Os treinadores portugueses pela Europa em 2017/18
terça-feira, 22 de maio de 2018
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Um título de campeão e três Taças nacionais. Não foi uma época tão produtiva como a anterior, mas os técnicos portugueses voltaram a dar cartas pela Europa fora em 2017/18.
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Depois de vários troféus conquistados pelos treinadores portugueses espalhados pela Europa em 2016/17 – com títulos de campeão em França e na Ucrânia e até uma UEFA Europa League, para referir apenas alguns - as expectativas eram grandes para 2017/18. O pecúlio não foi, desta feita, tão recheado, mas ainda assim os técnicos lusos voltaram a dar provas da sua qualidade. Olhamos para o seu desempenho fora de Portugal.
Ao todo, sete treinadores portugueses iniciaram a temporada 2017/18 ao leme de equipas no escalão principal de outros países europeus: José Mourinho (Manchester United) e Marco Silva (Watford) em Inglaterra, Leonardo Jardim (Mónaco) em França, Ricardo Sá Pinto (Standard Liége) na Bélgica, Pedro Caixinha (Rangers) na Escócia, Mariano Barreto (Srumbras) na Lituânia e Paulo Fonseca (Shakhtar) na Ucrânia.
E foi precisamente Paulo Fonseca quem mais sucesso alcançou, guiando a turma de Donetsk a nova "dobradinha". O Shakhtar sentiu, esta temporada, mais pressão por parte do rival Dínamo Kiev na luta pelo título, mas acabou por confirmar a conquista do bicampeonato a duas jornadas do fim, já depois de ter erguido também a Taça da Ucrânia pelo terceiro ano consecutivo (o segundo sob as ordens do técnico português).
Em Inglaterra, José Mourinho, que em 2016/17 tinha levado o Manchester United às conquistas da Taça da Liga inglesa e UEFA Europa League mas não tinha ido além de um sexto lugar na Premier League, conseguiu esta época um segundo lugar - ainda que bem distante do campeão Manchester City - mas acabou a época sem nenhum troféu ao ver-se derrotado no passado fim-de-semana na final da Taça de Inglaterra pelo Chelsea.
Já Marco Silva, apesar de um início de época com bons resultados e pleno de elogios ao leme do Watford - à oitava jornada, por exemplo, ocupava o quarto lugar da Premier League – viu incompatibilidades com a direcção e uma série de resultados menos felizes conduzirem á sua saída em Janeiro, com a equipa no 10º lugar.
Ainda em Inglaterra, Carlos Carvalhal, que havia iniciado a temporada no comando do Sheffield Wednesday, do segundo escalão, assumiu a meio da temporada as rédeas do Swansea na tentativa de salvar o clube da despromoção na Premier League. Aquando da chegada do português a equipa ocupava o último lugar e, sob as suas ordens, chegou a estar acima da "linha-de-água". Acreditou-se na manutenção, mas uma série de 10 jogos sem vencer nas últimas 10 jornadas (e de 5 derrotas nas últimas cinco) condenou irremediavelmente o clube à descida de escalão, com Carvalhal a deixar o leme da equipa no final da prova. De Inglaterra, contudo, chegou uma história de sucesso em 2017/18, ainda que no segundo escalão: no comando do Wolveramphton, Nuno Espírito Santo, com uma época irrepreensível, garantiu o título de campeão no "Championship" e a subida à Premier League.
Em França, Leonardo Jardim, vindo de uma época de 2016/17 verdadeiramente inesquecível, com a conquista da Liga francesa e a presença nas meias-finais da UEFA Champions League, não conseguiu fazer, desta feita, frente ao poderio do Paris Saint-Germain, mas acabou por levar a melhor sobre Lyon e Marselha na luta pelo 2º lugar na Ligue 1.
Na Escócia, Pedro Caixinha saiu do comando do Rangers logo em Outubro, em virtude de os resultados na corresponderem às expectativas, mas da Lituânia veio outro um troféu com “sabor” português, com o Stumbras de Mariano Barreto a conquistar a Taça e a salvar-se, depois, da descida de escalão no “play-off” de manutenção. Por fim, na Bélgica, mais uma Taça para um treinador português, conquistada pelo Standard de Liège de Ricardo Sá Pinto, que depois, com um final de época fantástico, chegou a sonhar com o título de campeão belga, acabando no segundo lugar e garantindo uma vaga nas pré-eliminatórias da UEFA Champions League.