A afirmação de Alisson, guarda-redes do Liverpool
terça-feira, 28 de maio de 2019
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Alisson Becker, guarda-redes brasileiro do Liverpool, fala das origens e muito mais: "O Víctor Valdés gostava muito de jogar com os pés e eu também gosto."
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Alisson Becker tem sido um exemplo de confiança no Liverpool na época de estreia no clube, durante a qual proporcionou defesas memoráveis e conseguiu cinco jogos sem sofrer golos na UEFA Champions League.
Depois de deixar pelo caminho nas meias-finais o Barcelona de Lionel Messi e Luis Suárez, o brasileiro falou ao UEFA.com sobre a formação e crescimento que levaram a que se tornasse num dos melhores guarda-redes mundiais.
Sobre a infância no futebol...
Adorava jogar com o meu irmão mais velho e com o meu pai. O meu brinquedo favorito sempre foi uma bola de futebol. Tínhamos um quarto muito pequeno na nossa casa onde havia um colchão guardado debaixo da cama, era a minha cama. Colocávamos esse colchão num dos lados, um de nós ia para o lado oposto e rematava para a baliza, que era a cama. Tentávamos defender a bola ao mergulhar para o colchão. Era assim que jogávamos.
Depois mudámos de casa e tínhamos uma garagem com duas portas. Uma dava para a estrada e a outra para dentro de casa. As portas eram uma em frente à outra, cada um nós tinha uma porta. Defendíamos a nossa e tentávamos marcar na do outro.
A opção por ser guarda-redes...
Poderá ter a ver com o meu ADN, com o meu sangue. O meu bisavô foi guarda-redes, não era profissional, mas jogou na liga amadora da minha cidade [Novo Hamburgo]. O meu pai jogava com os colegas do trabalho. Desde muito novo que costumava ir com ele todas as semanas. Depois disso, o meu irmão começou a jogar futebol. Sempre assisti com admiração.
Quando comecei na escola, jogava na defesa ou como médio. Depois passei para a baliza, onde me sentia mais confortável.
Sobre a sua evolução...
Sempre tive treinadores que me deram liberdade para evoluir de forma a tentar ajudar a equipa. Jogar com defesas-centrais fortes, que sabem jogar, é uma grande ajuda. Quando temos de jogar com um defesa que não tem essas qualidades, até podemos ser o melhor guarda-redes do mundo, que não adianta jogar muito com seus pés.
O Barcelona sempre apostou nos passes curtos e rápidos com o guarda-redes. O Víctor Valdés gostava muito de jogar com os pés e eu também gosto. Sempre quis participar no jogo da equipa.
Sobre a reviravolta na meia-final com o Barcelona...
Sempre que ouço o hino e a música da Champions League fico com arrepios. Provoca essa sensação a muita gente.
Vou recordar o jogo com o Barcelona para sempre. É uma história que vou contar aos meus filhos e aos meus netos. São momentos inesquecíveis na nossa vida, definem-nos como jogador.