Rizzoli "orgulhoso" e preparado para a final
sexta-feira, 24 de maio de 2013
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Nicola Rizzoli, árbitro da final da UEFA Champions League, disse ao UEFA.com que se sente "muito orgulhoso" pela nomeação para o jogo de sábado: "As finais são sempre especiais."
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Nicola Rizzoli não vai poder repetir a sua máxima antes do jogo de sábado, entre FC Bayern München e Borussia Dortmund. "Aborda qualquer jogo como se fosse a final da UEFA Champions League", diz sempre o árbitro italiano para si próprio antes de cada encontro. No entanto, desta vez, vai realmente dirigir o desafio decisivo da principal competição de clubes do Mundo.
O arquitecto de 41 anos, natural de Bolonha, não é novo em grandes ocasiões: dirigiu a final da edição inaugural da UEFA Europa League, em 2010, uma experiência que, acredita, o vai ajudar em Wembley. "Sim, sem dúvida", disse ao UEFA.com. "As finais são sempre especiais."
UEFA.com: Qual a sensação de ter sido escolhido para um jogo tão prestigiante?
Nicola Rizzoli: Sinto-me muito orgulhoso. E estou orgulhoso do que fiz e alcancei neste longo caminho até à final. É o jogo mais importante a nível europeu e, se recordar os meus 24 anos de carreira na arbitragem, é incrível ter chegado a este ponto.
UEFA.com: Como se prepara mentalmente para uma ocasião destas?
Rizzoli: Basicamente, a mesma preparação que levo a cabo para todos os jogos. Disse sempre para mim, em todos os encontros que já arbitrei, mesmo nos escalões jovens, que tenho de abordar a partida como se fosse a final da Champions League. E, este sábado, vou mesmo dirigir a final da Champions League. É motivante ter de me preparar ainda melhor a nível mental.
UEFA.com: A sua experiência na condução da final da UEFA Europa League, em 2010, vai ajudá-lo em Wembley?
Rizzoli: Sim, sem dúvida. As finais são sempre jogos especiais – não são como outros jogos, apesar de deverem ser –, mas a experiência que se ganha num jogo como esse ajuda imenso, para percebermos como lidar com as tensões especiais que são normais numa final.
UEFA.com: O que vai fazer para que você e a sua equipa desfrutem da experiência?
Rizzoli: Tentar desfrutar da ocasião nem sempre é fácil – a concentração torna-nos muito cuidadosos em relação aos detalhes, que nos podem ajudar a avaliar melhor certas situações, que faz-nos perder o contexto real. A partir do momento em que saímos do túnel de acesso, até ao momento em que o jogo começa, devemos desfrutar do espectáculo e do evento. Devemos olhar para os espectadores, adeptos, todas as coisas bonitas que o futebol oferece, e de toda a paixão que podemos sentir, porque estou certo que, durante o jogo, vamos estar demasiado concentrados e atentos àquilo que está a acontecer sobre o relvado.
UEFA.com: Duas equipas alemãs vão participar na final. Falou sobre isto com algum dos seus colegas alemães?
Rizzoli: Recolher informação é o mais importante quando se prepara um jogo como este. Já tinha falado com alguns colegas alemães antes de ser conhecida a nomeação para a final, porque gosto de recolher informação quando me encontro com outros árbitros. Como é óbvio, hoje em dia temos a sorte de obter toda a informação que queremos através da Internet, por isso as equipas já foram estudadas e analisadas.
UEFA.com: Qual a importância de saber como as equipas alinham tacticamente?
Rizzoli: É fundamental, porque é a única forma de não ser apanhado de surpresa. Saber de antemão o que pode acontecer e possuir a informação pode ajudar a prever certas situações. Se formos surpreendidos numa situação, depois pode ser difícil decidir de forma correcta.
UEFA.com: Que tipo de jogo espera?
Rizzoli: Vai ser uma partida entre duas excelentes equipas, que são muito fortes fisicamente, mas ao mesmo tempo orientadas por treinadores que dispõem os seus jogadores muito bem tacticamente. Ambos são técnicos que sabem como extrair o melhor dos seus atletas, por isso espero que todos joguem ao mais alto nível, o que vai criar um grande espectáculo.
UEFA.com: O facto de ser em Wembley torna a final mais especial?
Rizzoli: Wembley representa a história do futebol, mesmo que o recinto tenha sido reconstruido e reestruturado. Respiramos a história e a paixão, é futebol no seu estado mais puro. É isso que espero sentir quando estiver no balneário e quando sair do túnel.
UEFA.com: Finalmente, como gostaria de ser recordado após a final?
Rizzoli: Não me interessa muito ser relembrado. Espero que só se recordem de mim quando lerem o nome do árbitro do jogo. As estrelas são – e devem ser – os jogadores. Não se lembrem de mim, é melhor assim.