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Final da Champions League de 1999: a mais emocionante de sempre?

Passam hoje 20 anos sobre o sensacional triunfo do Manchester United em Camp Nou; terá sido a final mais emotiva de sempre?

O triunfo do Manchester United em 1999 foi um dos mais dramáticos na história da prova
O triunfo do Manchester United em 1999 foi um dos mais dramáticos na história da prova ©Getty Images

No dia 26 de Maio de 1999, o Manchester United conseguiu uma reviravolta surpreendente frente a Bayern nos instantes finais da final da UEFA Champions League. A perder por 1-0 no início dos descontos, o United erguia o troféu pouco depois graças aos golos apontados por Teddy Sheringham e Ole Gunnar Solskjær. "Raios, é o futebol!" foi a forma como o treinador Alex Ferguson resumiu aquela noite memorável em Barcelona.

VEJA O RESUMO DA FINAL DE 1999

Vinte anos depois, a menos de uma semana de Liverpool e Tottenham medirem forças em Madrid, o UEFA.com tenta descobrir qual terá sido a final mais emocionante na história da UEFA Champions League.

1994: Milan 4-0 Barcelona

Milan vence a final de 1994

O Milan não era favorito, todos esperavam que a defesa italiana, fragilizada pelos castigos, não conseguisse travar o poderio do ataque espanhol. No entanto, Fabio Capello tinha uma surpresa na manga, apostou também no ataque e surpreendeu a equipa de Johan Cruyff. 

Daniele Massaro abriu caminho para o triunfo ao bisar na primeira parte, com um excelente remate de Dejan Savićević e um golo de Marcel Desailly ao cair do pano a confirmarem o quinto título do clube italiano. "Foi perfeito", afirmou Capello. Nenhuma equipa voltou a vencer a final por uma diferença de quatro golos.

1999: Manchester United 2-1 Bayern

Solskjær sobre a final de 1999 e Alex Ferguson

O Bayern aproveitou ao máximo as ausências dos influentes Paul Scholes e Roy Keane do lado do United e ganhou vantagem com um livre madrugador de Mario Basler. Ferguson lançou Sheringham e Solskjær em jogo, mas ainda viu Carsten Jancker acertar na trave com um pontapé acrobático perto do final. Este acabou por ser o ponto de viragem. 

Sheringham aproveitou um remate falhado de Ryan Giggs para empatar para os "Red Devils” aos 91 minutos e os gigantes alemães, normalmente imperturbáveis, cederam. Dois minutos depois, Sheringham desviou um pontapé de canto de David Beckham e Solskjær emendou para a baliza, consumando uma incrível reviravolta em Camp Nou.

2005: Milan 3-3 Liverpool (2-3 no desempate por grandes penalidades)

A recuperação milagrosa do Liverpool em 2005

O "Milagre de Istambul" parecia muito improvável após o Liverpool ter chegado ao intervalo a perder por 3-0. Paolo Maldini marcou na sequência de um livre de Andrea Pirlo no primeiro minuto e depois Kaká destroçou os "reds”, sendo decisivo nas jogadas que levaram a ambos os golos de Hernán Crespo. No entanto, se os “rossoneri” pensaram que tudo estava decidido, estavam muito enganados. 

Nos primeiros 15 minutos após intervalo, a possante defesa do Milan não conseguiu evitar os golos de Steven Gerrard, Vladimír Šmicer e Xabi Alonso. Uma final tão emotiva teria de ser decidida nas grandes penalidades. Serginho rematou por alto, antes de Jerzy Dudek brilhar ao defender os remates de Pirlo e de Andriy Shevchenko. O Liverpool reeditou a história de Lázaro.

2012: Bayern 1-1 Chelsea (3-4 no desempate por grandes penalidades)

O Chelsea surpreendeu o Bayern em Munique em 2012

O Bayern jogou a final em casa, na Fußball Arena München, e esperava conquistar o troféu pela quinta vez. Thomas Müller inaugurou o marcador aos 83 minutos mas, quando o Bayern já se preparava para comemorar, Didier Drogba empatou para uma equipa do Chelsea que já tinha mostrado uma enorme determinação nas eliminatórias anteriores. 

Petr Čech assumiu depois o protagonismo, primeiro a defender no prolongamento uma grande penalidade de Arjen Robben, antigo avançado dos londrinos, depois ao negar o golo a Ivica Olić e Bastian Schweinsteiger no desempate. Drogba, no último remate da primeira passagem pelo Chelsea, deu o primeiro título, e até agora único, ao clube de Stamford Bridge.

2014: Real Madrid 4-1 Atlético (após prolongamento)

Real Madrid conquista o décimo título em 2014

Em 1974, na única presença anterior numa final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, o Atlético tinha deixado escapar o título nos últimos segundos, 40 anos depois a história repetiu-se. Diego Godín deu vantagem aos “colchoneros” com um cabeceamento aos 36 minutos, mas o implacável Sergio Ramos fez o empate para a equipa de Carlo Ancelotti no final do período de compensação. 

Os homens de Diego Simeone perderam o ânimo e a nova geração de galácticos do Real Madrid fez o resto. Gareth Bale deu vantagem ao Real, com Marcelo e Cristiano Ronaldo a colocarem o marcador em 4-1 nos minutos finais. Doze anos depois do último título, o Real Madrid concretizou finalmente o sonho de conquistar "La Décima".