Espera do Chelsea vale a pena para Lampard
sábado, 19 de maio de 2012
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Após 11 anos no Chelsea, Frank Lampard, capitão na final, admitiu que "há muito esperava por esta menina", referindo-se ao troféu da UEFA Champions League após erguê-lo em Munique.
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"É um dos melhores dias da minha vida", foi como Frank Lampard descreveu a final da UEFA Champions League depois de ter capitaneado o Chelsea FC rumo ao seu primeiro título europeu, após o triunfo no desempate por grandes penalidades frente ao FC Bayern München.
O internacional inglês transformou a terceira de quatro bem-sucedidas grandes penalidades para os "blues", que haviam dramaticamente igualado o tento ao cair do pano de Thomas Müller com um cabeceamento certeiro de Didier Drogba aos 88 minutos, que levou a final para o prolongamento. Depois, Petr Čech defendeu a grande penalidade de Arjen Robben ainda na primeira parte do prolongamento, antes de se opor a Ivica Olić e Bastian Schweinsteiger no desempate por pontapés da marca de grande penalidade, terminando assim com a longa demanda dos londrinos por um sucesso na principal prova de clubes do futebol europeu.
"Estou agradado por não a termos ganho antes, porque parece ainda mais especial", disse Lampard. "Demorou tanto. Estamos nesta prova há 11 anos, pelo que há muito que esperávamos por esta menina. Consegui-la da forma como o fizemos, e tendo em conta a época que tivemos, foi fantástico".
O Bayern, jogando perante o seu público, dominou as operações durante longos períodos, mas não conseguiu aproveitar a sua superioridade até ao cabeceamento de Müller a sete minutos do final. O Chelsea, que encontrou muitas dificuldades durante todo o encontro para atacar, conseguiu empatar mesmo ao cair do pano e Lampard sentiu que a sorte de que a sua equipa beneficiou foi merecida pelo trabalho até aí efectuado.
"Se alguém diz que tivemos sorte esta noite, talvez tenhamos feito por consegui-la", disse o médio de 33 anos. "Houve alturas em que merecíamos bem mais do que aquilo que acabámos por conseguir. Não praticámos um futebol maravilhoso, mas jogámos com espírito e ninguém pode contrariar isso. É absolutamente fantástico e este clube merece-o".
Gary Cahill, que jogou ao lado de David Luiz no centro da defesa na ausência do habitual titular e capitão de equipa, John Terry, qualificou este sucesso como: "O ponto mais alto da minha carreira até agora". O antigo defesa-central do Bolton Wanderers FC reconheceu que o Bayern havia sido a melhor equipa, mas elogiou o carácter da sua equipa, assim como o marcador do golo, Drogba, que também converteu a grande penalidade que deu início aos loucos festejos entre os adeptos visitantes.
"O Bayern submeteu-nos a uma forte pressão na primeira parte", disse o defesa de 26 anos. "Pareciam ondas atrás de ondas, mas, quando precisámos de nos aplicar a fundo nesta prova, conseguimo-lo. Aparentemente, já nos davam como eliminados frente ao Nápoles [nos oitavos-de-final] e novamente frente ao Barcelona [nas meias-finais], mas continuámos a reagir e voltámo-lo a fazer hoje. O Bayern, provavelmente, pode sentir-se injustiçado, pois fez um grande jogo, mas o grande homem apareceu sempre nos grandes jogos, nos grandes momentos e voltou a salvar-nos".
O guarda-redes Čech também prestou a sua homenagem ao marfinense, acrescentando: "O Didier marcou um golo fantástico numa altura em que ninguém acreditaria que reentraríamos no encontro". Nem mesmo os adeptos do Bayern que, apesar de desolados pelo tento da igualdade, terão partido, ainda assim, confiantes para o desempate por grandes penalidades, depois de os bávaros terem afastado o Real Madrid CF em iguais circunstâncias.´
No entanto, Čech tinha outras ideias. "Eu estava bastante confiante em parar, pelo menos, um. Mergulhei para o lado certo nos primeiros três. Depois, parei um e pensei: 'Por que não defender outro?'. Depois, vi o Didier avançar para o último e pensei: Este era o momento que devia ter acontecido em Moscovo [na final de 2008]. Quando ele marcou, fiquei, pela primeira vez na minha vida, sem saber o que fazer. Ouvi-o chorar. Eu estava a chorar… e a gritar. Foi inacreditável!"