1964/65: Inter vence Benfica em casa
quinta-feira, 27 de maio de 1965
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Internazionale FC 1-0 Benfica
O FC Internazionale Milano voltou a ser a melhor das 31 equipas que participaram na edição de 1964/65 da Taça dos Clubes Campeões Europeus. Os "nerazzurri" juntaram-se ao Real Madrid CF e ao Benfica no lote das equipas que haviam vencido a prova consecutivamente, ao vencerem os portugueses por 1-0 na final realizada em San Siro. Mas, à imagem do relvado, muito enlameado, tratou-se de uma vitória sem grande beleza. Não foi, decididamente, um triunfo com grande brilhantismo.
Vantagem caseira
Marcando presença na sua quarta final em cinco épocas, o Benfica foi, primeiro, derrotado pelas condições climatéricas e, consequentemente, do relvado, que impediam o seu futebol baseado na circulação da bola entre os jogadores. Depois, não conseguiu evitar o golo de Jair, instantes antes do intervalo, com a bola a passar sob o corpo do guardião Costa Pereira, o qual viria a abandonar o encontro por lesão, vendo o seu lugar entre os postes ter sido ocupado pelo defesa-central Germano. Certamente que a sorte esteve do lado do Inter, que vira a UEFA atribuir a organização da final à sua cidade, tendo o precedente sido estabelecido em 1956/57, quando o Real Madrid vencera a AC Fiorentina em Chamartín.
Golo de legalidade duvidosa
A sorte também marcou presença nos quartos-de-final, quando o Inter levou a melhor sobre o Rangers FC e, depois, nas meias-finais, quando afastou o Liverpool FC, com um total de 4-3, após ter perdido a primeira mão por 3-1. Os ingleses, estreantes nas competições europeias, questionaram a legalidade do golo, após Joaquín Peiró ter alegadamente "roubado" a bola ao guardião Tommy Lawrence.
Benfica imparável até à final
O Inter acabou por seguir até à final de forma sofrida, ao passo que o Benfica se impusera mais vezes graças ao talento de Eusébio, Coluna e companhia, que humilharam o Real Madrid CF com um triunfo por 5-1 no Estádio da Luz, nos quartos-de-final. Nas meias-finais, repetiram a mão cheia de golos, mas aos húngaros do Vasas SC. Contudo, isso viria a ser o melhor que os benfiquistas conseguiriam.