Herrera: "Porto só pensa em vencer"
terça-feira, 6 de março de 2018
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Em entrevista ao UEFA.com, Héctor Herrera fala do início de carreira, de ídolos pouco comuns e do FC Porto, que classifica como "um dos melhores clubes da Europa" e onde aprendeu o que é ter mentalidade vencedora.
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Héctor Herrera é um dos jogadores do actual plantel do FC Porto com mais tempo de casa e, ao fim de cinco anos, vive uma das melhores épocas da sua carreira. Em entrevista ao UEFA.com, fala do início de carreira, de ídolos pouco comuns e da passagem pelos "dragões", que classifica como "um dos melhores clubes da Europa" e onde aprendeu o que é a exigência e mentalidade vencedora.
Ídolos e primeira impressão da UEFA Champions League
O meu ídolo nacional sempre foi Cuauhtémoc Blanco, um porta-estandarte do futebol mexicano, pelo seu carisma e o jeito traquina com que jogava. Em relação a jogadores estrangeiros, sempre admirei muito [Juan Román] Riquelme. Para mim, sempre foi e sempre será o melhor do Mundo.
Para ser sincero, não me recordo de ver muitos jogos da Champions League. Aliás, tirando os jogos da selecção mexicana, não via muito futebol na televisão. Ainda assim, as recordações que tenho é a mesma imagem que hoje em dia se tem da competição: a melhor da Europa, com os melhores clubes do continente. Tinha o sonho e a ambição de a disputar e ouvir o seu hino, que é bastante inspirador. Felizmente, já o consegui.
Chegada ao Porto e o desafio de ser capitão de equipa
Não esperava rumar tão novo ao estrangeiro, ainda para mais para um clube tão grande como o Porto, algo que me deixou muito feliz. Estou muito grato ao Porto pela oportunidade que me deu para cumprir o sonhos de jogar no futebol europeu. Por isso é que desde há cinco anos que trabalho arduamente e dou o meu melhor para que o clube continue a ser um dos mais importantes da Europa.
Estou muito feliz, orgulhoso e grato por ser capitão desta grande equipa e de um clube que já foi bicampeão europeu, mas ao mesmo tempo sinto uma imensa responsabilidade e empenho, pois não é fácil ser capitão de um clube tão grande como o Porto, especialmente, mas também, pelos jogadores que antes de mim desempenharam este papel. É uma grande honra e um grande desafio.
Impacto de Sérgio Coneição na equipa e no jogador
O impacto que Sérgio Conceição teve no clube fez uma diferença enorme na época que estamos a realizar. Os seus métodos de trabalho são simples mas eficazes. Gosto bastante da sua personalidade e do seu carácter. Isso também tem influência, para além da competência técnica, e foi talvez o que faltou ao clube nas últimas épocas.
Uma das coisas fundamentais que um jogador precisa é confiança, e quando a sentimos por parte do treinador, tudo o resto acaba por surgir naturalmente. No início da época, no primeiro contacto que tivemos, eu senti isso. Apesar de eu ter jogado menos de início e só ter agarrado a titularidade mais tarde, a nossa relação foi sempre a mesma, marcada pela frontalidade e honestidade. É fundamental um treinador conseguir passar essa mensagem aos seus jogadores, fazendo com que estejam sempre prontos, quer sejam titulares ou não.
Exigência do clube e elogio aos adeptos
É um clube muito exigente. Aqui só se pensa em vencer, e vencer é uma obrigação. Somos ensinados a ter uma mentalidade vencedora sempre, e isso é o que melhor caracteriza o Porto e faz com que esteja a um nível tão elevado, perto dos melhores da Europa. Esta mentalidade vai desde os adeptos até aos dirigentes, passando, é claro, pelos jogadores. Em termos de organização, é um clube que ajuda em tudo e os jogadores não precisam de se preocupar com nada a não ser jogar. Enquanto estrangeiro, isso fez uma grande diferença na minha adaptação.
Quanto aos adeptos, são incríveis e criam um ambiente muito especial no estádio, seja qual for a competição. Apoiam-nos de forma incansável e às vezes, quando a ligação entre adeptos e equipa é tão grande, o Estádio do Dragão consegue ser verdadeiramente intimidante. No caso dos nossos adeptos, faz mesmo muito sentido usar a expressão "12º jogador".