em Fevereiro.

Seleccionados para si