Casillas em defesa dos guarda-redes
terça-feira, 24 de março de 2015
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Nº1 do Real Madrid e da Espanha, Iker Casillas explica ao UEFA.com porque é que os guarda-redes merecem mais crédito e a razão de Gianluigi Buffon continuar a ser inspiração.
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Na qualidade de um dos ícones nesta posição desde o virar do século, Iker Casillas sabe algumas coisas sobre a arte de manter a bola afastada da baliza. Detentor de vários troféus ao serviço tanto do Real Madrid como da Espanha, o jogador de 33 anos é uma referência e sente que os jogadores que actuam na sua posição merecem mais respeito.
Tendo conquistado vários troféus de renome ao serviço da Espanha e do Real Madrid, o crédito por essas vitórias sempre teve tendência para recair mais nos jogadores de campo do que propriamente no guarda-redes. No entanto, o guarda-redes tem sido essencial para cada sucesso.
"Não somos tratados como os jogadores de campo", disse Casillas ao UEFA.com, confrontado com o facto de Manuel Neuer não ter ganho a Bola de Ouro FIFA de 2014. "Para um guarda-redes conseguir ser considerado superior aos três, quatro ou cinco melhores jogadores do Mundo, precisa de ter tido um ano sensacional, com a conquista de vários títulos, enquanto com outros jogadores talvez não se passe o mesmo. Seria bom que os guarda-redes recebessem sempre o crédito devido pelo trabalho que fazem em campo".
Porém, "San Iker" (Santo Iker) é reconhecido como um dos grandes talentos da sua geração, graças a um estilo de defesa inspirado no seu compatriota Luis Arconada.
"Comparo-me com Arconada pela velocidade de reflexos e pela agilidade. Apesar de não o ter visto jogar, as memórias que me são passadas por pessoas mais velhas fazem com que me identifique com ele".
Tendo como ídolo o dinamarquês Peter Schmeichel, foi Buffon a desempenhar um papel muito importante na carreira do capitão do Real Madrid.
O facto de Buffon ter iniciado a carreira muito novo ajudou-me consideravelmente", explicou o espanhol. "Ao tomar conhecimento de um jogador como ele, que começou no Parma e passou a representar a Itália porque os treinadores acreditavam nele, fez-me acreditar que podia conseguir o mesmo".