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Rooney dá estocada final

Manchester United FC 3-2 AC Milan
Os italianos ainda estiveram a vencer graças a um bis de Kaká, mas Rooney não quis ficar atrás. Cristiano Ronaldo marcou o primeiro golo da partida.

O Manchester United FC parte em vantagem para a segunda mão das meias-finais da UEFA Champions League, depois de ter batido em Old Trafford o AC Milan, por 3-2.

Emoção e talento
Numa partida empolgante e onde a incerteza no resultado foi uma constante, coube ao extremo português Cristiano Ronaldo abrir as hostilidades aos cinco minutos, antes de Kaká bisar no espaço de 15 minutos e levar os italianos em vantagem para o intervalo. Wayne Rooney voltou a empatar aos 59 minutos, antes de dar o triunfo à sua equipa já em tempo de compensação.

Defesa de recurso
Sir Alex Ferguson, treinador do Manchester United, viu-se obrigado a apresentar uma defesa de recurso, face à crise de lesões que tem afectado o seu sector mais recuado. John O'Shea e Patrice Evra ocuparam as faixas laterais, enquanto Gabriel Heinze foi desviado para o centro, onde formou dupla com Wes Brown. Apesar disso, os "red devils" entraram em campo confiantes num bom resultado, apoiados no talento de jogadores como Cristiano Ronaldo, Ryan Giggs e Wayne Rooney. Do lado do Milan, Carlo Ancelotti apresentou o "onze" esperado, com Kaká no apoio ao único avançado da equipa, Alberto Gilardino.

Cristiano Ronaldo marca
O Manchester United entrou de rompante na partida e criou o primeiro lance de perigo logo ao minuto cinco, quando Rooney surgiu em excelente posição para facturar, mas o seu remate foi desviado para canto após uma intervenção providencial de Alessandro Nesta. No entanto, o lance deu mesmo origem ao golo dos anfitriões, com Giggs a cruzar para o cabeceamento de Cristiano Ronaldo. Dida ainda conseguiu oferecer o corpo à bola, mas a mesma acabou por ressaltar para dentro da baliza. O golo não fez abrandar o ritmo do United, que partiu em busca do 2-0.

Kaká empata
Ronaldo cabeceou à figura de Dida aos 11 minutos, três antes de Michael Carrick obrigar o guardião do Milan a uma defesa apertada, na sequência de mais um cruzamento de Giggs. No entanto, esse lance como que assinalou o fim da supremacia inglesa, já que os visitantes começaram a ganhar a batalha do meio-campo, muito por culpa do suor de Gattuso e Pirlo e do talento de Seedorf e Kaká. E seriam mesmo estes dois últimos jogadores a combinarem na perfeição para o golo do empate, estavam decorridos 22 minutos. Seedorf serviu o internacional brasileiro e este penetrou na grande área contrária em velocidade, antes de aplicar um letal remate rasteiro e cruzado, que deixou Edwin van der Sar pregado ao relvado.

Magia brasileira
O golo italiano apanhou de surpresa o Manchester United e a verdade é que o líder da Premiership não mais se voltou a encontrar até ao intervalo, perante um adversário cada vez mais acutilante. Giggs ainda contrariou esse cenário com um remate de cabeça que saiu a poucos centímetros da barra, enquanto Ronaldo enviou um autêntico míssil de pé esquerdo que Dida teve muitas dificuldades para parar. A fragilidade defensiva do United deitou, contudo, tudo a perder aos 37 minutos, quando Kaká conseguiu levar a melhor sobre Heinze e Evra, desviando a bola do caminho dos dois defesas do United, antes de se isolar perante van der Sar e bater o guarda-redes holandês.

Milan perde duo
O Milan regressou dos balneários com uma inesperada alteração, com Paolo Maldini a ceder o seu lugar a Bonera, sendo que a ausência da voz de comando do capitão milanês fez-se sentir três minutos após o reatamento. Giggs chamou a si a marcação de mais um pontapé de canto no lado direito e cruzou na perfeição ao segundo poste, onde apareceu Carrick totalmente desmarcado. Com tudo para restabelecer a igualdade, o médio inglês rematou ao lado. O Milan quase não teve tempo para respirar de alívio, já que sofreu uma enorme contrariedade aos 53 minutos, altura em que Gattuso teve de ser substituído, devido a lesão.

Rooney aparece
Indiferente a tudo continuava o brilhante Kaká, que quase voltou a marcar aos 56 minutos, quando rematou ligeiramente ao lado após uma vistosa combinação com Seedorf. O Manchester United parecia descrente, mas foi socorrido pelo talento de Paul Scholes, até aí muito discreto. O médio inglês assinou uma esplendorosa assistência para Rooney aos 59 minutos, com o jovem avançado a receber a bola de peito, antes de rematar de pé direito para o fundo da baliza, de nada valendo o facto de Dida ainda ter conseguido tocar no esférico. O golo empolgou os "red devils", que quase operavam a reviravolta no marcador cinco minutos volvidos, valendo ao Milan o facto de Dida ter feito uma fantástica defesa a remate de Darren Fletcher.

Descontos fatais
Sentindo o perigo, o Milan optou por recuar no terreno e defender o resultado, o que proporcionou um derradeiro assalto por parte do United. Ryan Giggs teve no pé esquerdo uma dupla oportunidade para alvejar a baliza italiana, mas os dois livres directos que apontou em posição privilegiada (aos 71 e 74 minutos) saíram para fora e para as mãos de Dida. Cristiano Ronaldo deu a sensação de golo aos 83 minutos, quando rematou às malhas laterais após um excelente lance individual. O Milan parecia que ia aguentar o empate a duas bolas, mas Rooney tinha outras ideias e fez o 3-2 final já em tempo de compensação, disparando forte de pé direito depois de uma assistência de Giggs. Ao Milan resta a consolação de saber que uma vitória por 1-0 em San Siro, no dia 2 de Maio, é suficiente para carimbar o passaporte para a final de Atenas.

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