Um bom nº10: Encontro com o Presidente da UEFA
sábado, 24 de maio de 2014
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Gosta de "gnocchi", não é tão bom quanto gostaria no golfe e é hábil nas palavras como era futebolista: o UEFA.com passou uma hora com o Presidente da UEFA, Michel Platini.
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Gosta de "gnocchi", não joga golfe tão bem como gostaria e, para alguém de que ainda não está, a título pessoal, nas redes sociais, deu-se muito bem no seu primeiro P&R no Facebook.
O Presidente da UEFA, Michel Platini, não hesitou em responder esta manhã, em Lisboa, a muitas das 2600 perguntas que lhe foram colocadas através da página oficial da UEFA Champions League no Facebook. Algumas foram bastante simples: comida preferida? "Gosto de ostras, mas também gosto muito de 'gnocchi' com molho de tomate e manjericão!"; desporto favorito tirando o futebol? "Gosto de jogar golfe, mas gosto de ver râguebi", respondeu, antes de acrescentar. "O meu 'handicap' é segredo."
Com muitos assuntos para discutir, o Presidente da UEFA não fugiu às grandes questões, dando uma resposta simples e directa a um utilizador interessado em saber para onde seria canalizado o dinheiro das multas aplicadas aos transgressores do Fair Play Financeiro ("Será redistribuído pelos clubes") e oferecendo o seu ponto de vista sobre se a tecnologia vídeo devia ser utilizada para ajudar os árbitros durante os jogos: "Pode haver 200 decisões incorrectas, por isso se tivermos 200 repetições vídeo durante um jogo ele arrastar-se-á por cinco horas! Com os árbitros assistentes adicionais acompanhamos a situação no momento."
A final de sábado da UEFA Champions League também esteve entre os assuntos debatidos, ainda para mais com o troféu mesmo ao lado de Platini durante esta sessão de perguntas e respostas. O Presidente da UEFA, contudo, preferiu não avançar com qualquer prognóstico para o embate entre Real Madrid CF e Club Atlético de Madrid. "É complicado", sublinhou. "Uma final é sempre imprevisível. Não é fácil fazer uma previsão. Não faço ideia. Só sei que quem receber o troféu das minhas mãos será um justo vencedor."
Será o terceiro troféu entregue por Platini no espaço de quatro dias, depois de quarta-feira ter passado o troféu do Campeonato da Europa de Sub-17 ao capitão de Inglaterra e de quinta-feira ter colocado nas mãos do VfL Wolfsburg a taça da UEFA Women's Champions League. Ser presidente da UEFA é um trabalho cativante, mas que não deixa muito tempo livre. "O futebol nunca pára, não há paragens", afirmou, ao mesmo tempo que encolhia os ombros. "Há sempre mais um desafio, nunca se sabe o que nos espera ao virar da esquina e, por isso, nunca podemos relaxar. Se todas as equipas pudessem vencer sempre, então seria bem mais fácil."
A pressão sobre si pode ser muita, mas a satisfação também é grande. É evidente para quem quer que esteja com ele que Platini continua a amar o futebol. E aqueles que viram o antigo internacional francês, vencedor de três Bolas de Ouro, em acção em "peladinhas" com o seu "staff" em Nyon, dirão que ele ainda sabe bem o que faz com a bola nos pés. Para além disso, mantém sempre a boa disposição. Quando questionado sobre se o melhor jogador francês de todos os tempos era ele ou Zinédine Zidane, respondeu, sorrindo: "Para a minha avó sou eu, para a avó dele é ele!".
Essa sua destreza nas palavras é semelhante à destreza que exibia com os pés enquanto jogador. E essa sua habilidade de saber sempre o que dizer voltará a entrar em cena no momento em que, na noite de sábado, entregar o troféu da UEFA Champions League. Um utilizador perguntou-lhe o que dizia aos jogadores quando lhes entregava as medalhas no final do jogo. "Depende de o conhecer ou não e depende também do estado de espírito no momento, o meu e o dele", explicou Platini, antes de finalizar com classe, como é hábito. "Geralmente já conheço os jogadores, por isso improviso, como um bom número 10."
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