Douglas Costa sobre a Juventus, o embate com o Tottenham e o sonho da Champions
terça-feira, 13 de fevereiro de 2018
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Em entrevista exclusiva, Douglas Costa fala das passagens por Shakhtar e Bayern, da importância que tiveram para si Mircea Lucescu e Josep Guardiola, do significado de representar a Juventus e do embate dos oitavos-de-final com o Tottenham.
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Em entrevista exclusiva ao UEFA.com antes do embate desta noite com o Tottenham, Douglas Costa falou dos primeiros tempos na Europa, ao serviço do Shakhtar, da importância que tiveram para si os treinadores Mircea Lucescu e Josep Guardiola, do significado de representar a Juventus e do embate dos oitavos-de-final com os "spurs".
O extremo brasileiro destava a qualidade da turma londrina e antevê um "duelo de titãs" e destaca que a solidez defensiva da Juve poderá ser a chave de uma eliminatória que a formação de Turim terá de utrapassar para provar que "merece conquistar a Chamions League.
Passagem pelo Shakhtar
Foi complicado trocar o Brasil pela Ucrânia, mas ajudou à minha adaptação o facto de haver já muitos jogadores brasileiros a jogar lá. E assim, muito por culpa dos meus colegas, ao fim de poucos meses já estava perfeitamente adaptado ao país. Mircea Lucescu foi um treinador que me fez melhorar muito a nível táctico, ajudar mais os meus colegas e marcar mais golos. Penso que aprendi muito nos cinco anos que passei no clube. Vivi grandes momentos na Ucrânia.
Logo na minha segunda época chegámos aos quartos-de-final da Champions League, onde acabámos eliminados por uma grande equipa do Barcelona. Foi um grande ano para mim e para os meus colegas e ganhámos visibilidade a nível global. Para além dessa campanha fantástica na Champions conquistámos a Liga ucraniana e a Taça da Ucrânia.
A ida para o Bayern
Foi um momento mágico. Fiquei extremamente feliz por ir trabalhar sob as ordens de Guardiola. Aprendi bastante com ele. E a fé que ele tinha em mim foi vital para a minha carreira. O jogador que sou hoje devo-o, em grande parte, ao fantástico trabalho que tive com Guardiola ao longo desses dois anos.
Em 2016 ficou um sabor amargo nas nossas bocas [com a eliminação nas meias-finais da Champions League ante o Atlético Madrid]. Nesse ano pensei realmente que podíamos ir até ao fim e conquistar a Champions League. Tínhamos uma equipa equiibrada e estávamos a jogar muito bem, mas as coisas acabaram por não correr como queríamos e acabámos por não vencer.
A chegada à Juventus
Representar a Juventus é algo que nem consigo exprimir poir palavras. Não tinha noção da adoração que estes adeptos têm pelos jogadores. Vestir a camisola da Juventus é qualquer coisa de fantástico, mesmo vindo eu já de outro grande clube como o Bayern. Jogar pela Juventus e conquistar troféus por este clube é extraordinário. Sou muito feliz aqui e espero ficar cá por muitos anos.
Munique era uma cidade mais fria. Em Itália sinto-me em casa. Estou completamente ambientado e muito satisfeito aqui. Os adeptos são verdadeiramente incríveis e transmitem uma energia única aos jogadores no relvado.
A campanha nesta Champions League e o sonho e erguer o troféu
Penso que realizámos um bom trabalho até aqui. Agora vai começar uma nova fase da Champions League, totalmente diferente a fase de grupos. A chave vai ser estarmos 100 por cento concentrados.
Penso que perder duas finais em tão pouco tempo é uma experiência que ninguém merece. Por isso penso que a Juventus merece conquistar a Champions League. Vamos dar o nosso melhor e lutar por isso. Penso que todos os grandes clubes sonham vencer a Champions League e nós não somos excepção. A nível pessoal seria o concretizar de um sonho quer persigo desde que comecei a jogar profissionalmente.
O embate dos oitavos-de-final com o Tottenham
Vai ser um grande desafio. Eles têm uma qualidade tremenda e estão a jogar muito bem quer na Premier League, quer na Champions League. Será um duelo de titãs. Teremos de nos focar naquilo que [Massimiliano] Allegri nos pedir e sermos perfeitos tacticamente. Fazer o que temos vindo a fazer até aqui e estarmos concentrados como sempre estamos, seja para a Serie A, seja para a Champions League. Temos vindo a melhorar. Temos uma defesa cada vez mais sólida e temos sofrido poucos golos.
A eliminatória vai decidir-se em 180 minutos e, tendo nós essa solidez defensiva, poderemos ser mais perigosos no contra-ataque para marcarmos os nossos golos. Será muito importante vencer o jogo da primeira mão e ir a Londres com um resultado positivo na bagagem.