Diego Godín: o pilar defensivo do Atlético
segunda-feira, 11 de março de 2019
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Diego Godín deve fazer esta semana o jogo 100 nas competições europeias; o UEFA.com presta-lhe a merecida homenagem.
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Capaz de dar 111 por cento numa profissão onde tantos se contentam com apenas 110, Diego Godín, capitão do Uruguai, tem comandado a defesa do Atlético Madrid de forma exímia desde Agosto de 2010. Quão bom é ele? O UEFA.com pondera todos os factos.
Opinião dos peritos
"Nunca o deixaria sair do clube. Ele melhorou bastante em todos os aspectos: como jogador, como líder e como pessoa. Aprecio-o bastante".
Diego Simeone, treinador do Atlético
"Diego está sempre à altura das exigências – na disputa por cada bola, lance ou jogo. É difícil reduzir um jogador a apenas uma característica, mas no caso de Godín diria que o seu melhor atributo é a força mental. Quer sempre enfrentar cada desafio e sair vencedor. Ele representa o melhor do Uruguai".
Óscar Tabárez, seleccionador do Uruguai
"Nada me entusiasma mais do que defrontar o Atlético. É uma equipa muito complicada e o Godín é um chato. Está sempre perto de mim e nunca relaxa na marcação".
Luis Suárez, avançado do Barcelona e do Uruguai
Retrospectiva
▪ Criado numa família de agricultores na Rosario rural, Godín começou como avançado mas perto de completar 12 anos recuou para médio-ofensivo.
▪ Mudou-se para Montevideo, capital do Uruguai, com 15 anos, para representar os escalões de formação do Defensor Sporting, mas acabou por afirmar-se no Club Atlético Cerro e como defesa-central. Após uma passagem pelo Nacional, importante emblema uruguaio, ingressou no Villarreal em 2007, seguindo-se o Atlético no Verão de 2010. Com a chegada de Simeone, em Dezembro de 2011, passou a ser elemento indispensável na equipa.
Factos
▪ Godín lidera uma defesa que está bem lançada para ser a menos batida na Liga mais cotada da Europa pela quarta época consecutiva. Foi eleito o melhore defesa do campeonato na época de 2015/16.
▪ Fez parceria com vários jogadores no eixo da defesa "colchonera" – como João Miranda, José Gimenez, Stefan Savić e Lucas Hernández – mas a sua titularidade nunca esteve em causa.
▪ Ajudou o Atlético a não sofrer golos nos últimos oito jogos caseiros na fase a eliminar da UEFA Champions League.
▪ Ajudou o Atlético a conquistar a UEFA Europa League de 2012 e a Taça de Espanha de 2013. Marcou o golo decisivo no empate a um em Camp Nou, na última jornada da época de 2013/14, que confirmou a sensacional conquista da Liga espanhola. Fez depois mais uma exibição autoritária e ajudou o Atlético a recupera o título da UEFA Europa League em 2018.
▪ Homem para grandes momentos, também marcou na final da UEFA Champions League de 2014 e no Campeonato do Mundo de 2014.
▪ Já disputou 378 jogos pelo Atlético, sendo o estrangeiro com mais jogos no clube.
Também ultrapassou Maxi Pereira como o uruguaio com mais partidas realizadas nas provas da UEFA na primeira mão dos oitavos-de-final, frente à Juventus, assinalando a ocasião ao marcar o segundo golo do Atlético.
▪ Se esta semana defrontar a Juve, Godín vai igualar Edinson Cavani (59) como o uruguaio com mais jogos na UEFA Champions League (da fase de grupos até a final).
Discurso directo
"Quando cheguei ao Atlético isso era um grande desafio, mas eu tinha a expectativa de estar numa das maiores equipas europeias. A primeira época foi complicada, mas assim que Cholo [Diego Simeone] chegou, o clube encontrou estabilidade e o sucesso de que ainda desfrutamos apareceu logo a seguir".
"Sempre disse que representar a selecção uruguaia era a minha maior ambição. Sonhava com isso quando era pequeno, e o facto de ser capitão de equipa dá-me um orgulho imenso e uma grande responsabilidade".