1961/62: Eusébio vale ouro ao Benfica
quarta-feira, 2 de maio de 1962
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Ferenc Puskás marcou o seu segundo "hat-trick" pelo Real Madrid numa final da Taça dos Campeões, mas o feito foi eclipsado por Eusébio, autor de dois golos que permitiram ao Benfica conquistar o troféu.
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Benfica 5-3 Real Madrid CF
(José Águas 25, Cavém 33, Mário Coluna 50, Eusébio 64 69; Puskás 18 23 39)
Olympisch, Amesterdão
Vinte e nove equipas participaram na Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1961/62. Apesar da maior competitividade, dois nomes famosos chegaram à final de Amesterdão: Benfica e Real Madrid CF. Os "encarnados" contavam com um reforço de peso, Eusébio, tendo sido em grande parte devido à inspiração do avançado que o Tottenham Hotspur FC foi afastado nas meias-finais, por 4-3.
Os "spurs", que haviam afastado o KS Górnik Zabrze, o Feyenoord e o Dukla de Praga (agora FC Príbram), tinham ganho o campeonato e a Taça de Inglaterra, sendo apontados como um dos grandes favoritos à conquista do troféu. Outra favorita era a Juventus, formação que contava com os reforços John Charles e Omar Sivori. Os italianos revelaram ser um osso bem duro de roer para o Real Madrid nos quartos-de-final, com Alfredo di Stéfano a marcar o único golo da primeira mão, disputada em Turim. No entanto, a Juventus venceu em Chamartín, naquela que foi a primeira derrota em casa dos espanhóis em jogos europeus. A eliminatória foi decidida em Paris, onde o Real Madrid levou a melhor, por 3-1.
Com Di Stéfano, Ferenc Puskás e Luis Del Sol no auge, os "merengues" eram um adversário poderosíssimo para um Benfica que se pensava ter apenas ganho por sorte a final da época anterior, ante o FC Barcelona. Na final, realizada no Estádio Olímpico de Amesterdão, um "hat-trick" de Puskás colocou o Real Madrid a ganhar por 3-2 ao intervalo. Contudo, a reacção dos "encarnados" na etapa complementar revelou-se implacável. Mário Coluna restabeleceu a igualdade, antes de dois fortes remates da nova estrela, Eusébio, resolverem a partida.