Van Wolfswinkel sobre a passagem por Portugal e os objectivos do Basileia

Ricky van Wolfswinkel jogou pelo Sporting CP entre 2011 e 2013. Assinou o golo do triunfo por 1-0 sobre o Benfica no campeonato a 9 de Abril de 2012. O ponta-de-lança holandês também marcou pelo Sporting numa derrota em casa, por 3-1, a 10 de Dezembro desse ano. O seu registo pelos "leões" frente ao Benfica foi de V1 E0 D3.

Prestes a voltar a defrontar o Benfica, agora com a camisola do Basileia, falou com o UEFA.com sobre a sua nova aventura no futebol suíço e lembrou os tempos que passou em Portugal, ao serviço do Sporting, recordando com especial carinho a caminhada até às meias-finais da UEFA Europa League em 2011/12.

A chegada ao Sporting

A ida para o estrangeiro, para Portugal e para o Sporting, foi um grande passo na minha carreira. Quando nos mudamos para o estrangeiro e não temos nem amigos nem família ao pé de nós acabamos por nos concentrar apenas no futebol e naquilo que temos de fazer. Consegui focar-me e trabalhar ao mais alto nível. Em Portugal encontrei um estilo de futebol totalmente diferente daquele a que estava habituado na Holanda: defesas bem mais duros e fortes fisicamente, pelo que me vi obrigado a trabalhar bastante esse aspecto.

Tive a felicidade de marcar logo no meu primeiro jogo e não parei de crescer como jogador. Ajudei a equipa, a equipa ajudou-me a mim e não demorei muito a ganhar um lugar no "onze" titular, o que me ajudou a tornar ainda mais forte.

A caminhada na UEFA Europa League 2012/13

Van Wolfswinkel apontou 45 golos em 88 jogos pelo Sporting©AFP/Getty Images

Foi duro não termos chegado à final, mas o percurso até às meias-finais foi fantástico. Marquei vários golos. Tínhamos uma grande equipa, mas não fomos capazes de ultrapassar o [Athletic] Bilbao.

Trabalhámos muito para chegar longe nessa competição, deixámos pelo caminho equipas como o Manchester City. Foi uma decepção, pois queríamos muito chegar a essa final, mas desfrutámos muito dessa campanha na Europa League. Ajudou ao meu desenvolvimento e ao da equipa, que era na altura bastante jovem.

A influência de Ricardo Sá Pinto

Tinha ouvido falar muito dele antes dele chegar e, quando assumiu o comando da equipa, sinceramente foi um dos melhores treinadores com que já trabalhei. É extremamente honesto e directo. Colocava-me sempre a jogar, o que, claro, era agradável a nível pessoal, mas a verdade é que me ensinou mesmo muito.

Fazia-me pensar no que devia fazer quando estava em frente à baliza, obrigou-me a trabalhar muito. Gostei muito do período que passei com ele no clube. Infelizmente, não foi muito tempo. Gostava de ter trabalhado com ele mais algum tempo.

A nova aventura no Basileia

A equipa atravessa um processo de renovação, mas creio que as coisas estão a correr bem. Estou a marcar golos, levo uma média de quase um golo por jogo na Liga suíça, e vou trabalhar para continuar assim. Quero dar o meu melhor, é tudo o que posso fazer.

Fixámos alguns objectivos para esta temporada, que passam por ganhar a Liga e a Taça na Suíça e seguir em frente na Champions League. São três objectivos que queremos muito alcançar. Mas temos consciência do quanto teremos de trabalhar para lá chegarmos.